16.

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"If I die young burry me in satin

Lay me down on a bed of roses..."

Ahahah!

Se contam a alguém são as próximas...

Beijinhos"

Ao ler estas palavras senti algo estranho, senti um enjoou a percorrer-me o corpo.

Relembrei-me das mãos dele nos meus joelhos, o sorriso maléfico que ele deveria estar a fazer ao ver-me tão inonfensiva na palma da sua mão, a oportunidade perfeita para me matar acontecera à apenas uns minutos atrás, como era possível já ali estar um bilhete com a canção que eu cantará, no que eu pensava ser, o momento antecedente à minha morte?

- Onde estava isto?- questionei amachucando o papel na minha mão.

- V-veio da porta, p-passou por baixo dela.- explicou gaguejando a Suellen ao ver que eu a olhava enraivecido.

- O que significa?- questionou alguém que na altura nem reparei quem era.

- Não sei!- exclamei irritada.

- A mim parece-me que sabes...- retorquiu a Kimberly.

- MAS EU NÃO SEI!- berrei enquanto agarrava a Kim pelos ombros e a abanava abruptamente.

- Larga-me! Estás parva? Ugh! - ripostou.

- Desculpa...- murmurei baixinho, o suficiente para ela não ouvir e para eu não ter o peso na consciência de não lhe ter pedido desculpa.

Depois dirigi-me à cama da Carly e tirei de lá debaixo a caixa vermelha com bolinhas brancas, também conhecida como caixa das provas.

Abri-a e coloquei lá dentro o bilhete amachucado.

De seguida guardei-a de novo debaixo da cama e deitei-me com a cabeça enterrada na almofada, mas sentia-me observada.

Retirei a cara da minha fofa almofada de penas e olhei em volta, todas olhavam para mim como se estivessem à espera duma conclusão para a história do bilhete.

- Tirem foto dura mais tempo!- exclamei e todas dispersaram mas ainda me enviaram alguns olhares que nem tive paciência para interpretar.

Decidi descansar um pouco pois em breve iríamos jantar.

Fechei os olhos e tentei imaginar-me num sítio feliz, então pensei naquele momento que tive com o Ashton não há muito tempo.

Aquele beijo ainda estava bem vivo nos meus pensamentos, e o meu sonho era voltar a repeti-lo.

Mas as memórias alegres não duraram muito, pois depressa a minha atenção recaiu na cama ao meu lado, ou seja na cama da Margareth.

Onde estaria aquela rapariga tão inocente e que já sofrera tanto sendo ainda uma jovem?

Reparei que na sua cama ainda estava pousado o seu livro do Sherlock Holmes.

Estiquei o braço e alcancei-o.

Abriu-o e comecei a ler.

***

- Bethany, vens jantar?- desviei os olhos do livro e foquei o meu olhar na Caroline que aguardava resposta.

- Ah, sim já vou!

- Tudo bem não precisas de ser assim!- defendeu-se depois da minha resposta num tom de voz um pouco rude.

- Bom para ti!

- Fogo Bethany, mas o que é o John viu em ti?

- O que te faltava a ti!- respondi irritada.

Colégio de St. PeterOnde histórias criam vida. Descubra agora