ALL For Me

4.CENTRAL PARK

Era a minha mãe.

- Mãe? - Falo ao telefone, um pouco insegura.

- Olá, Arya. Poderia passar o telefone para a sua tia? - Ela perguntou, e logo veio uma vontade imensa de chorar. Ela nem queria falar comigo.

- Claro. - Falo, contendo o choro.

Não posso chorar na frente deles. Passo o telefone para tia Marlete, e logo vou correndo para o meu quarto. Eu achei que ela iria se desculpar, mas nem perguntou como eu estava se sentindo. Eu preciso da minha mãe, será que ela não percebe isso?
Estou chorando muito, e perdida em meus pensamentos, quando escuto algumas batidas leves na porta.

Olho para a porta, e vejo Harry parado com as mãos no bolso. Logo viro o rosto, limpando minhas lágrimas. Olho para ele sorrindo.

- Pode entrar, Harry.

- Você está chorando? Por que saiu daquele jeito da sala? - Harry perguntou. Achei que ninguém tivesse percebido.

- Não estou chorando. - Logo falo, sorrindo para ele.

- Eu vi você chorando, Arya. - Ele falou sério.

Continuo calada, eu realmente não queria falar sobre isso.

- Você não precisa falar, se não quiser. - Ele fala, mas não respondo. - Quer fazer alguma coisa?

- O quê? - Pergunto trêmula.

- Jogar vídeo game, talvez? - Ele pergunta sorrindo.

- Não sei jogar vídeo game. - Eu realmente não sabia jogar aquilo.

- Vem, eu te ensino.

Harry pega em minha mão, e sai me arrastando, literalmente. Chegamos em seu quarto. Sentei no chão e apoiei as costas em sua cama. Ele liga a TV, e conecta alguns cabos ali.

- Pronto, vamos começar? - Ele pergunta, e eu afirmo balançando a cabeça.

Jogamos um bocado. Harry sempre vencia e tirava sarro da minha cara.

- VENCI! - Eu grito animada, depois de muito ter tentado.

- Você só venceu por que eu deixei, fiquei com dó de você. - Ele falou, todo convencido.

Fiz cara feia para ele. Continuamos jogando.

- Quer assistir um filme agora? - Harry pergunta, assim que paramos de jogar.

- Vamos deixar para amanhã? Estou com muito sono.

- Está bem. Amanhã.

- Boa noite, Harry. - Falo sorrindo para ele.

- Boa noite, Arya. - Ele responde, também sorrindo.

Volto para o meu quarto, coloco um pijama de oncinha e me jogo na cama, apago a luminária, e fecho os olhos lentamente.

★★★

Acordo com alguém sacudindo meu corpo para um lado e para outro. Abro os olhos lentamente. É tia Marlete.

- Só mais cinco minutos, tia. - Falo sonolenta.

- Nada disso! Você vai conhecer a cidade, e Harry vai lhe guiar.

- Pode ser mais tarde?

- Claro que não! Já são quase dez horas. Vamos, levante dessa cama. - Ela retira a minha coberta.

- Tá bom! - Digo me levantando.

- Bom dia, querida! - Tia Marlete me abraçou.

- Bom dia, tia. - Retribuo o abraço.