Capítulo sem título 11

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- Pena que você vai ter que ir embora tão cedo.- falo para Ana, assim que acabamos de jantar em um Bistrô. Ela me olha e sorri, porra vou morrer de saudades desse olhar.

- Preciso estar no Texas á noite, tenho faculdade de manhã e estágio a tarde.- anuo com a cabeça, triste. O garçom chega com a torta de nozes e coloca a frente dela, deliciado, a assisto comer.- isso aqui está dos Deuses, não quer mesmo?- faço que não, sorrindo e seguro sua mão a acaricio, é tão macia.

- E como foi o desfile?

- Ótimo, eu e Kate assistimos todos e aprendi muita coisa.

- Pena ela não ter vindo jantar conosco.

Ela ri baixo, arqueio as sobrancelhas, intrigado.

- Ela disse que era para que pudéssemos aproveitar melhor.- pisca o olho e eu sorrio.

- Gostei dela.- admito.

- Ela é ótima.- toma o resto do vinho.- podemos dar uma volta antes de voltarmos para o Hotel, preciso comprar um perfume para minha mãe, encomenda, já sabe né?

- Claro, vou pedir a conta e saímos.

Chamo o garçom, ela diz que vai ao banheiro.

O garçom traz a conta e pago, ela volta sorrindo, de cabelo penteado e batom refeito, essa mulher é uma loucura, relembro o sexo gostoso, no chuveiro, antes do nosso café, e meu corpo já implora um replay.

- Vamos?- pergunta, pegando sua bolsa, faço que sim e me levanto, seguro sua mão e saímos para a noite Parisiense.

- Onde vamos?

- Há uma perfumaria logo ali, depois que atravessarmos aquela ponte. – aponta para a Pont dês Arts, sorrio com a lembrança de um artigo que li sobre os cadeados. Rodeio os ombros dela com meu braço e a aperto contra mim, o frio estão bem rigoroso essa noite.- você sabe sobre os cadeados?- me pergunta parando bem em frente ao gradil. Faço que sim.

- Os casais apaixonados, colocavam Cadeados com os nomes e jogavam as chaves no Rio Sienna.- faço uma careta, pensando na poluição do meio ambiente.- mas agora não é mais permitido, eles quase danificaram a estrutura da ponte.- concluo meu raciocínio, ela faz que entendeu, se solta de mim e se encosta no gradil, observando o Rio Sienna, parece perdida em pensamentos, vou até ela e paro ao seu lado, seguindo a direção do seu olhar.

- Meus pais, quando vim com eles, me lembro de vê-los colocando o cadeado aqui e depois se beijando, para selarem a promessa.- sua voz é triste.- acho que ela não deve ter sido feita de coração.

- Você sente falta deles juntos não é?- ela faz que sim, sem me olhar.

- Muito.- suspira se vira e olha para mim.- como o amor pode acabar assim, Christian?

50 Tons - InesquecívelOnde histórias criam vida. Descubra agora