Capítulo 18

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O capítulo era para ser maior, escrevi tudo bem explicado e BAM! Esqueci de salvar direto kkk perdi metade do capítulo. Se estiver ruim vcs sabem o porque.

Escrevi o início com pressa. Espero que gostem.

SEM REVISÃO

- Você precisa acordar, seu corpo está curado. Agora só depende de você.

A voz melodiosa e calma ressoava pela minha cabeça. Essa voz me dizia sempre a mesma coisa, e o cheiro de incenso era o mesmo.

Eu queria acordar, saber onde estou. A escuridão agora era um bom lugar para se estar.

Então eu deixei a dormência levar-me de novo.

Tento mexer meus dedos e ouço passos se aproximando.

- Está acordando? Se consegue me entender mexa os dedos.

Movo meus dedos. Porque não consigo abrir meus olhos?  Sinto que minhas pálpebras estão pesadas.

- Ótimo. Não vai demorar muito para acordar.

- Faz muito tempo que não converso com alguém.

Aos poucos vou conseguindo abrir os olhos. O som dos pássaros cantando e as árvores balançando.

- Porquê?

Só então eu olho para o lado. Os olhos puxados, cabelo longo e negro, roupas pesadas, uma bela mulher.

- Não tenho com quem conversar. Você é a primeira pessoa que vejo em anos. - diz respondendo minha pergunta.

- Quem é você?

- Hasina Makuir. - diz. Tento sentar e não sinto a dor do ferimento. Olho para a vestimenta que estou usando e levanto a blusa. A ferida está costurada e com um aparência bem melhor.

- Pensei que você fosse morrer, teve febre alta por cinco dias e foi difícil reverter a infecção.

Olho ao meu redor. Estou sentada em o que parece ser uma maca feita de bambu revestida com um estofado, o objeto está em baixo de uma árvore.

- Tratamento à luz do dia. - ela diz. - Não levante, você precisa de alimento e água.

Só então sinto minha boca seca e a vontade de comer. Estranho. Hasina entra na pequena casa e me vejo sozinha aqui. Será que devo fugir? Ela parece não representar perigo, talvez ela trabalhe para Carlos. Droga! Quero levantar mas me sinto tonta.

Ela logo volta com duas tigelas, uma com água e outra com sopa. Fico olhando para os dois. E se estiver envenenado?

- Não está envenenado. - ela fala como se lê-se meus pensamentos. - Você já estaria morta se eu quisesse.

Ela me entrega a tigela de sopa.

- Beba.

Aos poucos consigo ingerir todo o conteúdo da tigela, estava bem gostoso.

- Na água tem um contraceptivo natural. - avisa. Olho assustada para ela. Como ela...

- Sei quais são os sinais de um estrupo, já sofri disso. Não é nada pelo qual se envergonhar, isso só acaba quando matamos esses monstros.

Pego a tigela e tomo a água. Hasina tira a tigela da minha mão e pega pega a outra, volta para dentro da casinha e depois volta com uma espada. Céus... era ela?

- Era você? - pergunto.

- Era.

Ela senta no chão ao meu lado e começa a lustrar a espada. Nunca tinha visto uma de perto, e essa é linda. Nos olhos de Hasina eu vejo a dor e ódio enquanto passa o pano pelo metal. Essa mulher é tão quebrada como eu.

- Você pode me dizer como eu saio dessa floresta? - pergunto. Depois de alguns segundos ela me olha.

- Em breve direi.

- Mas preciso saber agora! Não posso mais ficar aqui.

Hasina sorri e balança a cabeça. Levanta e ergue a espada, cada pelinho do meu corpo eriça.

- Você é uma mulher forte, passou por tanta coisa e agora está disposta a sair sozinha por essa floresta. - ela me estende a mão e seguro firme na dela. - Ele tem razão.

- Ele quem?

- Stella?

Por um segundo penso que estou dormindo de novo. Não é possível!

Hasina aperta minha mão e me ajuda a levantar. Olho para trás e meu coração falha uma batida.

- Não...

Meu Deus! Que não seja algo da minha imaginação. Meus olhos ficam úmidos enquanto caminho na direção dele. Ele vem ao meu encontro a tempo de me segurar em seus braços.

Seguro seu rosto precisando saber que isso é real.

- Você não está morto...

- Nunca estive. - Alek diz.

Sorrio e choro ao mesmo tempo.

- Eu pensei...

- Shii, não fala nada. Só me abraça. - ele fala e me aperto contra seu corpo. Minhas mãos passeiam por todo seu corpo, temendo que a qualquer momento isso seja somente um sonho.

Depois de alguns minutos Alek passa a mão pelo meu rosto, aconchego minha bochecha na palma de sua mão e respiro aliviada.

- Como sobreviveu? - pergunto.

- Hasina me ajudou.

- Acredite ou não, mas eu estava passando por ali para procurar algumas ervas quando escutei os tiros. - Hasina diz. - Pensei em passar por por outro caminho, então vi uma loira correndo e pela janela eu vi Alek.

- Peço desculpas pelo tiro. - Alek diz com sorriso no rosto.

- Isso ainda vai ter volta. - agora ela olha para mim. - Depois que a dor do tiro aliviou, Alek e eu conseguimos eliminar alguns e fugimos.

- Mas ele disseram que mataram você!

- Mentiram para você. - ele diz. - Hasina foi a única de nós dois que se machucou.

- Isso tudo é tão confuso...

- Vamos para dentro. - ela fala. - Já vai anoitecer e lá dentro e mais seguro.

Deixamos Hasina entrar primeiro.

- Pensei que nunca mais fosse te ver. - ele fala. - Quando Hasina e eu descobrimos onde você estava foi uma alívio imenso, demorei demais e aquele monstro...

Agora é minha vez de pedir para ele parar. Lembrar disso agora não é uma boa opção. Agora só quero que seja eu e ele. Beijo-o lentamente, um toque suave que mostra muita coisa.

- Não sei se algum dia eu vou me recuperar disso, mas agora só quero que você me abrace.

- Farei isso até o meu último suspiro.

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