My Lady [LUHAN]

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My Lady – Luhan

— Você ouviu?

— O quê?

— O chinês ganhou outro aumento.

— O nome dele não é chinês, é Luhan e eu não quero saber de nada que tenha a ver com ele, Judith — suspirei.

— Tá, mas você não se incomoda dele ganhar mais que você? — Ela insistiu.

— Claro que sim, já briguei com a diretoria por isso mil vezes, mas não adiantou de nada. E outra, já não faz tanta diferença. Prefiro acreditar que ele precisa mais do que eu.

— Ah, sim. Bom, eu não posso reclamar, sou só uma reles clínica geral, você que é cirurgiã cardio — ela disse e permaneceu em silêncio por alguns instantes.

— E ele é neurocirurgião. Por isso eu prefiro acreditar que o aumento dele é justo.

— De verdade, se eu não soubesse que ele adora flertar com todas as mulheres que aparecem por aqui, eu juraria que ele é gay. Ele é perfeito demais. Não sei como ele consegue ser neuro e continuar tão lindo e pleno. Tipo, olha pra você...

— Ah, obrigada, Judith.

Saí da salinha do café e andei em direção à minha sala, passando reto por um montinho de enfermeiras que estava em volta de algo. Devia ser algum site de fofoca, resultado de algum sorteio ou então Luhan tinha postado alguma foto nova nas redes sociais.

Lu Han. Até seu nome me irrita. Ele é pequeno demais e deveríamos dizer “Han Lu”, mas ele já chegou aqui com esse nomezinho artístico. Esse cara me tira as paciências toda vez que aparece.

Somos de áreas diferentes, mas desde que ele chegou aqui, é como se vivêssemos numa eterna competição e apesar de tudo isso e de eu odiá-lo declaradamente, ele vive, VIVE, vive dando em cima de mim sempre que é possível. E o pior de tudo é que ele é extremamente gato, parece um personagem de desenho, tem um cabelo maravilhoso e uma voz sensacional... Mas eu o detesto. Detesto muito.

As meninas vivem se perguntando: por que será que ele flerta com todo mundo, mas não pega ninguém? Não me interessa saber, mas é um tema recorrente no meu dia-a-dia, uma vez que essas mulheres não calam a boca nem por um segundo.

Entrei na minha sala, fechei a porta e sentei em minha cadeira giratória acolchoada, uma das minhas coisas favoritas sobre o trabalho. Fiquei atirada sobre a cadeira e quase cochilei, mas uma notificação do meu celular me trouxe de volta ao mundo real.

— Quem será que me perturba... Ah! — Me sobressaltei.

Era uma mensagem de minha mãe me convidando para um jantar especial: a comemoração de trinta e cinco anos de casamento dela com o papai, que aconteceria exatamente um mês à frente. Respondi depressa e disse que iria trabalhar em pensar num presente legal.

Coloquei meu celular na mesa, e foi nesse momento que percebi que nela havia um quadrado de papel colorido todo dobrado: um bilhetinho. Sem qualquer pressa, estudei o quadradinho de papel em minha mão e o abri lentamente, encontrando uma enorme, inesperada e indesejável surpresa:

“Harper, preciso da sua ajuda. Encontre-me na minha sala no fim do expediente, x”.

— Meu Deus, Luhan é um estudante da quinta série... — Bufei.

Pensei seriamente em ignorar, mas a palavra “ajuda” sempre chama minha atenção. Desde pequena eu fui acostumada a oferecer ajuda e atender pedidos de ajuda de qualquer um, até de amiguinhos que eu não gostava. Decidi então não ignorar o pedido de meu colega de trabalho, senão eu com certeza não ia conseguir dormir, sou cheia dessas.

Oneshots (EXO12)Where stories live. Discover now