Capitulo 9

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Rhonan

-Você tem ideia do quanto estou esperando sua volta, Rhonan? - gritou sua mãe ao ver o filho aproximando-se.

- Mãe, eu posso explicar...- respondeu o menino que logo foi interrompido ao receber uma bofetada em seu rosto. - Não há nada que você tenha que explicar! Sempre se metendo em confusão e nunca voltando para cara nos horários certos. A pior maldição que recebi dos deuses foi eles terem me tornado sua mãe. - disse grosseiramente a mãe do garoto que ao captar tais palavras, enche seus olhos de lágrimas, sentindo o calor da pele marcada pela mão.

- Não é necessário tamanha violência para educar um jovem garoto. - entromete-se Ravík, indignado pelo o que acaba de ver.

- Alguém aqui está perguntando o que o senhor acha da forma em que eu crio meu filho? Ponha-se no seu lugar. - Ela respondeu com um alto tom de arrogância.

Rhonan ouvia sua mãe dar-lhe um sermão de cabeça baixa. Ele curva seu rosto em direção a Ravík com um olhar de misericórdia, um pedido de socorro.

-Preste atenção enquanto eu falo com você! - grita sua mãe, puxando os cabelos de Rhonan com tamanha força e jogando-o no chão. O menino segura o choro e sente o gosto da fria terra que acaba encostando com os lábios. Rhonan era constantemente humilhado por sua mãe que nunca se agradava com qualquer que seja o feito de seu filho mais novo, mas em compensação, Ridoran, o filho mais velho recebia todos os mimos e bajulação que alguém poderia ter.

- Está de castigo, não saíra de casa por três lunações seguidas! - disse a mãe.

- O que? Isso não é justo! - questionou Rhonan, levantando-se devagar.

- É para você aprender que deve sempre estar em casa quando eu chegar.- responde Gellyr, sua mãe. - agora vá para dentro de casa e lave os pratos da janta. - continuou.

- Sim, senhora. - respondeu Rhonan, obedecendo o comando da progenitora, caminhando em direção a porta e indo para a cozinha cumprir com a ordem.

- E voce faça o favor de sair da frente da minha casa. - falou com Ravík, voltando-se para dentro de casa.

O ex-general temeu pelo descanso do rapaz que acabara de conhecer.

Rhonan estão começou a lavar os utensílios de aço que eles tinham. Eram poucos pois haviam apenas três objetos sujos da refeição noturna que a família degustara.

Seu coração triste questionava, por que recebia este tratamento? O que fizestes que desde o nascimento é tratado com ódio e frieza por sua mãe? Rhonan nunca teve alguém com que desenvolver um laço afetivo, sua infância é marcada por traumas em casa onde qualquer bagunça que faça é motivo para levar surras onde sua mãe parava apenas quando via hematomas de sangramento.

Rhonan usava a água de uma grande bacia de cobre para enxaguar os utensílios que ao acabar foi para seu quarto caminhando lentamente.

Ao chegar ele trancou a porta, colocou as mãos em sua cintura e percebeu que o presente de Ravík ainda estava ali. Com cuidado, o jovem rapaz retirou a adaga e escondeu-a debaixo de seu colchão. O lugar que sua mãe jamais pensaria em mexer até porque era uma obrigação do menino estar com seu quarto arrumado ao acordar pois qualquer objeto fora de ordem era motivo de muitas horas de bronca.

O menino cansado deita-se na cama, fecha seus pequenos olhos sente sua cama levemente desconfortável e pensa em seu futuro. De longe passos são emitidos no corredor de seu quarto, o garoto imagina que seria sua mãe em busca de mais algum motivo de discutir com o filho mais novo.

A porta é aberta, Rhonan abre seus olhos para observar quem era.
Novamente era sua mãe, ela estava com um olhar de reprovação e uma vara de orvalho em mãos.

Uma Dança com a Vida e a Morte: A Coligação dos ReinosOnde histórias criam vida. Descubra agora