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Eu desejo que possamos reverter

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Eu desejo que possamos reverter.

Abro os olhos devagar tomando consciência aos poucos do corpo quente deitado sobre o meu, a incredulidade passa rapidamente pelo meu rosto quando olho um pouco para baixo e avisto o topo da sua cabeça descansando em meu peito, seus cabelos espalhados por todo ele e sua respiração sibilando contra minha pele. Seus braços em torno da minha cintura me envolvendo o mais apertado que ela conseguia, minhas mãos descansando no final da sua coluna. Estico o braço para o criado mudo ao lado da cama e pego o aparelho que descansa ali e vejo que é o dela, não o meu e indica que não passa de nove da manhã. Suspiro aliviado porque sei que não vou perder horário, mas franzo a testa quanto noto que ela perdeu dez chamadas no celular.

Dez chamadas de um número desconhecido.

Então as lembranças da noite passada me invadem como um furacão. Lara ia sair, eu a impedi, transamos e a noite terminou com ela deitada em meus braços, depois de trocarmos juras de amor. Fecho os olhos com força enquanto tento me concentrar nisso e focar na nossa reconciliação, eu sei que ela também quer, do contrário essas chamadas teriam sido atendidas. Mexo meu corpo devagar sob o dela e o som do seu resmungo me faz sorrir e depositar um beijo carinhoso em seu cabelo e agora é a vez do corpo dela roçar sobre o meu, o gesto é inocente, mas envia choques pelo meu corpo e sinto meu pau enrijecer contra sua barriga. "Lara..." seu suspiro contra minha pele provoca arrepios. "Huuuuum...bom dia Harry". 

Sorrio com a lembrança de nossos dias começando assim desde que passamos a morar sob o mesmo teto. "Bom dia meu amor". Deposito outro beijo em sua cabeça e ela mexe mais um pouco então giro nossos corpos na cama e a prendo sobre o peso do meu, ela sorri ainda com os olhos fechados e solta um gemido quando giro meu quadril contra o dela. Afundo meu rosto na curva do seu pescoço e inspiro seu cheiro para em seguida deslizar a língua por toda extensão de pele exposta. Vou descendo por seu corpo enquanto ela se move inquieta na cama, distribuo beijos em sua clavícula descendo com a língua até a curvatura do seu peito e abocanho seu mamilo, enquanto chupo um seio, acaricio o outro. Lara geme e ergue o quadril contra mim em um pedido silencioso por mais contato. 

Desço os beijos por sua barriga até ter a minha cara no meio de suas coxas. "Faz tanto tempo, eu acho que perdi seu gosto". Passo a língua por sua fenda e ela arqueia o corpo na cama encaixando o quadril em meu rosto. Levo as mãos ate sua cintura e a puxo ainda mais para baixo, segurando com firmeza enquanto minha língua dança em sua boceta espalhando o gosto dela em minhas papilas gustativas e a lembrando de quão bem eu a faço sentir. Libero um lado da sua cintura apenas para enfiar dois dedos nela e enquanto tiro e coloco novamente ela murmura palavras incompreensíveis me fazendo sorrir entre suas pernas. Suas coxas tremem em minha volta e ela começa a rebolar com força contra minha língua em um sinal claro que a provocação terminou.

 Faço movimentos circulares em seu clitóris até sentir seu gozo invadir a minha boca, sugo tudo antes de erguer meu corpo sobre o dela, segurando meu pau pela base e enfiando de vez e profundamente no corpo da minha mulher. Meu gemido é grosso e rouco, deito sobre ela usando os cotovelos como apoio para não forçar todo meu peso contra ela e me movimento devagar, o máximo que eu consigo para fazer isso durar mais um pouco. Meu quadril bombeia lentamente entrando fundo e tirando o máximo que posso de dentro dela, seus olhos caem para o ponto onde nos unimos e quando sinto seu corpo estremecer embaixo do meu, giro o quadril várias vezes atingindo o ponto que só eu conheço dentro dela. 

Ela goza e seus músculos me apertam dentro dela, continuo me movendo devagar até minha testa descansar sobre a dela. "Eu não vou conseguir segurar por muito tempo". Ela leva as mãos até meu cabelo e puxa para trás, a dor irradia e espalha uma onda de excitação por meu corpo, gemendo aumento o ritmo de minhas investidas contra ela, o choque dos nossos quadris é audível no quarto, nossos gemidos mais altos e movimentos descoordenados. Quando explodo dentro dela encaixo meu quadril com força, ordenhando todo meu gozo para dentro dela, sem perder uma gota sequer. 

