ESTAÇÃO HIDRA

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LUGAR DESCONHECIDO 15 DE FEVEREIRO DE 2004

– Quinze de Fevereiro de dois mil e quatro. – Disse Lara gravando em seu diário de voz enquanto caminhava floresta a dentro. – Ainda não sei aonde estamos. Encontrei ontem umas cabanas que pareciam pertencer a alguma organização denominada Dharma. Depois de muito forçar a minha mente antes de dormir consegui lembrar que li em algum lugar sobre essa tal Iniciativa a muitos anos atrás. Pelo que me lembro a Iniciativa Dharma era uma organização científica fundada nos anos setenta. Acho que eles faziam pesquisas, muitas das vezes descreditadas pelo meio científico. Lembro-me também que o pessoal da Dharma já esteve envolvido em alguns casos de sequestro, mas nada ficou provado. Me pergunto se os desaparecidos não vieram parar nessa ilha também. Faz muito tempo que li e não prestei muita atenção, por isso não me recordo de ter visto em algum lugar que eles tinham base em alguma ilha. Estamos procurando alguma espécie de torre de rádio que está transmitindo uma mensagem de socorro em francês a dezesseis anos. Ah... e a mensagem também fala sobre alguma coisa ter matado todos eles. Seja lá o que isso significa vai me fazer ter mais cuidado antes de reclamar da minha própria sorte.

– Lara olhe isso. – Disse o piloto que caminhava mais à frente. Quando Lara se aproximou viu uma construção ainda maior. Do Lado de fora via-se duas grandes jaulas enferrujadas e abertas. O prédio parecia tão abandonado quanto as cabanas perto da praia. – Acha que a mensagem pode estar vindo daí?

– Não vi nenhum tipo de antena de transmissão. – Respondeu Lara. – Mas pode ter mais informação aí dentro.

Aproximou-se da entrada do prédio. Avistou uma porta grande com o símbolo da Dharma entalhado. A porta estava bastante enferrujada e encontrava-se trancada.

– Ótimo! – Exclamou o piloto. – Vamos ter trabalho para entrar.

– Afaste-se – disse Lara com a arma em punho. Charles se afastou e a garota mirou e disparou. O tiro foi certeiro arrebentando a tranca da porta que se abriu em seguida.

– Maravilha senhorita Croft. – Disse Charles animado.

Entraram no prédio que estava bastante escuro. Charles ascendia uma tocha improvisada que construiu na noite anterior quando Lara ativou um interruptor na parede e as luzes se ascenderam.

– Bem melhor assim. – Brincou Lara e os dois sorriram. Caminharam pelo corredor até chegarem em uma bifurcação. – Eu vou para esquerda e você pela direita. Disse Lara e os dois se dividiram.

Lara caminhou e explorou algumas salas. Encontrou alguns documentos e relatórios sobre experiências com modificação genética de ursos polares. Continuou a explorar as salas que estavam repletas de papeis e computadores bem velhos. No fim do corredor que explorava havia uma porta de ferro fechada com uma corrente. Lara se afastou novamente e disparou, dessa vez na corrente. Abriu a porta e desceu pelas escadas que haviam além dela.

No fim da escadaria havia uma porta blindada e vedada, aparentemente a prova d'água. Lara girou a roda no meio da porta para abri-la, rezando para que não estivesse trancada. Por sorte a reza deu resultado e a porta estava aberta. Adentrou no corredor escuro e húmido. Havia três salas a diante e no fim do corredor outra porta blindada ainda maior. Entrou primeiro na da esquerda e ali tinha apenas um autofalante no canto superior esquerdo. Uma mesa no centro e um interfone perto da porta. A parede da direita era toda de vidro e dava para ver a sala ao lado. Lá havia apenas uma pequena TV de tubo desligada encima de uma mesinha com rodinhas. Lara saiu e caminhou pelo corredor em direção a segunda porta da direita que estava trancada. Resolveu não gastar outra bala para entrar nessa sala já que tinha visto o que tinha dentro dela pelo outro lado. E uma TV não valia uma bala.

LOST IN THE TOMB RAIDER [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora