24.as wide as the wind's home

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Nem Jihyo e nem Sana dormiram bem naquela noite. Jihyo cochilou irregularmente e cada vez que ela acordava, ela o encontrava olhando para o teto, a testa enrugada de preocupação.

Sair do ninho na manhã seguinte foi uma verdadeira luta. Jihyo estava exausta e a náusea era pior. Ela quase desejou que ela pudesse ir em frente e vomitar de uma vez e fazer para acabar com o enjoo, mas surpreendentemente, ela conseguiu manter a canja que Sana lhe trouxe. Pareceu fazer mais bem para ela do que fez para ela, porque depois que ela tomou, ela se animou um pouco.

Hoje, elas iriam assistir a um funeral em massa para aqueles que morreram nos ataques. Eridanus havia sugerido isso no jantar na noite passada. "As pessoas precisam do conforto de cerimônias", ele observou. "Isso é algo que todas as culturas em todas as partes galáxia têm em comum: rituais que dão uma sensação de encerramento quando uma morte ocorre."

"Eu gostaria que eles pudessem ter um túmulo para visitar," Esme suspirou. "Eu era uma menina quando minha mãe morreu. Eu costumava ir ao cemitério e me sentar junto a sua sepultura e falar com ela por horas. Acho que eu precisava de um lugar onde eu pudesse sentir como se estivesse na presença dela, uma conexão física."

"Podemos construir um memorial para eles", Jihyo propos. Ela pensou nos memoriais que foram construídos após tragédias em sua terra natal, o Arizona Memorial, o Memorial 11/9*... "Podemos enterrar as cinzas das piras funerárias abaixo dele, de modo que todos teriam um túmulo para visitar."

*O Memorial 11/9: Memorial em homenagem aos mortos no ataque terrorista de 11 de Setembro, e fica no mesmo local onde eram localizadas as Torres Gêmeas.

"Eu gosto disso", disse Sana. "Há muitos que nunca serão encontrados e alguns que podem nunca ser identificados. Dessa forma, suas famílias poderiam ter alguma pouco de conforto."

"Lá na Terra, nós tínhamos algo chamado o Túmulo dos Desconhecidos," Jihyo disse. "Ela continha os restos mortais de soldados não identificados. Todo mundo que tinha perdido um ente querido que nunca tivesse sido encontrado podia sentir como se pudesse ser seu filho ou irmão naquele túmulo. Honrando eles, nós honrávamos todos os que tinham caído e nunca foram recuperados."

"Nós precisamos ter seus nomes em algum lugar", Esme disse.

"Como uma parede? Você nunca viu o memorial do Vietnã, mas era algo assim. Era uma parede de pedra baixa e preta, coberta com milhares de nomes. Foi construído em uma pequena colina, destinado a parecer uma ferida rasgada na própria Terra. Eu não conheci ninguém que morreu no Vietnã, mas quando eu fui lá em uma viagem da escola, eu fiquei tão comovida que eu chorei."

Esme balançou a cabeça. "Não, não uma parede. Algo mais individualizado... Já sei!" Ela estalou os dedos. "As pedras da calçada! Seria como se cada um deles tivesse sua própria lápide."

"Eu gosto disso", disse Sana. "Esme, como você se sentiria projetando o memorial?"

Esme corou. "Eu? Eu não sei nada sobre projetar algo desse tipo."

"Você parece ter um bom instinto para o que seria eficaz. Basta tentar. Pense em uma ideia e todos nós vamos discutir sobre ela."

"Por favor, Esme?" Jihyo adicionou.

Esme olhou para a mesa, o rosto tingido ainda com rosa. "Bem, se vocês acham que eu devo..."

"Há tantos nomes", Eridanus disse. "Vamos precisar de uma grande área, mesmo que as pedras sejam pequenas. Talvez devêssemos reservar espaço no centro da cidade antes que a reconstrução comece."

"Por que não usar o palácio?" Jihyo sugeriu. "Sana, você disse anteriormente que não se importava de reconstruí-lo e nem eu, então por que não usar a terra onde ele era para colocar o nosso memorial? Tem localização central e há muito espaço."

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