ElijahOs primeiros raios de sol invadiam o ambiente e eu em silêncio me concentrava em tudo o que aconteceu nas últimas 12 horas. O som que me manteve cativo eram as adoráveis batidas no coração de Bonnie, seus lábios esticados em um biquinho e o cenho às vezes franzido demostravam que ela sonhava, mas a serenidade que se seguiu era bom sinal de relaxamento.
Eu me dediquei a observá-la, fascinado pela sua beleza, preocupado com a sua doçura e em como pessoas podiam usar isso contra ela. Como meu irmão e eu fizemos, chantageando-a pelo amor a família.
Ela se moveu e seu seio escapou do lençol me dando um vislumbre de alegria em meio a melancolia que esses pensamentos despertaram. Ela estava acordando e se espreguiçou sobre meu braço, eu invoco Deus quando os olhos verdes me olham com um sorriso que é copiado pelos doces lábios da bruxa.
"Bom dia." Ela sussurra usando a mão para acariciar meu cabelo. Por falar em cabelo, os cachos dela estão espalhados pelo travesseiro, com o ar selvagem que define sua intensidade, seu cheiro é tão delicado e sua pele é suave... Todos os detalhes que eu passei meses apenas imaginando a distância, agora estavam ao alcance das minhas mãos, do meu olfato e paladar... Eu me apresso a beija-la, me recusando a pensar que teremos que voltar ao mundo real.
Bonnie me puxa para cima dela e em poucos segundos nossos corpos estão colidindo um contra o outro em uma busca incessante pelo prazer. Eu me transformo de um cara de poucas palavras, para um maníaco que geme seu nome a cada vez que ela me aperta. Bonnie sorri quando o torpor do orgasmo acaba, e em poucos segundos ela está tão intensa quanto estava antes, querendo mais. "Elijah..." Ela canta meu nome antes de apertar os olhos com força, sua boca se abre e um gemido sexy escapa dela, sua magia esta espalhada pela cama, os tentáculos de poder me arranham e eu não controlo meu próprio orgasmo.
É insano.
Eu já levei mais de uma bruxa para a cama, e nem mesmo a mais poderosa delas foi capaz de me fazer perder o controle, como Bonnie faz. E ela o faz com uma sutileza quase ingênua, como se não fosse nada de mais. Estou deitado sobre ela ofegando, e eu nem me lembro da última vez que usei meus pulmões dessa maneira, suas unhas bem cuidadas estão traçando caminhos suaves nas minhas costas suadas, minha cabeça ainda gira quando eu busco seus olhos novamente.
Ela sorri, mordendo o lábios inferior, está satisfeita com a travessura que fez ao usar magia em mim. "Que bom que um de nós não tem um mingau no lugar do cérebro." Digo a ela com olhos em fenda e isso a faz gargalhar. Eu rolo para o lado esperando que todos os meus sentidos voltem a sua plenitude. Ela se debruça sobre mim e me observa com olhos contentes.
É linda como uma ninfa da floresta, meus dedos acariciam sua orelha apenas para verificar se não existe mesmo uma pontinha que indique que ela é ninfa, mas guardo as suspeitas para mim. "Preciso falar com meus pais, ver como eles estão." Ela disse de repente.
"Lhe garanto que eles estão bem, não se lembrarão do que aconteceu nos últimos meses. Aliás, eu sinto muito por isso... Usar sua família." Eu digo com sinceridade. "Eu não te perdoo por isso. Mas não posso mentir, uma parte de mim amou a liberdade de ser apenas uma bruxa, sem ter que fingir normalidade na frente deles, sem ter que fingir que me preocupo com a faculdade ou alguma carreira que não seja na bruxaria." Ela desabafou apoiando o queixo no meu peito. Eu escovei os dedos por seus cachos e os ajeitei atrás da orelha, era admirável esse desejo dela de ser uma bruxa em sua totalidade.
"O que pretende fazer agora, que seus irmãos estão a salvo, e você não precisa mais ser meu guardião?" Bonnie perguntou com um jeito curioso, mas hesitante em ouvir a resposta. Por tantos anos eu me sacrifiquei por meus irmãos, mas essa era a primeira vez que eu realmente pensava primeiro em mim e por consequências na própria Bonnie. "Talvez haja uma bruxa interessada em conhecer o mundo, e outras bruxas de outras culturas, e sabe, eu posso dizer que sou um cara experiente em relação ao mundo sobrenatural, provavelmente eu possa ensinar algo para essa bruxinha." Brinquei enquanto falava de maneira distraída. O sorriso de Bonnie duplicou em seu rosto e ela se sentou na cama, interessada no que eu disse.
"Se essa tal bruxa recusasse ter você como guia e companhia eu diria que ela é uma idiota." Ela respondeu teatralmente. Eu me sentei também é tratei de puxa-lá para perto outra vez, nossos lábios se encontraram com familiaridade enquanto exploramos o sabor e os sentimentos contidos no beijo.
Fomos interrompidos pelo som infernal do meu celular, uma Rebekah histérica queria saber onde eu tinha enfiado a Bennett, pois ela precisava de um favor. "Preciso mesmo voltar, Divo e todas as minhas coisas estão lá." Ela disse juntando as roupas que outrora foram largadas pelos cantos. "Me diga uma coisa." Segurei sua mão e a encarei. "Niklaus vai querer falar com você, não sei em ponto vocês pararam, assim como também não sei em que ponto nós estamos..." Falei com sinceridade.
Bonnie se virou para mim com um sorriso e disse. "Klaus e eu foi apenas casual, se existe alguma dúvida para ele, então eu esclarecerei. Quanto a nós dois, estamos apenas começando, não estamos?" Perguntou com olhos duvidosos. "É claro que sim, lamento informar que não aceitarei te dividir com mais ninguém." Circulei sua cintura com o braço. "Não lamente! Sou só sua!" Ela respondeu fechado o espaço entre nós, o beijo nos levou de volta a cama, e de volta à novos orgasmos, não preciso dizer que Rebekah ligou mais cinquenta vezes, as ligações caíram em ouvidos surdos e acabaram sendo silenciadas por gemidos e sussurros de prazer.
Bonnie era tudo o que eu pensava.
O resto do mundo poderia esperar.
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Mais que uma garota! - Klonnie
FanfictionConcluída - Bonnie Bennett declara seu interesse em Elijah Mikaelson, mas o original a enxerga como uma garota, nova e inexperiente demais. Essa rejeição muda o comportamento da bruxa Bennett, e ela o fará ver que é muito mais do que uma garota. Ni...