Betty 0.7

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Não dormi muito, alternando entre a emoção e a decepção. Aquele idiota machista e arrogante não saia da minha cabeça. Por fim, dormi depois do nascer do sol, estava cansada.

Os beijos, os amassos, as palavras de Jughead quase se via como um sonho agora. Mas não era. Era real e havia acontecido. E só não aconteceu tudo, porque ele fora embora. Ainda me pergunto se eu teria mesmo transado com ele, se eu teria dado minha virgindade de bandeja para ele. Um homem cuja não merecia nada que viesse de mim.

Jugh é um homem que se acha. Um riquinho metido a certinho, que acha que pode me tratar como lixo e depois se aproveitar de mim. Apesar da maneira estúpida em que fui tratada por ele, eu amei cada segundo que passei em seus braços. A maneira como ele me beijou, me tocou, era como se eu fosse algo precioso, que ele necessitava desesperadamente. Eu não mandava mais em mim, eu só queria que ele me tomasse, eu só queria sentir suas mãos em mim, sua boca na minha, sua pele quente esmagando a minha. Graças a Deus que ele foi embora, senão por essas horas, eu não era mais virgem. Pois está na presença dele era um perigo constante, e eu não iria conseguir me controlar.

Batidas na porta me tiram do meu estado sonolento.

― O que aconteceu com você? ― Questionou Verônica, quando fui abrir a porta.

― Você está terrível Betty.

― Nada, só fui presa ontem à noite, e depois deixada na rua sozinha. ― Resmunguei fazendo uma careta.

― Como voltou para casa? ― Engoli em seco.

― O Chuck. ― Dei de ombros. E caminhei em direção ao banheiro, enquanto V sentou-se na minha cama desarrumada.

― Ah, que bom. Tenho que admitir que ele realmente gosta de você, B. Por que não dá uma chance a ele?

― Não enche Verônica. ― Eu disse, enquanto escovava os dentes.

Quando saí do banheiro e troquei de roupa, perguntei:

― O que faz aqui tão cedo no meu único dia de folga? Eu poderia está perfeitamente dormindo agora, sabia? Ela me olhou surpresa fazendo bico.

― Não seja mal-agradecida... Só queria saber como você está. Além do mais, fiquei muito preocupada com você. Sabia que eu discuti feio com o Jughead por sua causa? ― Revirei os olhos, ao ouvir esse nome horroroso. Jughead.

― Obrigada Verônica, mas eu sei me defender sozinha, ok? Não preciso que você brigue com aquele imbecil por minha causa.

― Nossa! Pelo o jeito vocês dois se odeiam mesmo, hein? ― Ela disse, com certa tristeza.

Olhei para ela e seus olhos cinza estavam me irritando. Agora que eu havia percebido como Verônica se parecia com o irmão. O mesmo tom de olhos, o mesmo cabelo escuro. Droga!

― Ele me odiou primeiro, eu só retribuí. ― Mordi o lábio e mexi nos cabelos.

Já estava ficando nervosa, não queria mais falar daquele idiota. De certa forma falar nele, pensar nele, me desestabilizava emocionalmente. E eu não era movida a emoções.

― E Você e o Archie, como estão? ― Perguntei para mudar o foco da conversa.

V automaticamente sorriu e disse:

― Ele me convidou para sair hoje à noite. ― Ela disse batendo palmas e pulando feito uma criança quando ganha um doce.

― Finalmente hein? Você é incrível V, merece ser muito feliz. Pelo o visto agora minha melhor amiga está namorando.

― Acho que sim. ― Ela sorriu, suas bochechas enrubesceram. ― B, vim também te convidar para passarmos o dia inteiro na minha piscina, que tal?

― Não, esqueceu que eu não posso mais frequentar o seu apartamento? ― Resmunguei. Sua face endureceu em desgosto.

― Mas Betty, o dia está lindo lá fora, e você vai passar o dia inteiro trancada aqui?

― Vou.

― Além do mais, Jugh sempre passa os finais de semana com a namorada, ele não vai aparecer por lá. Por favor, vamos? ― Implorou.

"Finais de semana com a namorada" Ouvir isso me causou um desconforto esquisito.

― Não, eu só quero passar o dia na cama comendo porcarias, e assistindo filmes velhos. ― Argumentei.

Ela me olhou como se eu estivesse louca e falou:

― O que fizeram com a minha amiga? ― Ela encostou sua mão na minha testa. ― Você está bem? Cadê a Betty que odeia ficar em casa e que adora sair e se divertir? Eu preciso da minha amiga maluca de volta.

Eu sorri para ela. ― Eu falei passar o dia em casa, já a noite, bem...A noite é uma criança.

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Desculpa o capítulo curto, to meio sem tempo
:(

❛Bad Lady ᵇᵘᵍʰᵉᵃᵈOnde histórias criam vida. Descubra agora