Superman

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—Não! –Murmurou.

Rezava para que algum dos heróis chegasse ali logo ou preferiria morrer, a ser possuída por aquele monstro asqueroso. Sentiu como sua bile subia queimando e arranhando sua garganta. Sorriu internamente e decidiu por pra fora o líquido esverdeado, este foi jorrado no homem. Ele fez apenas uma careta diabólica, entendia muito bem o que se passava na mente daquela mulher astuta e corajosa, não esperou, fez um gesto brusco obrigando-a a abrir as pernas e penetrou no corpo feminino. Lane gritou com a dor, sentia como se sua carne estivesse sendo rasgada com cada investida daquele ser. Seus pensamentos estavam somente em Clark. Ele era a sua única esperança e o que lhe dava forças para aguentar aquela tortura.

—Vejo que não consigo lhe converter, vou ter que matá-la. –Diz saindo de dentro dela e se vestindo.

Seu olhar obscuro e frio estava compenetrado naquele rosto que era belo, porém de uma reles humana.Ela tirou forças de onde não tinha e deferiu-lhe algumas tapas (inúteis), mas de repente sentiu uma rajada de vento e o sujeito estava apartado do seu corpo.

—Clark?! –Titubeou e o homem ficou chocado ao ver sua amada.

Sua maquiagem estava borrada, as bochechas estavam manchadas pelo lápis preto que antes delineava bem os seus olhos amendoados, e pelas lágrimas derramadas. Seu nariz estava vermelho pelo golpe que havia levado, seu sangue coagulado manchou até a parte inferior do queixo.

—Lois! –Exclamou saindo do choque em que se encontrava e a abraçou.

Ela queria gritar, mas apenas chorou. Um choro silencioso. Seu rosto estava agora apoiado no ombro largo do kryptoniano. Ele a sentiu. Ela estava tremendo e totalmente desprotegida. Desnuda e muito abalada, não era uma visão típica de Lois Lane. Ficaram abraçados por alguns minutos até Kara surgir por trás deles e o seu primo tomar uma decisão...

—A Kara vai levar você para casa. –Informou fixando seus olhos nos dela, que estranhou aquele novo tom das íris do garotão... Parecia haver escurecido mais, estavam com tom pesado e desconhecido.

—Não, eu não vou sem você, Clark! –Advertiu preocupada. A sobrinha de Jor-El se aproximou.

—Vá com a Lois, Kal-El, eu cuido da escuridão. –Sugeriu.

Kara podia ver a ira nos olhos de Clark Kent. Lane lançou um olhar suplicante que ele não notou, estava perdido na visão de Desaad que acaba de se reerguer.

—Tire a Lois daqui, vai! –Ordenou.

—Tudo bem, mas não caia no jogo deles, não se deixe persuadir pela escuridão, você é mais forte que isso, Kal-El.–Avisou antes de sumir dali com a amiga.

—Nunca mais vai ferir quem amo! –Bradou e viu um sorriso de deboche do servo de Darkseid.

—Escolheu bem a sua fêmea, Kal-El. Ela é deliciosa, passiva e muito feroz, mas satisfaz. –Comentou bazofiado. Viu a ira tomar posse do rapaz e dai para ele ser uma presa fácil era uma questão apenas de tempo.

Clark não conseguia suportar aquele soldado negro soltando impropérios e avançou para cima dele. Os dois fizeram do velho sótão um ringue e pouco a pouco foram destruindo. Pilares derrubados, paredes com grandes buracos depois de ser alvo equivocado deles. Nenhum dos dois cedia... E a cada minuto a alma do jovem Kent se perdia sem que ele percebesse.

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E como prometido Kara levou Lois para casa, sua nova casa como Senhora K. Ela estava com olhar vazio e imersa em seus pensamentos. A jovem kryptoniana não conseguiu decifrar, mas dada as circunstancias que a encontraram podia imaginar o que se passava na cabeça da jovem Senhora Kent. Sentiu como Lane pedia um desejo em silêncio, queria que Clark estivesse ali.

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