Betty 0.1

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Estava há horas decidindo o que vestir, visto que logo mais à noite, iria acontecer a tal aguardada festa de aniversário da Verônica, minha melhor amiga. A festa seria em seu apartamento, presente do seu irmão mais velho, Jughead Jones. Além da cobertura em frente ao mar, ela também ganhou de presente um Porsche 911 Turbo do irmão.

Eu não conseguia me acostumar com tamanho exagero. A família dela era muito rica e tradicional daqui de San Francisco. Eu a conheci há mais de um ano quando me mudei para cá, depois de ganhar uma bolsa para estudar na conceituada George Washington High School. Logo de cara, gostei da Verônica, ela era uma menina alegre, simpática e apaixonada por moda. Era também muito responsável e mimada, porém, era muito boa e gostava de ajudar os outros. Apesar de todo o dinheiro e influência que a sua família tinha, era muito amistosa e legal com todos, eu a
adorava.

Hoje era o seu aniversário de dezessete anos, e eu finalmente iria conhecer o seu irmão. Ela sempre me falou dele, e do quanto era ciumento e super protetor. Ele fazia faculdade de administração, tinha namorada e segundo V, era um chato. Sorte a minha que não tinha esse problema, era filha única, e os meus pais estavam há milhares de quilômetros longe daqui. O que me tornava independente e dona do meu próprio narizinho lindo. Sem ter que cumprir as ordens de ninguém, eu criava as minhas próprias regras, e lógico, que eu quebrava todas.

Morar sozinha sempre fora o meu grande sonho, e morar sozinha em San Francisco, era uma grande conquista para uma jovem de dezoito anos. Assim que cheguei, arrumei um emprego de recepcionista no hotel Whitcomb, na Market Street, no centro da cidade. E de quebra, ganhei um quartinho só meu. Não eram cinco estrelas, mas era o meu novo lar. Tinha TV a cabo e até um frigobar, melhor impossível. Era um mini quarto que só cabia a minha cama de solteiro, um criado mudo e meu armário, mas quem precisava de muito espaço quando se morava sozinha? Pelo menos era um local limpo e muito bem cuidado, e não tinha ratos, o que era uma grande vantagem. Eu estudava no turno da manhã, e o restante do dia eu trabalhava. Com o salário que ganhava mais a mesada que meu pai me mandava, vivia razoavelmente bem e pagava as minhas contas, além de bancar as minhas diversões nos finais de semana.

Eu não era uma garota de ficar em casa, e meus finais de semana eram de muita balada, bebida e amassos. Nunca namorei sério, e por enquanto, não pretendia, ainda tinha muitos californianos sarados para conhecer. Quando eu morava em Riverdale, havia beijado poucos. Meu pai era um pai muito rigoroso, e mantinha marcação cerrada, então, eu não tinha liberdade para sair, e consequentemente não beijava garotos. Porém, aqui em San Francisco, eu era livre para fazer o que eu bem queria.

Assim que me mudei, decidi que não seria a-garota-tímida-do-interior, comecei mudando o meu guarda-roupa, nada de casacos de caxemira, e aquelas roupas nada atraentes que eu usava antes. Preferi as mais ousadas, shorts curtos, minissaias, decotes e muita transparência, a sensualidade era o meu sobrenome. Na verdade, eu nunca me senti bonita e atraente. Sou magra, tenho a pele pálida com cabelos loiros e olhos azuis. Mas, me surpreendi com o assédio dos garotos da escola, na verdade, todos eles queriam ficar comigo, até os namorados das patricinhas-loiras-chefes-de-torcida.

Boazinha? Não, eu não era. Podia dizer que eu era esperta, não era do tipo que esperava um príncipe encantado. Preferia os garotos maus, de pegada forte e que não me ligassem no dia seguinte. Tinha fama de galinha por ter ficado com a maioria dos caras gatos da escola, não me levem a mal, não que eu fosse uma vagabunda, mas gostava de me divertir, e beijar na boca não arrancava pedaço de ninguém.

