In the dark 《 Taehyung 》

Capítulo 21

Me encarei no espelho uma última vez, aquela Hana refletida no espelho, parecia bonita e calma. Sorri fraco, eu faria o melhor para não estragar nada.

     Saí do quarto, meus pais estavam sentados no sofá, assistindo o jornal da noite.

   — Vai sair? — meu pai me encarou surpreso — você não costuma se arrumar assim.

    — Estou feia?
  
    — Não, você está linda — minha mãe sorriu — só estou surpresa.

    — Um..amigo me chamou para sair, ele já deve estar chegando.

    — Amigo? — a surpresa do meu pai era visível — pensei que além do Seon Woo você só tinha uma amiga.

      Fui poupada de explicar quando Taehyung bateu na porta. Eu rapidamente atendi e ele entrou sorrindo simpático.

     — Esse é o Taehyung, meu amigo.

     — É um prazer conhecê-los — se curvou — prometo trazer a Hana em segurança.

  Eu espero mesmo.

   — Tenham juízo — foi tudo o que meu pai disse.

    Nenhuma pergunta a mais, murmurei um " boa noite" e saí com Taehyung. Ainda estava curiosa para saber onde nós estávamos indo. 

    Seguimos até o carro dele, coloquei o cinto e torci para que tudo fosse acabar bem.
  
   — É um evento beneficente — disse enquanto dava partida — ajudar lá faz eu me sentir menos culpado pelo que faço.

   — E o que você faz?

   — Hana...

   — Eu descobri que você já trabalhou para a máfia e mesmo assim não fugi — suspirei — é algo pior que isso?

     — Eu entrego  drogas e armas— engoliu em seco — eu sei que não é certo, eu só...

     — Não tem coragem de sair? — mordi o lábio.

     — Essa gente é perigosa, se eu tentar sair pode acabar muito mal — me encarou rápido — não faz essa cara, eu te disse que não era um cara bom.

    — Já matou alguém?

   O silêncio preencheu o carro, pensar em Taehyung tirando a vida de alguém, me parecia horrível. Eu nunca acreditei que alguém tinha o direito de tirar a vida de outra pessoa.

   — Nós falamos disso depois, ok? — engoliu em seco — eu prometo que explico tudo.

    Então era um sim.

    Apenas assenti, era melhor não pensar muito naquilo.

     O evento era no salão de um grande hotel, um lustre pendia do teto e pessoas andavam de um lado para o outro. Mesas estavam dispostas mais ao fundo e músicos pareciam se preparar para tocar no pequeno palco ao fundo.

  Havia uma mesa com bebidas de todo tipo e um recipiente cheio de gelo ao lado.

  Algumas mulheres olharam para Taehyung conforme ele me levava para sabe-se lá onde. 

     — Tudo aqui é muito arrumado — sussurei para Taehyung — eu não vou saber falar com essas pessoas.

    — Vou te apresentar a todo mundo que vale a pena, os esnobes nós podemos ignorar.

  Nós ziguezagueamos por entre as pessoas, até que Taehyung parou próximo a uma mulher que não parecia ser mais velha que ele. Ela usava um longo vestido azul royal, que tinha um decote em V generoso, era justo na cintura e então descia volante. 

  Seus cabelos negros estava soltos e caíam em ondas, seus olhos delineados logo se voltaram para nós. 

 — Hana, esta é a HeeYoung — Tae nos apresentou — HeeYoung, essa é Hana, a garota de quem te falei.

— Então você é a famosa Hana. — ela sorriu — é um prazer.

 Famosa?

     — Igualmente — sorri fraco.

   — Espero que apeoveitem essa noite, estamos arrecadando fundos para crianças carentes — ela sorriu — o dinheiro será usado para comprar mantimentos básicos.

    — Bonito gesto, você organizou tudo?
  
     — Tive ajuda mas a idéia foi minha.

    — A Heeyoung ama crianças — Taehyung me encarou.

    — Não resisto aquelas carinhas — ajeitou o cabelo — eu preciso organizar algumas coisas do evento, vejo vocês mais tarde, tudo bem?

    — Ok.

    HeeYoung se despediu, e Taehyung continuou me apresentando a algumas pessoas, paramos apenas quando encontramos Jungkook.

  Ele usava um terno preto com uma gravata borboleta. Estava lindo.

   — Minha parceira de jogo favorita — sorriu ajeitando a gravata — como você está?

    — Estou ótima e você?

     — Ótimo e esperando pelo jantar daqui.

  — Você só pensa em comer — Taehyung fez uma careta.

    — Esses eventos de gente rica sempre tem comida boa — os olhos dele pareciam brilhar — Não posso perder a oportunidade.

  — Você não tem jeito — ri.

    ***

     Os músicos começaram a tocar e o ambiente se tornou mais alegre. Taehyung tinha pegado vinho para nós e Jungkook parecia bobo cada vez que o nome de Heeyoung era mencionado.

[ coloquem a música da multimédia]

    — Esse lugar é lindo — comentei enquanto seguiamos para a sacada na lateral do salão.

    — A Heeyoung tem bom gosto — Taehyung caminhava ao meu lado — vai ficar impressionada quando ela fizer o pronunciamento.

     — O Jungkook sorri toda vez  que fala dela — parei encarando as luzes da cidade.

      Tudo parecia tão bonito, as luzes, a lua cheia no céu e o perfume de Taehyung estava me envolvendo.

     — Acho que ele está interessado — parou ao meu lado — fico feliz que você gostou daqui.

    — Todo mundo a quem você me apresentou foi muito simpático — sorri fraco — até tinha me esquecido como é interagir com tanta gente.

     — Nunca foi a uma festa? — o espanto estava claro em sua voz.

    — Já, em poucas — engoli em seco — nunca fui muito boa em socializar, acho que vou incomodar.

     — Todo mundo pareceu gostar de você.

     — Fico feliz— me virei para ele — eu queria mudar essa parte desajeitada de mim.

     Uma música lenta começou a tocar, Taehyung olhou em direção ao salão e em seguida para mim.
   
    — Eu também queria mudar — suspirou acariciando meu rosto — acha que ainda tenho jeito?

      — Depende, está arrependido de verdade? — assentiu — então tem sim.

     Taehyung sorriu fraco, engoli em seco sentindo meu coração bater mais rápido. A música continuava sendo tocada e eu só queria continuar ali.

     — O que você está fazendo comigo?— sussurrou se aproximando.

     — Eu não sei — engoli em seco.

    Taehyung me beijou e embora eu pudesse, não o afastei, porquê nenhum homem jamais me tocou com tanta delicadeza.

  ------------

O otp se beijou \o/

Curiosidade que ninguém perguntou: eu também tenho muita dificuldade de interagir com pessoas porque acho que vou incomodar. Acho que por isso eu comecei a escrever, pra compensar o fato de que quase não tinha com quem falar.