Capítulo 15

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Dormir em minha cama de solteiro junto com Joe Jonas era a realização de um sonho adolescente. Mas infelizmente não durou muito. Uma mensagem de Matt fez meu celular vibrar abaixo de meu corpo e eu despertar do sono extremamente confortável mesmo com a ausência de espaço. Joe resmungou alto e se virou de costas, se espremendo contra o meu corpo como quem pede abraço, o que me fez sorrir sem perceber.

A mensagem de Matt pedia para eu encontrá-lo no café que costumávamos ir, nas condições atuais, eu não poderia negar, então, depois de responder, abraçar o Joe e dar um último cheiro em sua nuca, eu levantei tentando não acordá-lo. Teria que sair de casa mais cedo que o normal para não me atrasar para o trabalho.

Tomei banho, me arrumei e, assim como Joe tinha feito antes, deixei junto a suas coisas um bilhete:

"Precisei sair mais cedo e não tive coragem de te acordar. Espero dividir minha cama contigo mais vezes, ela fica melhor com você. Boa viagem. Beijos da Angie."

-O que você tá fazendo? -Cloe perguntou enquanto eu me aproximava da porta do apartamento lentamente para evitar barulho.

-Que susto! -Falei baixo, me virando para ela, que estava na cozinha. -Fala baixo que Joe está dormindo ainda. -Falei me aproximando.

-Você vai deixar ele aqui? -Perguntou, como se eu falasse um absurdo.

-Eu vou ter que encontrar o Matt... -Comecei a explicar.

-Eu não sei se sou forte o suficiente para aguentar Joe Jonas sozinho na mesma casa que eu. -Ela sussurrou também, me fazendo rir.

-Pelo amor de Deus. Só não abuse sexualmente dele, por favor... -Comentei voltando para a porta. -E, por favor, não fale que fui encontrar o Matt... -Sussurrei, voltando para a porta, fazendo-a erguer a sobrancelha para mim.

-Joe tá com ciúmes? -Ela questionou, sem conseguir conter o sorriso de satisfação, que me fez rir e concordar, balançando a cabeça desaprovando sua animação.

Saí de casa e fui a caminho do café, que não era longe. Matt estava lá, de óculos escuros e boné, balançando seu copo de café de cabeça baixa. Se eu não o conhecesse há tanto tempo, não o reconheceria e aquilo era de partir o coração.

-Oi! -Toquei seu ombro quando cheguei, tentando lhe mostrar um sorriso quando ele levantou, me abraçando.

-Obrigada por vir. -Ele falou baixo, se esforçando para dar um leve sorriso.

-Eu estava precisando mesmo de um café. -Falei, me sentando na cadeira em frente.

-Eu sei que daqui a pouco você tem que ir pro trabalho, eu posso te dar uma carona. -Falou, fazendo sinal para o garçom se aproximar. -Eu só não quero ficar muito sozinho, preciso distrair mais a minha cabeça antes que eu enlouqueça. -Ele tirou o boné, passando a mão pelo cabelo claro.

-Eu entendo. Para isso que servem os amigos. -Sorri, acariciando seu antebraço como se esse gesto pudesse fortalecê-lo.

-Nunca imaginei que teria a sorte de me reaproximar de você um dia... -Ele riu de leve, sem achar graça. -Nos últimos dias, você tem sido um anjo da guarda, acredite. -Ele comentou, mas antes que eu pudesse responder ele olhou pra algo que estava atrás de mim, se aproximando, o que faz ele franzir o cenho.

-Hey! -Joe falou parando ao nosso lado antes que eu pudesse vê-lo se aproximando, ele tirou os óculos escuros e me olhou com um sorriso que não parecia muito verdadeiro.

-Ah, oi, Joe! -Sorri, tentando não esboçar uma surpresa negativa.

-Esse... é um daqueles caras que... -Matt começou a falar mas eu o interrompi antes que ele falasse algo desnecessário.

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