A lenda do Éther e o Reino amaldiçoado (Livro 2)

#30 O Cavaleiro Sagrado - REVISADO

  O ar quente e a fumaça das chamas tomava todo o reino de Lockand, os gritos nas ruas dava para ser ouvido de longe. pessoas correndo por quase todas as ruas do reino, cavalos assustados trotando rapidamente sem nenhum condutor, espadas se chocando, e armaduras ruindo.
   - Majestade! - Gritou Lalfwen entrando na sala real, onde Zaru se encontrava parado na sacada do palácio observando. - Eu trago notícias!
   Zaru se virou para o homem com um olhar frio e apenas o encarou.
   -A unidade de capitão altard fora derrotada pela unidade do General Magnus, quase todos morreram e os que sobreviveram se uniram a eles...
   - Altard é realmente um fraco e eu não admito traição! - Ele levantou a voz. - Eu quero todos mortos!
    - Tem mais... Majestade... - Disse o Lalfwen com a voz trêmula.
    - Desembucha. - Zaru caminhou para mais perto do Embaixador.
    - Mhysa conseguiu fazer com que o povo lutasse ao seu lado, vencendo o Comandante Tamaio que foi com a cavalaria, seus homens ainda estão vivos, o Tenente Roward está tentando reagrupar os soldados
   - Maldição! - Gritou o Rei franzindo o cenho. - Onde está Vangorn?! Ele devia ter matado a garota de imediato.
   - Bem... - O embaixador esperou alguns segundos antes de continuar. - Ele encontrou com o grupo do anão Fhorturin... E foi derrotado em batalha, os magos junto com outros membros da Resistência neutralizaram a unidade do General. Lockand conta com apenas trinta por cento de sua força, majestade...
   Zaru espumava de ódio. - Vangorn...Perdeu?!! Aquele traidor do Aidan ainda está vivo?
   - Sim, majestade, ele e boa parte dos soldados de Horikif continuam vivos.
   - Quero que chame a Hilda , e logo em seguida o Cavaleiro Sagrado Leorah, a situação é urgente, precisamos dele imediatamente!
   - Sim, Majestade. - O homem fez uma reverência e se retirou da sala a passos largos.

  - Mamãe, eu estou com medo, porque eles estão atacando a casa do papai? - Dizia Nina assustada deitada em sua cama.

   - O seu tio está vindo nos salvar, meu amor - A rainha Hilda beijou a testa da filha cuidadosamente, enquanto seus braços tremiam. - Vai ficar tudo bem... - A rainha olhava para a sua filha com os olhos lacrimejantes. - Vai ficar tudo bem... Eu prometo...

    - Porque está chorando, mamãe? - A criança limpou as lagrimas da mãe com a mão miuda.

   Hilda segurou na mão de sua filha e desabou no colo de Nina. - O seu tio está vindo nos salvar, ele está vindo... - A rainha chorava sem parar, com todo o corpo trêmulo.

   - Nos salvar do que? - Nina quis saber.

   - Do seu pai, filha... Do seu pai.

    - Nos salvar do papai? porque?

     - O seu pai não é um bom homem... Ele...Ele... - Hilda não conseguia dizer, as palavras, estavam presas em sua garganta.

      - É por isso que você as vezes grita, mamãe? - Disse a princesa com leveza. - E chora antes de dormir, e tem marcas pelo o seu corpo?

      - Isso, filha... - A rainha limpava as lágrimas com as costas da mão. - É por isso...

      - Eu te amo, mamãe... - Nina abraçou sua mãe com força. - promete que não vai  me deixar sozinha? 

       A rainha abraçou a filha com todas as suas forças. - Eu nunca vou deixar você, Nina, eu prometo! 

    A porta do quarto bateu com agressividade, e sem esperar resposta se abriu. - Vossa Alteza! - Disse o embaixador Lalfwen áspero. - O rei está lhe chamando urgentemente, peço que vá aos aposentos dele de imediato. 

   Hilda se levantou sem pestanejar, beijou a testa de sua filha. - Me espera para dormir, tá bom ? - Nina balançou a cabeça, e a rainha seguiu o embaixador até os aposentos de Zaru.