Pacify Her | Muke Clemmings

Oh.. Okay

Sorry se tiver erros, to cansada de surtar por All Time Low e tive crise de ansiedade por causa de Getaway Green ;-;

Tchaaau

•••

«Tired blue boy walks my way
Holding a girls hand»

Luke sorria como nunca, afinal, o ano estava se encerrando e no próximo ano ele faria 20 anos. Não que ele esteja animado para descobrir quem seria sua alma gêmea, ele nem mesmo acredita nisso e não acredita no amor verdadeiro, mas com 20 anos significa que ele pode sair da casa de seus pais, o acordo com eles seria quebrado.

Luke Hemmings, loiro meio acastanhado, recentemente cortou o cabelo e já não tem mais o topete de adolescente. Piercing no lábio e olhos incrivelmente azuis que refletem suas emoções de modo claro. Luke se amava, acima de tudo.

Arzaylea e Ashton eram seus melhores amigos; Arzaylea tinha seu nome no pulso mas o mesmo nunca havia sentido algo pela morena, de forma alguma, só a considerava como melhor amiga/confidente, assim como Lauren, a irmã de Ashton e o próprio Irwin. Ashton havia sido um erro no sistema, mas ele não ligava, haviam mais erros do que acertos no sistema que criaram; as pessoas que tinham o nome de uma pessoa do mesmo sexo eram consideradas como erros no sistema, e isso acontece com a maioria. Uma vez escrito e enviado, nunca mais retirado, eles morreriam se amando.

Um ponto era que Luke não sabia que também era um desses erros. Ele se achava um cara normal, tirando as vezes que ele já havia experimentado a sensação de ambos lados. Luke por enquanto se denominava bissexual, enquanto sua alma gêmea não chegava ele continuava a se envolver com ambos sexos, e isso nunca foi um problema. Hemmings gostava mais de garotos, gostava de ser tratado como ele tem que tratar uma mulher, até considerava a ideia de ser um erro por considerar ser gay, mas ele ainda pensava em Arzaylea. Se ela tinha seu nome, ele também teria, certo?

— Luke, sai do mundo da lua, idiota. - Ashton o empurrou levemente.

— Eu estava pensando sobre como poderíamos começar. Espere, sobre o que é a redação mesmo? - Olhou para o papel. — Esse tema de novo?!

— Lu, não é porque você não acredita em almas gêmeas que o mundo também tem que não acreditar. - Arzaylea diz, arrumando o boné do loiro. — Eu tenho a sua marca, lembra?

— Sem querer estragar nada, mas temos um sistema cheio de falhas, e o Luke gosta mais de ser a mulher do relacionamento do que o homem, se me entende. - Irwin piscou para a morena e voltou a pensar sobre o tema. — Podemos colocar um tanto da história dele, sabe?

— Tipo: toda meia-noite do vigésimo aniversário de alguém, ele(a) ganha uma marca dizendo a inicial e o sobrenome de sua alma gêmea, sendo a pessoa homem ou mulher? - Arzaylea resumiu em uma pergunta.

— Yep, pode ser isso se querem minha opinião. - Luke deu de ombros e olhou para a porta.

No mesmo momento estava entrando um casal. Ela tinha cabelos roxos e ele cabelos vermelhos, e na opinião de Luke ele era simplesmente maravilhoso. Seu fôlego sumiu e ele pegou o celular, conferindo se sua aparência estava apresentável. Viu eles irem até o balcão e se sentarem, dando sua chance.

Hemmings sabia que ele seria muito vadia se desse em cima dele com a namorada ao lado, mas ele não parecia estar muito interessado no que ela dizia.

— Gente, vou pegar alguma coisa e vocês começam aí. Preciso aliviar. - Se levantou e Ashton assentiu, entretido em escrever a redação para a faculdade.

Seguiu até o balcão onde estava seu companheiro (que trabalha no estabelecimento), que logo o notou.

— Hemmings! Bom te ver por aqui, cara. O que vai querer? - Michael se virou e se perdeu na visão do loiro alto se sentando ao seu lado.

— O de sempre, buddy.

— Nem sei porque ainda pergunto. - O loiro mais novo riu, mordendo o lábio inferior e pegando em seu piercing.

Pegou o celular e começou a falar no grupo da faculdade, sendo respondido com alguns flertes. Tirou o boné rapidamente e bagunçou o cabelo, voltando a colocá-lo. Tudo isso sobre a atenção de Michael.

— Amor? - Crystal o chamou pela milésima vez e o falso ruivo bufou.

— O que é?

— Eu te amo.

— Crystal, não força a barra. Isso não vai mudar nada.

Ele cruzou os braços e o café de ambos foi entregue, e Clifford logo começou a tomar sem paciência alguma para ouvir Leigh falando as baboseiras de sempre.

— Como está a faculdade? E a empresa? - Olhou de canto o loiro alto e o cara que atendeu eles conversando.

— A faculdade está no final e a empresa está indo melhor do que nunca. Ben é um idiota e nós sabemos disso, ele não quer me deixar no comando; mas o Jack é uma péssima opção porque ele não sabe nem cuidar de si mesmo.

— E você sabe? - Quis rir mas se limitou a sorrir pequeno.

— Quem você acha que é o responsável do grupo? Se não fosse por mim, minha mãe nunca teria saído de casa depois da morte do meu pai. E falo mais, Ben está com medo de que na ausência dele eu morra também, mas isso não vai acontecer porque eu sei dirigir um carro e não bebo tanto como ele e o Jack. - Apontou fatos.

— Eu estava brincando, bobinho. Eu sei que aquela empresa vai ser sua e por merecer, você é o melhor filho de Andrew, sem desrespeitar Ben e Jack. - Luke riu.

— Contanto que só diga isso pra mim. Vai que você fala isso para o Ben e ele fica se achando todo. - Deu de ombros rindo.

— Tudo bem, eu prometo. Você é meu preferido, Luke. Tem mais cabeça. - Piscou. — E cadê os nerds da vez?

— Estão escrevendo sobre um tema fodido. Eu odeio o tema.

— Alma gêmeas? De novo? Até eu já enjoei disso. Foram três anos seguidos, puta merda! - Exclamou.

Crystal estava incomodada com o namorado olhando muito para Hemmings e avisou que ia ao banheiro. O atendente foi fazer seu trabalho e Luke estava no meio de sua bebida.

— Tira uma foto que dura mais, baby. - Luke o olhou rapidamente e mordeu o lábio inferior enquanto sorria.

— O-o que? Oh.. Okay.. Desculpe. - Voltou a beber seu café.

— Se quiser a foto, sou um ótimo modelo. Se quiser outra coisa, é só pedir. - Piscou inocentemente e Clifford riu do atrevimento.

— Posso pedir seu número? - Se atreveu a perguntar e Luke sorriu, pegando um papel do balcão e se inclinando, pegando a caneta reserva de Alex, um de seus melhores amigos e escrevendo seu número, o entregando para Clifford.

Como já havia terminado a bebida, se levantou e pegou o celular.

— Se precisar se divertir e sair da rotina, pode mandar mensagem ou ligar. Se precisar conversar, ligue. Se precisar transar, corra. - Piscou e saiu, indo diretamente para sua mesa.