Chapter 6

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Nova York , 2003

"A humanidade precisa aprender a deixar de ver o mundo sob a ótica de seu inalcançável pedestal de cristal..."

Aos 8 anos de idade, tudo o que a pequena Lindsey mais desejava no final do seu período letivo era passar as férias de verão , ajudando seu avô materno Will. Will assim como seu pai e antes dele o avô seguiu o ofício na luteria. Um luthier, termo de origem francês é um profissional especializado na construção, manutenção e vendas de instrumentos musicais.

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O ótimo ouvido da garotinha a permitia ser a ajudante ideal para avô quando ele precisava afinar qualquer instrumento. Não fora uma surpresa para o senhor de cavanhaque cheio, quando lise começou a reproduzir com facilidade a melodia de Rochet Man no Piano.

As canções de Elton John, embalavam as tardes dos dois na loja. Will soube naquele dia que sua Lindsey estava destinada a música e a música estava destinada a ela.

Já Bia a mãe da menina via o dom da filha como uma brincadeira de criança sem muita importância. Em sua cabeça estranhamente conservadora em relação a criação dada pelos pais, a filha merecia bem mais do que a dependência a algo tão incerto , frustante e delirante quanto estar em um palco atrás de alguns míseros dólares.

Bia a moldava para seguir padrões, Will a ensinava sobre ser livre. A implicância da mãe a afastou da loja.

--- Eu não entendo vovô. Disse Lindsey cabisbaixa com os olhinhos lacrimejantes sentada ao lado de Wil no balanço de madeira construído por ele no jardim da casa dos avós. Porque mamãe é tão má comigo? Eu fiz algo de errado?

---- Não, querida. Sua mamãe não é má, ela tem apenas medo de vê-la sofrer e o medo nos faz tomar decisões estúpidas, às vezes. Não chore, meu amor. Eu vou lhe contar um segredo. Quer ouvir? Will na altura da menina limpou suas lágrimas com as pontas dos dedos.

---- Sim, vovô. Por favor. Lindsey tinha os avós como os seus amigos mais íntimos. Os irmãos já eram mais apegados ao jeito sisudo dos pais e ela a aurea aventuresca e transgressora de Will e sua esposa.

---- Quando tinha mais ou menos a sua idade eu me encantei pelo exército. Colecionava soldadinhos e até fiz um corte de cabelo igual ao adotado por os soldados da época.

---- Por muito tempo viver o sonho de papai me bastava, quando a guerra veio o meu falou mais alto. Seu Bisavô ficou uma fera e nós brigamos . Sua avó, só voltou a falar comigo no dia do meu embarque e nem ao menos me deu um beijo de despedida.

--- Ambos com medo. E eu ressentido pela reação deles. Eu me sentia tão sozinho.

---- Na 107 conheci o Sargento Jean Roth. Roth era um pouco mais velho do que a maioria dos garotos americanos do nosso batalhão. Era quem os superiores usavam para lidar com a meninada que mal sabia pegar no cano de uma arma e se tornou um bom amigo para mim.

---- Jean, igual ao meu irmãozinho?

---- Oh, sim. Seus pais foram gentis com esse velho aqui ao me conceder esse pedido. Sorriu sereno.

---- Em outubro de 39 o nosso pelotão foi chamado para uma operação de resgate em Colônia, perto da fronteira da Alemanha com a Bélgica. --- Eu acabei me distanciando dos outros para ajudar um grupo de crianças e fui atingido pelos estilhaços de uma Mina- S. Relatou com a voz já embargada sendo imediatamente acalentado pela neta que beijo a ponta do seu nariz.

--- Eu não sei por quanto tempo apaguei, mas recordo de acordar com a vista embaçada e do rugido de um grande urso cinza a minha frente. Naquele momento eu entendi o mecanismo do medo lise.

Fire Meet Gasoline ( Romance Lésbico)  Onde histórias criam vida. Descubra agora