#17 Invasão ao castelo - REVISADO

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Os pés do Halfling quase tremiam ao correr em disparada para a cede da Resistência, seus amigos estavam todos sendo presos, todo o plano deles foram por água abaixo, o que ele devia fazer?
Ao chegar na cede, saltou os vários degraus da escada íngreme, sem nem sentir o impacto da queda, seu coração palpitava, Shaco abriu as portas do salão principal, e ao ver toda a Resistência, ali sentados na mesa, ansiosos por uma resposta, O pequeno quase cuspiu as palavras.
- Eles...fo...foram presos...
- Como assim?!! - Alicia se levantou e correu até Shaco. - Que aconteceu?
- Estávamos lá, com...os estandes...e...e...
- Respira Shaco. - Jory tocou no ombro dele.
- O povo estava feliz por estarmos ali. - Shaco continuou. - Mas um homem chegou, ele era imponente, com uma cicatriz no olho direito, era amedrontador.
- Vangorn. - Disse Alicia sentindo calafrios só de lembrar do homem.
- Ele nos acusou de crimes contra a coroa, e acabou prendendo todo mundo, eu escapei graças a capa da invisibilidade.
- Se foram presos, é questão de tempo até serem executados por Zaru em praça pública. - Disse Dylan.
- Não podemos deixar isso acontecer! - Exclamou Shaco.
- Alicia. - Disse Jory o lenhador. - O que está pensando ?
A moça passou a mão entre os cabelos pensativa. - Thalleon, comunique Taryon, por favor, diga a ele que iremos entrar no castelo, hoje!
- Entrar no castelo Alicia? - Torun protestou. - Ficou maluca? Iremos ser mortos se formos lá também.
- É a única maneira para salva-los, não deixarei que mais ninguém morra!
Todos a olharam e não tiveram forças para contestar.
- Irei comunicar Tayron imediatamente, Alice. - O Elfo abriu o seu grimório, e um Lagarto espectral surgiu em sua frente. Com um comando, ele correu por entre as frestas e foi em direção ao castelo, sem ser visto.

As grades dos portões do castelo se abriram, e Mhysa engoliu em seco, não conseguia pensar em nenhuma maneira de fugir, por onde ela olhava, existia guardas armados a espreita.
Quando entraram no castelo, sentiram um ar frio na espinha, só de olhar o rosto de Zaru, sentado no trono de mármore, usando uma coroa de ouro e jóias preciosas, sua esposa a rainha com um olhar de medo ao seu lado, quando Mhysa olhou ao redor, notou alguns lordes, a guarda Real com o Comandante, o tenente e os outros soldados de Zaru, e ao lado deles, estava Tayron, que olhava com seus olhos arregalados, e com a respiração mais intensa.
- Você está bem, Tayron? - Perguntou o embaixador ao seu lado.
- Na verdade não muito senhor Lalfwen. Alguma coisa não me fez bem do jantar. - Tayron acenou com a cabeça e fez uma reverência. - Com licença senhor, acho que preciso de um ar fresco. - Taryon se retirou da sala por uma porta no canto inferior esquerdo do salão real, enquanto o embaixador o acompanhava com o olhar.
- Mhysa... - Levantou Zaru de seu trono com um olhar ameaçador. - Francamente, eu não fazia ideia que você fosse esse tipo de pessoa... - Ele foi caminhando para perto dela. - Eu lhe convidei ao meu palácio, ofereci da minha comida... Meus aliados, me informaram que você não seria uma pessoa agradável ao meu reino, mas eu disse que era bobagem, ela é uma "garota boazinha", vejo que estive enganado, o meu povo está muito bem, sem você para fazer "caridade".
- Claro, estavam ótimos, ninguém passando fome nas ruas, nem escravos sendo explorados em seu próprio castelo. - Mhysa disse afiada.
- Escravos? - Ele evitou olha-la nos olhos. - Perdão senhorita, mas eu não sei do que você está falando.
Ela olhou para os lados procurando por Tayron, mas não o encontrou. - Ninguém percebe o quão venenoso esse homem é? Ou vocês são tão corruptos e medíocres como ele.
- Perdão por não ter dado ouvidos meus conselheiros, ela é tão desprezível como vocês disseram. - Zaru sorriu para seus aliados.
Todos olharam assustados, mas riram para descontrair e mostrar lealdade.
- Você não é digno de governar um reino! - Exclamou Fhorturin fazendo eco por todo o salão.
- Ora, senhor anão. - Zaru direcionou o olhar para ele. - Pelo que eu me lembre, a Montanha de ouro, passou a ser chamada de Montanha Sombria, por irresponsabilidade de seu povo, ou será que se esqueceu, que seu povo é tão inútil que perderam uma das maiores fortalezas de Bildrifell.
- Não ouse abrir sua boca imunda para falar de meu povo! - Trovejou o anão.
- Fhorturin, se acalme. - Raegal colocou a mão em seu ombro. - Uma briga dentro do castelo, sem nossas armas não seria nada vantajoso para nós.
- O bardo tem Razão. - Rubky sussurrou. - Relaxa Thurin.
Arianna olhou para a mulher sentada ao lado do trono de Zaru, estava chorando e seu pescoço existia muitas marcas roxas, como se alguém a estrangulasse.
- Eu sempre fui tão bondoso com todos aqueles que são fiéis a mim...
- Tão fiel que precisa estrangular eles para ser obedecido não é? - Arianna soltou como se fosse uma flecha no peito de Zaru.
O rei arregalou os olhos para a elfa e pela primeira vez, alterou o tom de voz e sua postura - Como vocês ousam, dizer tantas bobagens, dentro de meu castelo! Na presença de minha esposa e meus aliados! - Gritou. - General! Leve eles para as piores celas do calabouço, amanhã serão executados por me insultarem!
- Vamos! Andando! - Gritou o General os empurrando.
- Você será a primeira. - Disse Zaru sorrindo torto para Mhysa. - Quero ver o rosto de seus amigos, se arrependendo por seguirem você.
Mhysa e o grupo foram levados como porcos pelo General até os calabouços.

A lenda do Éther e o Reino amaldiçoado (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora