Capítulo 7

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Marduk

Marduk cavalgava em Gigante de Ferro.

A cada segundo estava mais próximo do portão, ele não acreditou bem no que viu e assim que chegou em seu destino, empinou com sua montaria.

-Maldito! - resmungou o Rei.

-Abram esse maldito portão!!! - gritou.

-Tirem esses corpos do chão, vamos organizar uma equipe de busca. A fugitiva não pode estar longe. - continuou.

Um dos membros da Guarda Real caminhou até o Rei e seguro diante o mesmo, disse:

-Grande Rei, a fugitiva de cabelos vermelhos escapou pelo esgoto.

Marduk ficou pensativo.

-Como deixaram-na escapar? - perguntou furioso.

-Encurralamos ela próximo a saída de esgoto, então, ela fugiu escorregando por dentro do canal, meu rei. - explicou-se o guarda, abaixando a cabeça.

-"Então ela fugiu" - disse Marduk, imitando a voz do guarda.

-Vocês são membros da Guarda Real, deviam se envergonhar por apanharem tanto e até serem mortos por uma mulher. - dizia, com o tom de voz alto.

-Vá para o estábulo, prepare os cavalos. - deu a ordem.

-Sim, meu rei. - respondeu o guarda, saindo de cabeça baixa.

-E quanto à vocês, quero que limpem essa sujeira em meu reino. - disse, olhando os demais á sua volta.

Marduk virou seu cavalo e galopou de volta para seu castelo.

A ira em seus olhos estava nítida e sua pele queimava de ódio.

Naelyan caminhava inquieta pela sala do trono até que ouviu o barulho das portas se abrindo.

-Meu rei! - disse, curvando-se ao ver seu marido entrando na sala.

-Pegue suas runas, pergunte á elas onde a garota está! - disse Marduk, ainda irritado.

A rainha percebeu que seu marido não estava bem, então, para evitar conflitos, fez um sinal de concordância usando a cabeça e deu passos até a escadaria que levava até sua sala.

Naelyan abriu a porta que havia nos fundos da sala do trono e junto de seu marido caminhou pelo estreito corredor vermelho. Havia pinturas de seres místicos com detalhes dourados nas paredes, algumas flores em pequenos vasos no chão, o castelo era verdadeiramente bonito.

Ao chegar no final do corredor a rainha removeu seu colar prateado de dragão do pescoço e uniu-o com outros três anéis que ostentava em seus dedos formando uma espécie de chave abrindo a misteriosa porta cujo centro havia pirografado um símbolo desconhecido pelos homens.

A porta é aberta e o casal governante entra num corredor iluminado apenas por uma tocha que após trancafiarem a porta Naelyan tomou-a em suas mãos.

Iluminando o caminho havia uma escada de pedra tão antiga quanto o tempo. Eles passaram por ela e o barulho de passos ecoou por alguns segundos até chegarem ao topo.

No final da escada outra porta se encontrava fechada porém Naelyan abriu-a facilmente. Quando Marduk atravessou-a, a rainha disse:

-Sírvër Eńad! - sem sentidos, na língua comum.

Marduk entrou em uma espécie de transe e a porta fechou.

-Dís lóiar er mhig, disgárferu thath móren! - este lugar é meu, esqueça o caminho para chegar aqui, disse no antigo idioma.

Uma Dança com a Vida e a Morte: A Coligação dos ReinosOnde histórias criam vida. Descubra agora