Dylan Walter, um rapaz solitário que enfrenta problemas com os pais, se refugia todas as noites na Floresta dos Esquecidos, aonde acaba conhecendo um grupo de jovens roqueiros que o induzem a entrar numa seita oculta, aonde ele descobre o passado de...
–"O senhor deve estar enganado!" Digo sem querer acreditar.
Foi daí que ele me mostra uma foto que me deixa super surpreso.
–"Sua mãe era uma das melhores seguidoras, ela lutava bravamente."
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Eu segurava a foto, sem querer acreditar ainda no que eu via.
–"Ela se distanciou de nós, quando ficou grávida de Você e nunca mais regressou." Diz ele.
Engulo o choro e vou à procura de Tyler, andando rápido, ele estava bebendo com Harry e os outros quando eu me aproximo.
–"Pode me emprestar sua moto? Tenho que resolver uma coisa." Digo.
–"Estávamos falando sobre isso, agora que é um de nós, temos que pegar uma moto ou veículo pra você." Responde ele, me entregando a chave. –"Tenha cuidado!" — Pegamos confiança rápido, estranho.
Estava quase amanhecendo quando Estaciono a moto em frente a minha casa. Ouço mais uma discussão deles quando entro, os dois estavam no quarto.
–"Você é uma vadia!" Gritava ele, enquanto minha mãe estava caída no chão, com o rosto sangrando e chorando.
–"Vá arrumar um trabalho." Diz ela, com a voz fraca.
Antes dele começar a falar, o pego pelo pescoço e o jogo contra a quina de um móvel, batendo sua cabeça várias vezes até despedaçar boa parte do seu crânio. Olho para minha mãe, lá estava assustada com o que tinha visto.
–"Precisamos conversar!" Digo sério. Levanto ela e vamos para sala.
–"Por quê nunca me contou sobre a seita?"
–"Co- Como assim? Que seita?"
–"Mãe, chega de mentiras!" Digo, mostrando a foto para ela. –"O que me diz dessa foto?"
Ela fica emocionada e a pega de minhas mãos.
–"Isso faz parte do passado..." Diz ela, enxugando as lágrimas. –"Mas, irei te contar tudo."
Nos sentamos no sofá.
–"Seu pai era o Líder da seita quando me conheceu e nos gostamos, mas, ele era estéreo — o que deixava ele com muita raiva — e sabia o quanto era importante para ele ter um filho, e não havia feitiço para esse problema. Então, eu decidi fazer um Pacto com um demônio para que eu engravidasse e em troca eu daria minha alma... Passou o tempo e fiquei grávida de você, e no mesmo dia do seu nascimento, seu pai foi levado pelo demônio que mentiu para mim." Diz ela, uma lágrima descia em seu rosto. –"Ele tinha ficado tão feliz quando soube que eu estava grávida, acreditando que fosse um milagre..."
–"Então, quer dizer que eu sou filho de um demônio?" Pergunto com raiva.
–"Me desculpa, eu não sabia o que fazer na época... Eu... Sei que cometi um grande erro, mas, foi necessário!"
–"Necessário? O homem que seria meu pai biológico foi levado para o inferno, enganado pela sua esposa... Isso foi horrível!" Digo, decepcionado.
Me levanto, desanimado.
–"Era só isso que eu queria saber..." Digo, indo me retirar.
–"Espere!" Diz ela. –"Desde quando está usando drogas?"
–"Desde que viemos morar aqui, minha única forma de sair da realidade infernal foi me drogando por aí... Assim, conheço do nada uma galera da mesma seita que você participava." Digo, olhando para o pulso dela. –"Você não tem tatuagem de identificação?"
–"Tenho, antigamente era tatuado no tórax esse mesmo símbolo..." Ela me mostra, triste. –"Não queria que você se tornasse um deles."
–"Por quê? Você já foi um deles, mãe."
–"Mas, eles fazem coisas absurdas! Existem seitas rivais que precisam ser exterminadas, e não queria ter ver em uma guerra, lutando para proteger sua vida e voltar vencedor... Meu instinto de mãe sempre te protegeu, mas, agora eu..." Ela começa a chorar.
–"Olha mãe, agradeço por ter me criado, mas, agora eu tenho que seguir meu caminho." Digo. –"Tome, deve sair da cidade!" Entrego uma grana para ela e me retiro.
Volto para a floresta e ouço o grupo de Tyler falando sobre roubos.
–"O internato de freiras tem algumas coisas valiosas lá que podemos pegar." Diz Harry.
–"Estão planejando roubar uma casa de mulheres "santas"? —Pergunto Alegre.
–"Psiu!" Diz Tyler pra mim. –"Isso é algo confidencial, só entre a gente... Tá dentro?" Ele fala perto de mim.
–"Espero que não desista lá na hora, Dylan." Diz Harry. –"Ter muitos sentimentos, atrapalha."
–"Deixa comigo!"
Entramos no furgão, e partimos rumo ao internato isolado. Não sei o que está acontecendo comigo, mas, sinto vontade de quebrar coisas, de ver sangue... Talvez seja o ódio contido em mim por saber minha maldita origem. Não demora muito e chegamos no local, uma tempestade estava chegando!
