Primeiramente é importante definir que, se possível, utilizo a base CCC, uma base mais complexa que (em resumo) define um paradigma bem mais restrito para a bottom. Mesmo sendo uma entrega consentida, toda a responsabilidade praticamente reside no top, que define como se darão todas as interações, práticas e demais coisas da M/s (relacionamento Mestre/escrava).
Certa vez lembro de ter lido que é um relacionamento baseado única, e exclusivamente, na misericórdia do mestre ! Comecei a adotá-lo há cerca de 18 meses e já tive mais de 5 escravas sob este contrato. Os motivos que me fizeram suspendê-lo foram todos relacionados à questão afetiva/sentimental impraticável no relacionamento !
Vale dizer que mesmo Gor não sendo BDSM, os praticantes de BDSM que desejam viver os valores e posicionamentos propostos podem ter suas Kajiras sob este tipo de contrato pois é exatamente isto que acontece quando uma Kajira escolhe seu Senhor ! Mesmo sendo um "goreanista" (porque não vivo o roleplay), entendo que Gor teve grande influência em como eu vivo atualmente o BDSM !
Apesar de não permitir limites (apenas os rígidos de fato) e safeword (e safegesture) eu indico que eles venham a ser discutidos e entendidos pelas partes antes da assinatura. Não é um relacionamento simples e não pode ser feito, de forma alguma, levianamente; é preciso confiança e real disposição em se entregar o poder completamente.
Segue abaixo o meu modelo de contrato; onde basicamente só altero os dados pessoais (????) !
O contrato deve ser assinado e reconhecido em cartório ! Obviamente a lei brasileira não o valida como instrumento jurídico, mas ele define um compromisso (por cumplicidade) real entre as partes propostas.
Este modelo é muito interessante e mesmo que a entrega seja "por toda a duração de minha vida", os relacionamentos costumam não ser assim de fato. Mesmo fora do relacionamento eu continuo participando da vida daquelas que por algum motivo precisaram se afastar da M/s !!!
Até onde sei, é o modelo de contrato (e base de relacionamento) mais complexa e "má vista" pela comunidade de BDSM brasileira; ela é tida como abusiva e é quase como se viver em uma "caça às bruxas". Eu mesmo, antes de ter alguém se entregando nestes moldes, indico que se estude e que se entenda racionalmente o que uma escrava que o assina está se propondo a viver com seu Mestre!
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Homem Primal
SaggisticaA história de um homem que descobriu os papéis naturais de homem e mulher, macho e fêmea, na natureza e resolveu pautar sua vida de acordo com suas descobertas. Esta obra narra a história de um personagem ativo no meio BDSM em uma odisseia cheia de...