Algumas semanas se passaram desde a morte de FP. Minha mãe ainda está no hospital, ela quebrou a perna e deslocou o braço, precisará de fisioterapia.
Eu vou visitar ela 3 vezes por semana, segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira. Final de semana não posso visita-la.
Jughead nunca mais falou comigo, desde o ocorrido, ele fica na casa do Archie e só apareceu pra pegar as roupas dele.
Fico sozinha em casa, minha mãe me ensinou a fazer coisas simples, como um purê-de-batata, macarrão com queijo, entre outras coisas do tipo. Eu pesquiso de vez em quando algumas coisas diferentes porém simples, e assim ando sobrevivendo há 3 semanas.
Lavo minhas roupas, não falto aula, tenho horários, mantenho a casa organizada.
É como se isso tivesse acontecido para testarem minha maturidade, como se fosse apenas um teste e tudo isso fosse mentira, como se a qualquer momento alguém fosse sair se algum armário qualquer e dizer: "te pegamos!".
Eu estava colocando as coisas na lava-louças quando ouço a porta ser aberta.- Sim? - grito. - Quem está aí? - fecho a lava-louças e vou verificar quem é, vejo o molho-de-chaves de Jughead acima da mesa. Suspiro aliviada. Subo para ver oque veio fazer aqui, ele estava procurando algo no quarto de FP e da minha mãe. - Oque está procurando? - indago. Ele não parece se assustar, apenas continua a procurar.
- A mala do meu pai. - diz ele. Encontra. - Aqui está. - ele passa as mãos na mala como se estivesse a limpando.
- Onde vai? - pergunto.
- Vou para o Texas, morar com a minha mãe. - responde. Fico surpresa, Jughead nunca havia mencionado sua mãe em momento algum, e eu, nunca ousei perguntar.
- Como? - penso alto.
- Ela comprou as passagens, e, eu vou. - retruca ele, se retirando do quarto, se recusando em olhar na minha cara.
- Até quando? - pergunto antes dele descer escada a baixo.
- Tempo indeterminado. - responde ele, saindo porta a fora, sabia que aquela vez poderia ser a última que eu o visse.
Quando ele sai, eu desabo, como pôde ser tão seco? Me deixou plantada, aqui, sem companhia materna ou paterna.
Pra minha surpresa, ele entra. - Vim pegar meus itens de higiene.- Quando você vai? - indago.
- Sexta-feira. - responde. Hoje era terça-feira.
- Ah... - são as únicas palavras que saem de meus lábios, que agora, se encontram secos. - Está se sentindo melhor? - pergunto, tentando criar um diálogo agradável.
- Talvez. Eu acho que sim... - ele diz enquanto pega suas toalhas.
- Quer conversar?
- Assim que eu me encontrar com a minha mãe, iremos conversar. - responde ele com um sorriso fraco.
- Ah... - mais uma vez sai de meus lábios. - Então isso é um... Adeus?
- É, deve ser. - responde ele parando na minha frente. - Betty, eu só quero que você saiba de uma coisa, eu não posso partir sem lhe dizer isso.
Eu nunca parei de te amar, não consigo, já tentei te odiar, mas que droga, você é um vício.
Esses últimos meses foram inesquecíveis, nunca amei ninguém a não ser você. Depois que nos conhecemos, minha vida ganhou cor, curiosamente, você foi a luz no fim do túnel.
Meu pai sempre me achou um inútil, e você, confiou no meu potencial, me apoiou. - ele continua. - Eu nunca vou te esquecer, mesmo que eu tente, você vai ser sempre a melhor coisa que me aconteceu.
Eu sei que algumas vezes eu fui um escroto, mas você sabe, né? Hora da raiva. Eu nunca vou me perdoar das coisas que eu já falei pra você, sempre vou lembrar disso quando me olhar no espelho. Sempre vou me sentir culpado, afinal, de fato eu sou.
Você merece alguém melhor que eu. Quando minha mãe me ligou, pensei em recusar, por você.
Mas eu não quero ser mais um peso nas suas costas, eu não quero te puxar para o inferno. Eu não te mereço, talvez eu seja o vagabunda que meu pai dizia...- Jughead... Você não é um vagabundo. Você foi a melhor coisa que me aconteceu, eu nunca vou amar ninguém como amei você. Eu confiei em você, você foi a pessoa mais especial da minha vida. Eu digo isso desde já, pois sei que ninguém irá supera-lô.
Talvez nós fomos feitos, sei lá, pra ficarmos juntos?
A vida é muito longa, teremos outras oportunidades, espero te encontrar nessas rotas.
Não sei como vivi tanto tempo sem te conhecer, você me ensinou o amor verdadeiro e sincero.
E eu acredito quê, a nossa história tenha acabado, tenha acabado de começar... - os olhos de Jughead logo ficam marejados.- Porra. Elizabeth! Eu te amo... - diz ele me abraçando urgentemente.
- Eu te amo, Forysthe. - retruco, o chamando pelo seu verdadeiro nome. Ele me dá um beijo demorado, é um beijo delicado e nada urgente. Cheio de paixão, luxúria, e, ternura. Nunca conhecerei alguém tão incrível que me faça tão feliz quanto Jughead. Disso eu tenho certeza.
Fim
brinks, a segunda parte saí em julho
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༄ ᴍʏ ᴅᴇᴀʀ sɪsᴛᴇʀ
RomanceOnde Elizabeth Cooper tem uma paixão proibida pelo seu meio-irmão, Jughead Jones. 𝑚𝑎𝑛𝑖𝑝 𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑝𝑎 𝑓𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑝𝑜𝑟: 𝑟𝑒𝑖𝑛ℎ𝑎𝑟𝑡𝑙𝑜𝑣𝑒𝑙𝑦