Don't Wanna Fight [TAO]

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Don't Wanna Fight (Alabama Shakes) – Tao

— Será que você poderia calar a boca? — Pedi e logo ouvi minha assistente resmungando meu nome em repreensão. Suspirei.

— Perdão? — Ele perguntou num tom indignado.

— Se for para gastar tempo e palavras com algo tão inútil, eu sugiro que permaneça calado ou então que se retire — falei e automaticamente senti o clima pesar na sala. Mas as pessoas deveriam saber a hora certa de fazer comentários. — Enfim... Estou me esquecendo de alguma coisa?

— A questão das novas portas recém-instaladas... — Minha assistente cochichou para mim.

— Ah, sim! Obrigada, Carol. Vocês gostaram das portas novas? Algum problema com elas ou com as trancas? — Perguntei sorrindo.

Em cinco segundos o céu se abriu na sala de reuniões. Todos começaram a elogiar as pequenas mudanças no escritório, como se não tivessem ficado sem graça pelo episódio anterior. Todos menos ele, é claro, que ficou de cara fechada e bico calado.

— Então está ótimo. Por hoje é só, todos estão liberados — levantei, sorri e bati palmas para apressar a todos.

— Mas Srta. Heller, falta um pouco mais de meia hora para o fim do expediente — alguém comentou.

— Eu sei. E eu quero que durante essa semana todos saiam meia hora mais cedo. Vocês merecem, pelo ótimo trabalho que têm feito. — Saí da sala e Carol me seguiu, então eu sorri para ela também. — Especialmente você, Carol. Pode ir.

Ela tentou se segurar, mas saiu saltitando. Muitas vezes eu acabo suprimindo essa vibe de pônei saltitante dela, mas às vezes é bom observar. Continuei sorrindo enquanto observava todos indo embora, então voltei para minha sala, pois ainda tinha coisas a fazer, e não eram poucas. Não mesmo.

Ser Diretora de Operações (COO) de uma empresa grande não é brincadeira de criança, exige muita responsabilidade, tempo, paciência, sabedoria, estabilidade mental e saúde, mas ser COO e ter que fazer o trabalho de outra pessoa é ainda mais complicado, vai por mim. Ainda mais quando essa pessoa deveria ser um exemplo de conduta nesse lugar.

Eu lutei muito até chegar à posição de Diretora de Operações, dei meu sangue, suor e lágrimas por isso, mas praticamente nada me preparou para ter que fazer todo o trabalho de um CEO também. Era para eu ser o braço direito do Diretor Executivo, não seu corpo inteiro, mas não tive sorte.

Damon Armstrong é um babaca, preguiçoso e filho da puta PODRE DE RICO que vive fazendo qualquer coisa que não envolva trabalhar, fora que também vive comprando coisas para sua namorada trinta e dois anos mais nova que ele. Por conta disso, eu chego aqui às oito horas da manhã e saio às oito da noite, quando deveria sair às cinco e meia, no máximo seis.

Quando pensei que todos tinham ido embora, alguém bateu na porta e eu pedi que entrasse, dando de cara com o Sr. Huang, que ainda estava bravo porque eu lhe pedira que se calasse. Voltei a olhar para os monitores dos meus computadores e falei:

— Sente-se, por favor. O que o traz aqui, Sr. Huang? Achei que eu tivesse dito que todos estavam liberados.

— E disse. Mas eu estou aqui para esclarecer algumas dúvidas.

— Diga.

— Qual o seu problema comigo, Srta. Heller?

Parei de digitar e refleti por um momento, então olhei para ele, franzindo o cenho e perguntei:

Perdão? — Imitei sua fala durante a reunião e ele suspirou.

— Eu gostaria que você me explicasse o que é que tem contra mim. A senhorita SEMPRE corta algumas de minhas falas e ideias, vive pegando no meu pé, sempre chama minha atenção na frente dos outros e cobra as coisas logo depois de pedi-las! O que foi que eu fiz pra você me perseguir assim?!

Oneshots (EXO12)Where stories live. Discover now