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- Jihyo! - Sana gritou, atirando para baixo uma pilha de papéis na frente dela. - Que merda que você fez?

Jihyo se encolheu. Os papéis espalharam-se e ela tentou recolhê-los.

- Eu não sei. Eu sinto muito, Sana.

- Eu não posso acreditar! - ela gritou. - Você arruinou tudo! Você destruiu a Federação, sua vadia estúpida.

- Eu sinto muito! Eu sinto muito! Eu não queria, - Jihyo balbuciou.

-Eu sinto muito, eu não queria. - ela zombou com uma voz estridente. - Sua vadia estúpida, você nunca vai ser uma imperatriz. Nunca!

- Por favor, Sana. - ela chorou. - Eu sinto muito. Vou me esforçar mais.

- Tarde demais. - ela cuspiu, e marchou para fora, batendo a porta atrás dela.

Jihyo sentou no ninho com um grito estrangulado, com o coração batendo. Isso acordou Sana e ela levantou rapidamente, agachando em posição de combate, os olhos se movendo enquanto ela procurava pela fonte de angústia de sua companheira.

- Eu sinto muito. - Jihyo disse, achando sua voz. - Eu tive um pesadelo. - Apenas um pesadelo graças a Deus.

Sana relaxou e voltou para o ninho. Ela colocou seus braços em torno de Jihyo, cheirando o seu pescoço.

- Você cheira a medo. - ela disse suavemente. - Conte-me sobre ele para que ele não te assombre.

Jihyo balançou a cabeça.

- Talvez de manhã. - Ela não estava pronta para revelar um dos medos profundos que permaneciam em um canto secreto de seu coração.

Aquele era o tipo de coisa que seu pai costumava dizer a ela, o tipo de coisa que ela costumava pensar que merecia. Ela se sentia quase culpada por imaginá-las saindo da boca de Sana. Ela podia não entender, e ela podia se magoar por ela ter pensado que ela fosse capaz de tratá-la daquele tipo. Ter uma mulher sensível era trabalho duro, ela refletiu.

Ela verificou os bebês, que estavam ao lado deles, dormindo profundamente. Soojin tinha o fim de sua cauda dentro da boca e estava roendo-a feliz. Pequeno Eridanus estava esparramado, com os braços e pernas abertos, se contorcendo enquanto ele sonhava. Conforme Jihyo assistia, a ponta de sua cauda bateu levemente no travesseiro ao lado dele e ela sorriu. Ela olhou para cima e viu que Dahyun e Momo ainda estavam dormindo, o corpo enorme de Momo enrolando em volta de Dahyun, a perna dela jogada sobre a coxa dela.

- Nós não devemos deixá-la mastigar sua cauda. - Sana disse, puxando a cauda de Soojin de sua boca. - De acordo com Esme, eu fiz a mesma coisa quando eu era um bebê e eu na realidade mordi a ponta fora uma noite. Esme diz que quase teve um taque do coração.

- Ataque do coração. - Jihyo o corrigiu. - Pobre Esme.

- Pobre Esme? Que tal "pobre Sana?" - ela brincou.

- Ela voltou a crescer. - Jihyo disse, fingindo indiferença.

Sana fez cócegas nela, utilizando a cauda em questão. Ela descobriu que a toque em determinadas áreas do corpo dela a fazia emitir compulsivamente aquele som borbulhante, "a risadinha", que ela tanto gostava.

- Pare, pare. - Jihyo implorou, com lágrimas de alegria nos olhos.

Elas congelaram por um longo momento, o corpo dela posicionado sobre o dela. Ela viu a mudança de expressão dela, seus olhos ficaram escuros e meio fechados. Ela baixou o rosto para o pescoço dela, beijando, mordiscando, seus dedos deslizando sob a túnica de dormir dela.

- Sana, não podemos. - Jihyo sussurrou. - Momo e Dahyun estão bem ali.

- Elas fazem isso também. - Sana assegurou. - Momo me disse que ela realmente gosta, e Dahyun...

written in the stars • SAHYOOnde histórias criam vida. Descubra agora