Faço menção de sair de dentro dela e suas pernas me envolvem, sorrio quando ouço sua voz ofegante falar. "Não". Ela me abraça forte, beija todas as partes do meu corpo que consegue alcançar e desliza as unhas pela extensão de pele das minhas costas. Distribuo beijos em seu rosto até ouvir o som tão adorável e conhecido vindo da babá eletrônica. "A outra mulher da minha vida precisa da minha atenção". Tento não entristecer quando sinto seu corpo enrijecer um pouco sob o meu depois de falar isso e levanto devagar indo ao banheiro me limpar e escovar os dentes. "Pode tomar banho, me deixa cuidar dela essa manhã". Balancei a cabeça em afirmação enquanto a via sair do nosso quarto usando a minha camisa. As coisas parecem tão normais hoje que espero não demorar a acostumar com as coisas entrando nos eixos.

Depois do banho e de ter me vestido para o trabalho, desci as escadas e sorri ao ver a bagunça no balcão da cozinha. Lara falhava miseravelmente em fazer panquecas com ajuda da Duda. Me aproximei e deixei um beijo estalado na bochecha da nossa filha que balançava os braços curtos da sua cadeira de bebê tentando chamar minha atenção para a arte que ela fez com a farinha de trigo. Lara terminava de preparar a comida e eu colocava a mesa dando algumas olhadas de soslaio para a interação entre mãe e filha que acontecia na cozinha e o que isso fez ao meu coração eu não seria capaz de colocar em palavras.

Lara me deu uma família e apresentou o amor de uma forma que eu nunca vi e eu não posso ser mais grato do que sou. Nossos erros, as vezes que nos machucamos, eu seria capaz de deixar tudo para trás para não perder esses pequenos momentos, a simplicidade deles. Balanço a cabeça quando ela me chama para ajudar e eu pego as tigelas com comida e coloco na mesa ao mesmo tempo que ela carrega Maria Eduarda nos braços com o olhar cheio de amor e devoção. Eu tenho flashes da minha esposa, da mulher que eu conheci e casei e hoje eu tive uma overdose deles desde o momento que acordamos juntos até agora com a nossa mesa posta e comendo juntos como a família que somos.

Família é importante para mim, sempre foi. E a minha é meu tudo.

Sentamos no lugar de costume e enquanto bebo meu café observo Lara alimentar nossa filha e sorrio sobre a xícara apreciando a cena que faz tempo que não vejo, é como se minha esposa tivesse tido uma viagem de férias e retornou agora. A vejo se servir com uma porção generosa de ovos mexidos e a preocupação dispara em minha mente. Todas essas noites fora eu não faço a menor ideia de onde ela esteve ou do que ela estava fazendo, mas tenho muito medo de perguntar e perder esse clima leve de rotina familiar que nós estamos vivendo agora.

Nós não conversamos sobre isso, é algo que não fazemos.

"Você vai para o estúdio hoje?" Sua voz me arranca dos meus devaneios e eu pisco para voltar ao presente. "Sim eu preciso gravar uns acordes hoje, a turnê está aproximando e os caras estão trabalhando duro, eu fiquei devendo uns ensaios". Ela concordou e em seguida disparou trazendo sua mão sobre a minha. "Desculpe por isso Harry, eu vou estar mais presente". Ela inclina a cabeça em direção a Duda e eu assinto entendendo o que ela quis dizer. Sua ausência nas nossas vidas prejudicou o ritmo do meu trabalho por ter que cuidar da nossa filha sozinho.

Continuamos comendo e conversando sobre assuntos triviais quando o celular dela vibrou em cima da mesa, seus olhos vidraram na tela e quando ela notou a minha tensão me direcionou um sorriso trêmulo e lone de animado. "É só a Carla... veja". Apontou com o indicador para o visor que piscava insanamente o nome da sua irmã e ela se apressou a atender antes que a ligação caísse. Ouvi a voz estridente da sua irmã e dei risada quando Lara ligou a chamada por conferência e mostrou que estávamos tomando café da manhã todos juntos. Notei um vislumbre de emoção no rosto da minha cunhada e me pergunto se o que estava acontecendo foi compartilhado com ela, mas é claro que foi. Conversamos um pouco e eu tomei o papel de alimentar nossa filha enquanto Lara nos filmava para sua irmã que está em outro país a trabalho. Depois que a ligação é encerrada, caminho até a porta da nossa casa e noto por sobre o ombro Lara com Duda nos braços me acompanhando como há muito ela não fazia, então depositei um beijo na cabeça da nossa menina e um nos lábios da minha mulher e deixei nossa casa com um sentimento crescente no meu peito, como há muito eu não fazia.

Nossos corações vão voltar a ser só um lar.

Her - (Hes)Onde histórias criam vida. Descubra agora