O Amor Não Tem Final

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A porta do elevador se abriu e o sangue de Clark Kent ferveu quando seus olhos capturaram a silhueta de Lois Lane encima daquela figura masculina que estava prostrada na poltrona do apartamento. Ver como ela o beijava, de forma sensual e apaixonada aniquilava sua mente. Impetuoso e sem perceber ele deixou a almofada em frangalhos.

—Garotão?! –Tartamudeia ruborizada e ambígua ao vê-lo parado observando-os.

—Clark, o que faz aqui? –Indaga Queen tentando ser o mais afável possível embora tivesse a vontade de trucidá-lo por interrompê-los.

—Pera aí, essa é a coisa que você deixou só o trapo... é... é a minha almofada do Whitesnake? –Pergunta com zanga.

—Desculpa?! –Balbucia agora com uma culpabilidade sem tamanho.

—Vocêé um banana, Smallville. Como pode fazer isso com algo que tenho há anos? –Indaga inconformada.

—Não queria destruir sua relíquia, Lois. Talvez você tenha destruído muito mais que isso e nem se dê conta porque está ocupada demais explorando o couro verde! –Diz contendo sua ira.

Lois pega no ato aquela indireta de Clark, ainda tem fragmentos de memória do dia em que estavam “kryptonizados”. Agora cada palavra sobre o Arqueiro Verde e Oliver Queen se encaixavam perfeitamente em sua mente. Respirou fundo, fechou os olhos e os abriu novamente tentando buscar uma desculpa para espantar tal realidade. Sentindo que havia posto “os pés pelas mãos”, ele pensou em contornar a situação, porém, antes que pudesse dizer qualquer coisa à jovem lhe lançou um olhar atravessado cheio de ressentimento e tornou a olhar para Queen que estava estático ao seu lado.

—Sei que o “Couro Verde” não me contou sobre tal fetiche para me proteger. –Explanou sentindo um nó na garganta e despojando de cada palavra a sua desilusão, servindo-se de coragem e raça para não deixar cair sequer uma lágrima. Era uma Lane afinal de contas.

—Lois, e-e-u... –Tartamudeou Kent envergonhado e fora interrompido.

—Não acha que já contribuiu demais para acabar com esta noite, Clark? –Vociferou mal humorado. Estava indignado com aquela atitude do superboy e segurava-se para não romper-lhe a cara.

—Eu vou embora. –Diz e seus olhos ardem de tamanha vontade de torrar aquele loiro aguado, mas seus valores o impede.

Clark dá voltas e mais voltas ao mundo, numa tentativa frustrada de se cansar. Às vezes queria ser totalmente humano, quizá assim nessas situações, o cansaço e algum remédio lhe fizesse cair no sono. Havia regressado à fazenda...

—Clark, o que houve? –Pergunta tocando-lhe o ombro masculino e vendo consternação em seu rosto.

—Eu passei tanto tempo procurando e hoje que a encontrei,

Sei que não há ninguém mais.

Foram tantos anos sozinho,

Por vezes, pensando em outrem que não me amava,

E ela chegou enchendo-me a alma, a minha vida.

Por mais que eu queira que ela fique aqui,

Que ela se deixe amar,

Talvez eu precise deixá-la ir.

Eu sinto que por mais que houvesse um oceano inteiro a nos separar;

Isso nunca seria impedimento para eu chegar até ela.

—Se estiverem destinados a estar juntos, nada e nem ninguém os impedirá, querido. O amor não conhece o final, Clark! –Diz a mulher ruiva lhe dando um pouco de esperança.

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—Uma pessoa não é aquilo que ela mostrou ser no ultimo encontro, mas sim o que ela foi durante todo o relacionamento, Ollie. –Diz Lane encarando-o depois de uma longa conversa sobre o G.A

—Sei que não fui o melhor namorado para você, Lois, mas eu gostaria que recomeçássemos, porque eu te amo. –Confessa acariciando a bochecha da jovem que o encara com seus olhos esverdeados penetrantes.

—E se não der certo? Como fica nossa amizade? –Indaga confusa. Apesar de tudo que acontecera, não queria jamais deixá-lo ir da sua vida.

—Eu quero isso há tanto tempo que vale a pena arriscar. –Contesta determinado.

—Rsrs. Você mudou a minha vida e vai mudar a de muita gente. É incrível como às vezes, a pessoa certa pode estar na sua frente e você nem se toca... –Diz com um olhar de incógnita, sua mão explorava cautelosamente cada traço do rosto do Arqueiro. Ele tinha uma feição serena que divergia da de Lane.

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