Aurora
Acordei na manhã seguinte com uma pequena dor nas costas, tomei um café forte e com a maior preguiça do mundo me dirigi ao banheiro, minhas olheiras estavam enormes, então depois de um banho quente passei um pouco de maquiagem para tentar disfarçar. Fui até o guarda-roupas e escolhi um conjunto social para usar.
No trabalho e recebi um crachá de funcionaria e me dirigi até a sala de Dominic, dei uma batida leve na porta e entrei.
— Bom dia
Ele se levantou do chão, sua camiseta estava pra fora, seu cabelo desarrumado e ele parecia acabado.
— Bom dia. Que horas são?
Olhei o relógio no meu pulso
— Oito e meia.
— Hum, eu preciso de um café, e de uma camiseta limpa.
Ele andava de um lado pro outro, estava nervoso.
— Eu vou buscar um café pra você.
Ele parou de andar e me olhou.
— Obrigada, eu vou no meu carro buscar uma camiseta limpa.
Então eu saí pra buscar o café e ele foi buscar a camiseta, a fila na cafeteria da esquina estava um pouco grande e quando voltei escutei um pedaço da conversa de Dominic
— Acha que eu não sei que foi você quem mandou aqueles homens aqui? Sabia que a Aurora estava aqui? Ela poderia ter se machucado.
— Ela não deveria estar aqui tão tarde e nem você, mas fiquei sabendo que vocês acabaram com eles.
Quase deixei o café cair ao ouvir a voz do senhor Anthony. O pai de Dominic realmente tentou sabotar o projeto.
— O senhor está com tanto medo de perder que colocou a vida de duas pessoas em risco, uma dessas pessoas é o seu filho, e o senhor não se importa com isso.
— Se você fizesse o que eu mando, nada disso teria acontecido.
— Eu não vou fazer as coisas como você.
Eu ouvi passos e imaginei que o pai dele estava indo embora, resolvi entrar e fingir que não escutei nada.
— Senhor Dominic, Desculpa a demora. Sr. Anthony, não sabia que o senhor estava aqui, aceita um café? posso ir buscar para o senhor.
— Não precisa Aurora, vim ver apenas como estavam depois do susto de ontem.
— Estamos bem, seu filho me protegeu como um cavalheiro.
— Realmente ele é um cavalheiro.
Ele se virou e saiu. Pude ver que Dominic estava mais acelerado, me aproximei dele e lhe ofereci o café.
— Não deixe que ele te perturbe. Temos trabalho a fazer e se toda vez que ele te perturbar você ficar assim ele irá conseguir o que quer.
Ele sorriu, deu um gole no café e retirou a camiseta amassada. Eu não consegui não olhar para o peito nu dele, definido e forte, parecia uma pedra, mas deveria ser macio e quente. Me virei quando percebi que estava realmente encarando, ele riu e colocou outra camiseta
— Você está certa, não é hora de me atrapalhar.
Ele passou o dia todo sentado no chão olhando papéis e murmurando coisas. Às vezes ele grunhia e jogava os papéis longe, outras ele apenas levantava e pendurava o papel na parede, eu apenas pegava café, buscava comida, e respondia perguntas estranhas.
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O Nosso Destino- Série Desencontros
RomanceAurora Stuart aos três anos viu sua mãe morrer, logo depois uma mulher entrou em sua vida como sua nova madrasta e ela foi mandada para um internato passando anos sem contato com a família. Westfield, um lugar onde as regras não são impostas e a li...