Capítulo 12

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Papa Bulgjary

Aurora e Eivor estavam próximos a cabana quando foram surpreendidas por um cavalo marrom caminhando por ali.

-Aguarde. – disse Eivor, colocando o braço em frente a garota.

-É apenas um cavalo. – disse Aurora. – Um cavalo de comércio.

-Do reino de Marduk. – Complementa Eivor. – Arrependerás aquele que invadires meus domínios.

Aurora observava aquele cavalo, não possuía cela, mas estava com alguns arranhões como se estivesse em guerra. Ele estava amarrado em uma árvore próxima a cabana. Ele me parece familiar pensou Aurora.

Elas foram em direção ao cavalo e de trás da árvore que o animal estava uma sombra humanoide erguia-se para lhes apresentar.

-Saudações Völva, Saudações Companheira. – disse.

-Papa Bulgjary!!! – exclamou Aurora.

- O que desejas aqui, lorde? – pergunta Eivor, fazendo-te uma reverencia.

-Tu és a única que mesmo depois do que passamos não reconheces meu poder. – Ele diz referindo-se a Aurora que após se tocar, ajoelha-se.

-Lorj Shönir. – Ela diz.

- Achei que nunca mais iria te ver.

-Eu vim para lhe agradecer, Aurora.

Eivor escutava a conversa dos dois sem intrometer-se no meio, mas ainda sim estava curiosa, ela não sabia que Aurora havia recebido ajuda de tal entidade poderosa, a mesma entidade que enfrentara anos atrás.

-Desejo conversar contigo a sós, Aurora.

-Está bem. – Ela responde a entidade.

-Estarei na cabana, aguardando-lhes. – Comenta Eivor indo em direção a sua moradia.

Aurora e Bulgjary ficam sozinhos com apenas o som da praia ao lado e o barulho dos galhos balançados pelos ventos.

-Me libertastes de uma prisão que estive por anos, garota. Apenas uma bruxa conheci com tamanho poder para tal feito. – diz Bulgjary. – Sei bem quem tu és, todos nós do outro mundo sabemos, mas agora resta você saber quem tu eres.

Aurora não sabia o que dizer, ela não encarou as palavras como ofensas, mas também não as considerou um elogio. Da forma que ele havia dito, parecia que Aurora desafiava a harmonia universal, o poder dos deuses e ele mesmo. Uma humana com sangue de valkyria com um poder extremamente elevado comparado com outros bruxos, não soava bem aos ouvidos dos corruptos seres que desejavam poder.

-Diga-me, como aprendestes a usar o Aeghsjalmur com tamanha maestria? Quem ensinastes tal técnica? – Ele questionou.

-Tenho uma ótima professora de magia que fui obrigada a deixar para trás para ter que nos salvar daquela prisão. – respondeu.

Papa Bulgjary lembrou-se da senhora que momentos antes da fuga Aurora haviam observado na prisão, surgiu uma pequena ideia em sua mente que poderia deixar Aurora contente.

- Como prova de minha gratidão, a ti Aurora, concedereis uma dádiva no qual tu poderás usar sempre que for preciso sem nunca se esgotar. Poderei voltar ao meu mundo, reencontrarei com minha família, levarei as almas de humanos impuros e minha carnificina poderá ser resgatada em Wanearth novamente. – disse a entidade, quando puxava do bolso de sua roupa algo.

Bulgjary pegou um pequeno pote com óleo de lavanda e umedeceu seu dedo indicador e fez um símbolo rúnico na testa de Aurora, soprou seu rosto fazendo com que mexas de cabelos da moça balancem e recitou um encantamento.

Uma Dança com a Vida e a Morte: A Coligação dos ReinosOnde histórias criam vida. Descubra agora