QUATRO

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Elijah

Mal aterrissamos em New Orleans, e Niklaus foi interceptado por um de seus contatos. "Vou precisar resolver um problema, encontro vocês no complexo mais tarde." Ele disse um pouco mal humorado. Andou até Bonnie, correu a mão por seu rosto em uma carícia e a levou até a nuca, buscou os olhos dela me fazendo desviar os meus. "Esteja pronta para fazer o feitiço, amor." Disse com um sorriso de lado e plantou um beijo nos lábios da bruxa. Em segundos ele e o vampiro mensageiro sumiram deixando Bonnie e eu a sós.


Eu dirigi a caminho do French Quarter, logo que percebi a empolgação de Bonnie tratei de lhe apresentar os principais pontos, ela sorria e me fazia perguntas, estava encantada e tivemos bons momentos. Era adorável como ela estava interessada, e eu me permiti contagiar pelo olhar curioso de quem conhece um lugar pela primeira vez, a tempos eu havia perdido essa perspectiva ao chegar na cidade, e Bonnie me trouxe isso de volta.


"O que você gostaria de conhecer?" Perguntei em um tom mais leve. "Quero fazer um "ghosts tour" ela disse com olhos arregalados e um sorriso de menina. "A luz do dia? Não tem a menor graça." Respondi fingindo indignação. "Ou talvez você não tenha coragem para ir aos cemitérios a noite." Blefei dando de ombros. Bonnie abriu a boca indignada com a minha suposição e me olhou com seus vibrantes olhos verdes. Ela deu um tapa no meu braço me fazendo rir da sua reação. "Eu já vi mais fantasmas do que você pode imaginar nesses seus mil anos." Ela desafiou me fazendo rir mais. "Certo, façamos assim, vamos ao The Cauldron agora, e a noite, depois do feitiço podemos ir a Bourbon Street e depois ao cemitério, o que acha?" Fiz minha oferta e não posso negar que minha intenção era deixá-la ocupada o suficiente para manter Niklaus longe. "Perfeito!" Ela concordou animada.


Paramos em um restaurante e eu fiz o pedido de alguns pratos tradicionais, Bonnie provou um pouco de cada sabor e era divertido vê-la descobrindo novas combinações. Nossa conversa se manteve leve, eu lhe contei boas histórias sobre a cidade e ela me dizia sobre as lendas que já tinha ouvido falar. Não pude deixar de perceber os olhares que ela atraia, não só dos turistas encantados com sua beleza, mas também dos locais, que sentiam sua aura poderosa.


Andamos por algumas ruas e ela quis conhecer as lojas de voodoo, era incrível como meu olhar sobre Bonnie estava mais nítido, ela é tão jovem e possui um frescor inenarrável, assim como ela também é uma mulher, tão forte que em alguns momentos sua postura, voz, sabedoria me faziam questionar sua pouca idade. A maneira como ela se movia entre as prateleiras de produtos para magia era tão sexy, que eu debilmente conseguia esconder meus olhares em sua direção.


"Podemos ir, aposto que o Divo está estranhando a casa nova." Ela disse se referindo ao pequeno gatinho preto que ela adotou em Mystic Falls. Ela passou uma semana chamando o gatinho de Diva, até descobrirmos que ele era macho. Eu levei suas sacolas para o carro e assim fomos ao complexo.


De uma manhã divertida eu passei para um início de tarde horrendo. "Boa tarde senhor Mikaelson, senhorita Bennett!" Disse a governanta da casa. "Boa tarde Margareth, pode ajudar a senhorita Bennett a se acomodar no quarto de hóspedes?" Pedi a mulher de meia idade que era responsável pelo funcionamento do complexo. Não deixei de notar seu olhar de confusão. "O senhor Klaus pediu que acomodasse os pertences da senhorita na suíte principal." Disse Margareth. Bonnie nos olhava sem entender nada, mas o caso era, Niklaus colocou Bonnie para dormir em seu quarto. Inferno sangrento.

Mais que uma garota! - KlonnieOnde histórias criam vida. Descubra agora