OITO

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Klaus

Eu achava que já tinha experimentado de tudo nessa vida, me considero um cara de sorte, por ter vivido experiências únicas nestes mil anos. Acontece que o que acabou de acontecer agora, supera em muito minhas melhores aventuras amorosas.


Elijah e eu já compartilhamos a mesma vítima, também já compartilhamos a mesma mulher. Passamos por fases interessantes, logo no início da transformação, em que os sentimentos, as intenções eram ampliadas, devo incluir nesta lista o desejo sexual. Acredito aliás, que algumas práticas sexuais modernas foram resultado do advento sobrenatural que causamos ao transformar milhares de pessoas em vampiras no início de tudo. Enfim, isso é história. A realidade e o presente me interessam muito mais agora.


Bonnie está ofegante, ruborizada, e eu posso farejar o delicioso e doce cheiro de sua excitação. Sinto minhas papilas salivarem de desejo e meu corpo se tencionar no instante em que seu sangue invadiu minha boca. Perfeita. Meu lobo uiva internamente, como se ela fosse a própria lua azul.


A visão que queríamos acessar fica facilmente em segundo plano quando ela passa a desfrutar do que seria um claro fetiche. Dois homens, ou melhor, dois originais, ali se alimentando dela, a bruxa que já esteve na cama com ambos, ela me parece bastante ambiciosa neste momento. Eu não consigo ficar alheio ao desejo dela, e minha língua a acaricia durante a mordida, ela geme e seu corpo procura pelo meu, meu pau, teso, se aperta contra sua bunda arrebitada, e eu iria até o inferno para te-la.


Estou fodidamente enlouquecido por essa bruxa.


Elijah


Por Deus. Se arrependimento matasse eu teria morrido no instante em que permiti Klaus a beber o sangue de Bonnie junto comigo. E embora eu esteja tão estupefato com o erotismo da cena, como os dois também estão, eu tenho um problema grave em não querer dividi-la com ninguém. Nem mesmo Niklaus.


Sentir a torrente de emoções vindas dos dois e de mim mesmo, é enlouquecedor em vários sentidos. Admitir que meu desejo foi tão intenso como o deles seria modéstia.


Os flashs de um sexo a três me inundavam a mente e o prazer de Bonnie em ondas pareciam capazes de me afogar. Era no mínimo insano.


Quando paramos de suga-la o ciúme passa a me corroer, e eu me perguntava se ela deseja Niklaus mais do que a mim. Ou se eu não era suficiente para ela.


Eu sabia a resposta para essa pergunta. A atração de Bonnie por Niklaus era tão intensa quanto a dela por mim. Por motivos diferentes, quase dicotômicos do ponto de vista moral. Enquanto eu era seu protetor, Niklaus fazia às vezes de algoz. Seu herói e seu vilão, antagonistas e ainda assim, seus amantes mais devotos.


E agora tínhamos um elefante branco no meio da sala. Além dos habituais problemas.


Bonnie


Me tranquei em meu quarto e providenciei um banho gelado. Depois tentei meditar para limpar minha mente mas nada estava funcionando.


Tentei ler, tentei assistir TV, tentei ouvir música, mas os pensamentos voltavam para o que aconteceu mais cedo. Meu único alívio era o fato de que Elijah e Klaus haviam me dado um tempo a sós para descansar, ou então eu estaria lá, com joelhos tremendo, boca seca e um desejo incontrolável de beijar os dois originais.


Após girar pelo quarto por horas eu finalmente consigo dormir. Mas os sonhos de uma noite inteira são aterrorizastes.


Deliciosamente aterrorizantes.



"Nik e Elijah disputam espaço em meu corpo pequeno, mas não é uma batalha. Eles buscam incansavelmente o direito de me dar prazer, ao mesmo tempo em que parecem feras egoístas, preocupados em satisfazer seus próprios desejos.


Eu me arrasto entre os dois, como uma serpente que busca espaço de passagem entre muros estreitos. Eles me recebem com uma harmonia orquestrada, que beira a sincronia de ensaios exaustivos. Embora as palavras de Klaus façam uma marca em minha mente e eu me regojizo em assimilar que sou a primeira bruxa nesta posição. A fome deles é dolorosa e me sufoca a medida que  me apertam com mãos fortes e dedos habilidosos. O que começou com um grupo de mãos afoitas se batendo com certo constrangimento, passa a ser uma coreografia refinada de três corpos dispostos e suplicantes.


Elijah beija minha boca com um único propósito: definir quem é ele neste momento! Ele me marca como fez na nossa primeira noite, em que deixou claro suas intenções.


A Klaus sobra minha nuca, meu pescoço e ombros que são assaltados por beijos e mordidas que arranham minha pele. Sua ereção aperta contra mim e eu desejo senti-lo como antes, nu e cru como é seu melhor estado.


As roupas aos poucos são descartadas e eu me surpreendo pelo clima criado. À luz é baixa, o quarto é silencioso, a cama se faz desnecessária. Nik está com meus seios preenchendo suas mãos e eu sinto sua respiração em minha orelha, ele inspira meu perfume e aperta os dedos em volta dos meus mamilos sensíveis. Automaticamente minha boca se vira buscando a sua, o beijo é quente e devasso. Elijah nos observa, mas não para a carícia sobre meu clitóris. Seus dedos me torturam e eu já não controlo mais os movimentos do meu quadril que bate contra sua mão em busca de mais contato.


Meu orgasmo transforma os dois e o pouco controle que tinham se esvai. Eles reivindicam espaço no meu corpo e eu canto feliz enquanto sou preenchida por prazer. Tenho certeza que o mundo para de girar enquanto nós três estamos transado alucinadamente.


Meus gemidos e eventuais gritos morrem quando Elijah chupa minha língua, e ganham novo som quando o lobo de Nik se mostra mais selvagem ainda.


Meu quarto ou quinto orgasmo me transforma em uma poça de gosma, eu os aperto com tanta força, que meus espasmos e um toque de magia fazem o restante do trabalho. Sinto Nik vir primeiro, duro, quente, e ele me inunda com seu alívio, o rosnado em minha nuca parece uma prece pagã. Elijah busca meus olhos enquanto liberta seu orgasmo em mim, sua semente preenchendo espaço por entre minhas dobras lubrificadas e agora tão sensíveis.


Aos poucos, meus pés voltam a tocar o chão, literal e figurativamente. É Elijah quem se afasta primeiro, mas eu me apresso em segurar os dois e os levo para a cama comigo.


O silêncio é naturalmente bom, embora minha respiração ofegante seja um ruído agradável a ambos. Eu levo um tempo beijando Elijah, mas minhas mãos estão atadas a Nik, e enquanto dedico meu beijo ao híbrido, sinto Elijah acariciar  minhas costas.


Meu corpo está exausto.


Me lembro de repousar a cabeça sobre o peito de Nik e adormecer com a mão de Elijah em minha cintura, consciente de que eu tenho a sorte de mil anos de mulheres e amantes, bem nas minhas mãos."


Acordo pateticamente ofegante e dolorosamente excitada. A droga do sonho quase parece uma visão de tão realista, e eu passo o restante da noite em claro me convencendo de que isso jamais acontecerá. Os dois originais disputarão minha atenção na melhor das hipóteses e eventualmente eu escolherei um dos dois, mas vou acabar sem nenhum, pois eles farão escolhas altruístas para não se magoarem.


Meu sonho fica distante a medida que o dia nasce, mas algo me diz que eu teria muitas surpresas ainda.


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Mais que uma garota! - KlonnieOnde histórias criam vida. Descubra agora