15.

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Fechei os olhos para impedir o choro e esperei pela morte.

- If I die young bury me in satin

Lay me dawn on a bed of roses

Sink me in the river at dawn

Send me away in the words of a love song

Oh oh oh oh

Lord make me a rainbow, I'll shine down on my mother

She will know I'm safe with you when she stands under me colours, oh and live ain't always what you think its gonna be, no. Ain't even grey, but she buries her baby

A sharp knife of a short life. Well, I've had just enough time...- cantei baixinho para me acalmar como costumo fazer.

- Beth! Beth!- ouvi chamarem o meu nome. Será que morri e aquela voz pertencia ao meu pai a chamar-me para ir ter consigo ao céu?

Senti as mãos que anteriormente me tocavam nos joelhos a afastarem-se.

De repente luz preencheu os meus olhos e já conseguia ver o ginásio.

- Beth!- olhei para o lado e vi o John. Levantei-me na sua direção e abracei-o com todas as minhas forçase não consegui controlar mais o choro.- Shhh...Calma eu estou aqui Bethany.- tranquilizou afagando-me o cabelo.- O que se passa?- parei o nosso abraço e fiquei a mirar os seus olhos tão azuis.

- Nada...

- Se não fosse nada essas lágrimas não escorreriam pelo teu rosto tão bonito...- disse envorgonhado enquanto me limpava as lágrimas com o polegar. A Hanna aproximou-se de nós e eu abracei-a.

- Não lhe vamos contar nada...-sussurei ao ouvido da Hanna, ainda um pouco assustada com o que acontecera minutos atrás.

- Posso saber o que estão aqui a fazer?- parei o abraço entre mim e Hanna e olhei-a nos olhos, ela tem-nos tão azuis como os do John.

- Aah, aah...Viemos há procura de...Duma...Duma...Pulseira! Sim, uma pulseira, que eu perdi algures por aqui!- respondeu a Hanna.

- E valia a pena roubar umas chaves, arrombar o ginásio e correm o risco de serem apanhadas tudo por uma pulseira?

- Tecnicamente não é arrombamento se abrimos o ginásio com as suas respetivas chaves.- esclareci e ele revirou os olhos.

- E é uma pulseira MESMO especial!- explicou a Hanna.

- E porque é que estavas a chorar?- questionou o John. E pronto! Agora é que não tinha uma boa desculpa para lhe dar...

- Ela caiu quando entramos porque não encontramos o interruptor para ligar a luz!- e mais um ponto para Hanna, a rainha das desculpas esfarrapadas.

- Hhm está bem vou fingir que acredito nisso...Agora vamos embora antes que alguém nos veja aqui!

-Mas eu ainda não encontrei a minha pulseira!

- Ugh!- bufou.- Têm mais cinco minutos para procurar a pulseira depois quero-vos cá fora!

- Sim senhor capitão!- exclamei eu e a Hanna em sintonia. Ele bufou mais uma vez e saiu do ginásio.

- Ok, ok não temos muito tempo! Olha foi naquele trampolim que a Jessica...

- Eu percebo Beth! Anda vamos até lá.- dirigimo-nos ao trampolim. Comecei à procura de algo suspeito no trampolim, mas em vão,  não encontrei nada que despertasse minha atenção.

- Vês alguma coisa fora do normal?

- Não nada, parece-me tudo em ordem...

- Mas é impossível a Jessica ter saltado daquela maneira sem o trampolim ter alguma armadilha! Já sei!- do nada tive uma ideia brilhante.

Colégio de St. PeterOnde histórias criam vida. Descubra agora