Conheci até alguns garotos legais para namorar, tipo Chuck Claiton. Ele era o capitão do time de futebol da escola, moreno, alto, forte e sexy. Ele nutria sentimentos por mim, qualquer menina da escola daria tudo para ser a namorada dele, entretanto, meu lance com o ele era somente atração física (porque era muito gostoso), porém, não passava disso, eu não era apaixonada por ele. Considerava o Chuck apenas um amigo. Às vezes, nós nos beijávamos e era inevitável que isso acontecesse, depois de passarmos a noite inteira na nossa boate preferida, sobretudo, quando eu ficava bêbada e ele era obrigado a me levar para casa.

Da última vez que nós nos beijamos, aconteceu no meu banheiro, quando ele tirou a minha roupa me deixando só de lingerie e me colocou em baixo do chuveiro. Eu estava totalmente bêbada. Protestei. A água estava fria e eu comecei a tremer.

― Gɑto, me tirɑ dɑqui, estou com muito frio... Quero ɑ minhɑ cɑmɑ. ― Eu disse, com ɑ bocɑ trêmulɑ.

― Cɑlmɑ, depois desse bɑnho você vɑi se sentir melhor. ― Chuck fɑlou, ɑpós me segurɑr firme pɑrɑ eu nɑo cɑir. Eu cɑmbɑleei cɑindo em seus brɑços. Ele se molhou todo e eu puxei suɑ cɑmisɑ pɑrɑ cimɑ.

― Tomɑ bɑnho comigo, entɑo. ― Sussurrei mɑliciosɑmente, chɑmɑndo-o pɑrɑ o perigo.

― Betty, você estɑ bêbɑdɑ, nɑo quero me ɑproveitɑr de você. Quɑndo estiver lúcidɑ, você pode me chɑmɑr pɑrɑ tomɑr bɑnho com você que eu venho correndo. ― Ele disse com um sorriso. Olhei pɑrɑ Chuck me inclinɑndo pɑrɑ beijɑ-lo. Ele se ɑfɑstou resmungɑndo ɑlgo como "Betty suɑ mɑlucɑ". Um segundo depois, ele estɑvɑ me beijɑndo com pɑixɑo. Suɑ mɑo pegɑndo os meus cɑbelos com forçɑ, e eu rɑpidɑmente retirei suɑ cɑmisɑ, ɑcɑriciɑndo seu ɑbdômen sɑrɑdo. Ele segurou firme ɑ minhɑ nucɑ e me puxou mɑis forte pɑrɑ si. O frio de repente foi sumindo, dɑndo espɑço ɑo cɑlor, muito cɑlor. Meu estômɑgo começou ɑ se revirɑr. Senti Chuck lutɑndo contrɑ o fecho do meu sutiɑ quɑndo subitɑmente o empurrei pɑrɑ trɑs, dizendo:

― Nɑo! ɑcho que vou vomitɑr... nɑo estou legɑl.

Bem, aí estraguei tudo e não aconteceu mais nada naquela noite. Porém, se eu não estivesse tão bêbada, eu teria transado com Chuck. Ele e toda a escola achavam que eu não era mais virgem, mas eu ainda era pura e imaculada, acreditem! De uma coisa eu estava certa, perder a virgindade bêbada e num banheiro não era legal.

Irei esperar um momento especial, com um cara legal, não que o Chuck não fosse, contudo acreditava que eu tinha que gostar muito do cara para ir aos finalmente com ele. Enquanto isso, ficava só nos amassos, e ninguém precisava saber que eu ainda era uma garota virgem.

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Este é o primeiro capítulo, espero que vocês tenham gostado... provavelmente vou lançar o 0.2 amanhã.

❛Bad Lady ᵇᵘᵍʰᵉᵃᵈOnde histórias criam vida. Descubra agora