Capítulo 2

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Aurora

Acordei com um barulho muito alto, sentei assustada na cama por conta do susto, e ouvi Matthew gritar

— Essa garota me paga.

Levantei apressada da cama quase caindo quando minha perna embolou no lençol, cheguei na porta antes dele mas não fui rápida o suficiente para trancar a porta antes que ele entrasse. Ele praticamente arrombou a porta e fazendo cambalear e quase cair.

— Sai do meu quarto.

Ele riu

— Você entrou no meu quarto, me trancou pro lado de fora eu fui tentar entrar pela janela, você também havia trancado e ainda por cima jogou toda minha roupa dentro da piscina.

— talvez. — Ele veio para cima de mim e me segurou pelo braço — Me solta.

— Talvez — ele me imitou, foi quando ele reparou que eu estava com a roupa dele — tira.

Eu ri.

— Não, isso é a compensação pela roupa que você molhou hoje.

— Não estou brincando, tira ou eu vou tirar de você.

Eu tentei soltar meu braço, mas foi em vão, iria ficar marcado no dia seguinte. Ele me jogou na cama e me prendeu com um pouco do seu peso e com suas mão agora livres tirou a camiseta me deixando apenas com minha calcinha e meu sutiã. Eu não contive um gemido quando sua mão tocou minha pele enquanto retirava a camiseta, minha pele pegou fogo por onde ele tocou e eu me arrepiei. Virei o rosto constrangida por estar quase nua sentindo o corpo dele em mim, por estar tão perto sentindo a respiração dele, e pior por querer que ele me toque. Resisti a qualquer coisa que passasse por minha cabeça naquele momento e consegui acertar um chute fazendo ele cair da cama.

— Saia do meu quarto AGORA.

Ele me olhou de cima a baixo me deixando vermelha.

— Cadê a chave do meu quarto?

Nem ferrando que eu ia dar a chave a ele, mas ele precisava sair do meu quarto antes que eu perdesse o controle. Olhei para o abajur onde coloquei a chave, mas ele reparou. Eu corri para pegar a chave de lá no mesmo instante em que ele correu para pegar. Eu peguei a chave, mas ele me segurou pela cintura e me puxou para ele, eu mantive a mão esticada para trás na inútil tentativa de deixar ela longe dele, mas estando assim tão perto dele reparei que seus olhos eram tão escuros que pareciam uma noite sem estrelas, seus lábios carnudos me pareciam macios e convidativos. E eu sucumbi ao desejo, me entreguei ao seu beijo, um beijo urgente, ambos queriam e ambos resistiam. Até que tivemos que parar o beijo por falta de ar, ele me olhou e sorriu, colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e me mostrou a chave que agora estava na mão dele. Raiva pulsou em mim, ele me enganou e eu quis ser enganada. Coloquei ele para fora do quarto em meio a tapas ele apenas ria. Tranquei a porta do quarto e deitei na cama pensando no quão bom foi o beijo e o quão idiota eu sou por deixar um babaca me enganar assim. Na manhã seguinte olhei minhas roupas para ver qual eu ia usar, não tinha muitas roupas e todas eram doações, a diretora dizia que o pouco dinheiro que me pai manda não daria para comprar quase nada, mas que ela está guardando para quando eu for embora dali. Ela é uma pessoa que aceita suborno dos alunos e finge que não vê as lutas e os contrabandos que chegam de barco no Deck, mas ao menos comigo ela parece se importar, quando eu era pequena ela ia até meu quarto ver se eu estava bem, balancei a cabeça e por fim escolhi um vestido branco com estampa de girassol. Na sala John estava jogado no sofá.

— Você está viva afinal, parecia que iam quebrar a casa toda ontem. Matt quase quebrou a porta do quarto de tanto socar, tem roupa dele espalhadas por toda piscina e ontem ele parecia furioso gritando seu nome.

O Nosso Destino- Série DesencontrosOnde histórias criam vida. Descubra agora