Arianna andava pelos corredores tentando se lembrar onde era o seu quarto, até se despedir de Raegal e Keyla, ela se lembrava que era o quarto ao lado, então abriu a porta a sua direita, e se tranquilizou quando viu Mhysa sentada em uma das camas, refletindo.
- Aí está você! - A elfa entrou no quarto olhando para Mhysa. - Porque não foi jantar na taverna com a gente? Aconteceu alguma coisa? - Arianna sentou ao lado da amiga na cama.
- O general me convidou para jantar com ele. - Disse Mhysa sem cerimônia.
- Ah, é? - Arianna quase pulou da cama. - Como foi? Me conte tudo!
- Eu não sei o que passa na cabeça dele, ele parece me querer, mas ao mesmo tempo não sei se quer. Acho que eu sou boba.
- Não quer? - Arianna olhou para ela. - Como não quer? Eu vejo como ele te trata, como ele olha para você, você viu como ele te defendeu para o rei, não sei o que se passa na cabeça dele, mas o General bonitão tem uma quedinha por você sim!
- O que você acha que eu devo fazer?
- Acho que você deveria conversar com ele sobre isso, abertamente.
- É, acho que tem razão. - Mhysa franziu as sobrancelhas. - Eu vou por ele contra a parede e saber o que ele quer de verdade.
- Isso aí garota! - Arianna levantou a mão direita, e Mhysa bateu na mão dela. - Agora precisamos dormir, estou acabada. - Arianna tirou as botas, - você viu que eles tem uma banheira com água quente aqui?
- Não brinca! - Mhysa levantou e foi até o banheiro do quarto, o cômodo era enorme, e possuía uma banheira grande o bastante para ocupar grande parte do banheiro, era limpo e tinha um cheiro de canela dos incensos que queimava por perto.
Depois que Mhysa e Arianna tomaram o banho de banheira aquecida, elas vestiram roupas limpas que os criados haviam deixado pela tarde, e conversaram sobre histórias de suas vidas, até caírem no sono.Na manhã do outro dia, Quando Mhysa acordou notou que suas roupas estavam lavadas e limpas, se vestiu, e juntamente com Arianna foi encontrar com os outros, a Resistência estava em uma espécie de campo de treinamento, com vários alvos, escudos, espadas de madeira e alguns capacetes.
Mhysa reparou que Fhorturin e Jory treinavam com machados de madeira, era um treinamento feroz, ela nunca tinha visto, o anão mais forte que ela conheceu contra um lenhador experiente com machados, ela estava gostando de ver o embate, até que viu Torun se unir ao combate com sua espada de madeira, enquanto Fhorturin disferia golpes fortes e precisos, Jory não sedia, o homem era muito forte.
Arianna cutucou Mhysa e apontou para o outro lado do campo de treinamento e lá estava Raegal com um violino tentando atacar com sua música, ele tocava as notas e um impulso tão forte foi na direção de Thalleon que o elfo foi arremessado para trás com a força da rajada que foi criada pelo som.
- Muito bem, querido. - Keyla pulava de alegria. - Você conseguiu.
- Não estou ouvindo Absolutamente nada!- Thalleon gritou dando tapas leves em sua orelha pontuda.
- Fiquei sabendo que você tinha uma magia de fogo formidável. - Disse Kadmus para Keyla. - Será que o seu calor vence o meu frio? - O mago levantou a sua mão direita.
Keyla notou que as mãos do rapaz emitia uma Aura gélida poderosa. - Não quero te machucar. - Disse Keyla tentando se mostrar forte para o rapaz.
- Qual é? Não me diga que está com medo. - Kadmus insistiu.
Keyla ergueu o cajado para ele. - Bola de fogo! - Conjurou ela. - E de seu cajado uma enorme esfera de fogo foi violentamente na direção do rapaz.
- Barreira Glacial! - Gritou ele colocando as duas mãos no chão, e uma barreira de gelo se formou em sua frente, defendo a esfera de Keyla, mas não iria resistir muito.
Em alguns segundos de embate a barreira começara a ceder e se desfazer, causando uma enorme evaporação, mal dava para vê-los.
- Keyla! - Raegal gritou e quando a fumaça se desfez, lá estava ela com o cajado apontado para a cabeça do rapaz, que estava ajoelhado puxando ar para respirar.
- O seu calor. - Disse Kadmus ofegante. - É realmente poderoso.
Raegal olhou com um sorriso leve até se assustar com um grito do seu lado.
- Bardo!!
Raegal defendeu com seu violino no susto um ataque de espada, que veio em direção a ele. Depois de dar alguns passos para trás, ele notou que se tratava de uma espécie de fantasma que havia o atacado.
- Mas que diabos é isso? - O bardo perguntava, se tratando daquela criatura pálida, com traços de um elfo.
- É minha magia. - Thalleon disse por de trás do fantasma, fazendo ele sumir como fumaça.
- Isso é incrível. - Keyla se aproximou do elfo. - Pensei que a magia transcendental havia se perdido.
- Não se perdeu, durante a primeira guerra contra a Legião, muitos xamãs morreram é verdade. - Thalleon limpava seus ouvidos, ainda ouvindo um zumbido. - Entretanto, minha mãe foi uma das sobreviventes, a magia transcendental, por mais que seja rara, ainda existe.
Mhysa ouvia barulhos de aço cravando em madeira a um certo tempo, quando olhou para o local do som, notou que Dylan arremessava adagas em um alvo de palha, ele era muito bom, atirando sempre no centro. Mhysa se aproximou do rapaz,. - Será que eu posso tentar também?
- Mhysa. - Sorriu o rapaz. - É claro. - Ele estendeu a mão para lhe oferecer uma adaga.
- Eu tenho minha própria arma. - Mhysa pegou o arco da longevidade de suas costas e puxou uma flecha de luz no alvo de palha, respirou fundo e atirou, acertando no centro do alvo, quando a flecha se chocou, explodiu em luz.
- Uau, belo tiro.
- Minha vez! - Arianna mirou no centro com o seu arco élfico, e atirou, quando a flecha se chocou no centro notou que haviam duas flechas cravadas na palha. Todos olharam para trás imediatamente.
- Perdão, eu queria brincar também. - Disse Tayron abaixando seu arco de caça.
- Agora sim a verdadeira competição vai começar. - Sorriu Dylan.
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A lenda do Éther e o Reino amaldiçoado (Livro 2)
FantasíaMhysa e a companhia continua sua jornada para Lockand e encontrar o Éther, mas a ocasião se encontra muito pior do que eles imaginavam, uma situação desesperadora colocará Mhysa em uma missão de auto conhecimento, enquanto a legião revela estar arqu...