CONSEQUÊNCIAS(COMPLETO)

Capítulo 08

Nunca pensei, que ver Kylie jogada na cama do hospital me deixaria tão transtornada, ela está muito pálida, como se estivesse morta. Me sinto muito culpada por ela estar aqui, é um turbilhão de coisas que estava passando em minha mente, havia um monte de máquinas ligadas nela, estava tão inerte e indefesa.

— O... Que aconteceu Tom? — Perguntei num fio de voz. Tom estava do lado de Kylie, segurando sua mão.

— Depois do que aconteceu entre vocês as duas, ela ficou abalada demais — Explicou Tom desolado. — Não parava de chorar, tentei acalma-la de todas as maneiras, mas sem sucesso. Decidi voltar com ela para casa, mas ela desmaiou antes de entrarmos no carro.

A culpa me consumiu ainda mais, comecei a chorar desesperada, é tudo culpa minha.

— É tudo culpa minha! — Coloquei as mãos no rosto. — Eu provoquei isso — Tom não falou nada, continuou lá segundo a mão de Kylie.

Instantes depois, um doutor entrou no quarto, chamando nossa atenção.

— O que minha filha tem? Porque tem esse tanto de máquinas ligada nela? Ela é só uma criança! — Falou Tom para o doutor.

— Foi necessário Sr. Hiddleston.

— É grave? Pode me falar eu aguento — Não, ele não aguenta

— Vamos até minha sala.

— Eu tomo conta dela — Falou Brie assim que saímos do quarto.

Fomos até a sala do doutor e nos sentamos de frente a ele, que analisava alguns papeis em suas mãos.

— Vai falar? — Tom perguntou sem paciência.

— Deixa o doutor fazer o seu trabalho — Entrelacei nossas mãos.

— Bem senhores Hiddleston, vossa filha chegou no hospital desmaiada e sangrando o nariz, ai nós fizemos alguns exames e o que descobrimos foi algo que nos assustou — Ele nem terminou de falar e eu já sabia que era algo muito grave. — Então decidimos fazer outros exames, em outra clínica para ver se não estamos nos precipitando com os diagnósticos.

— E Então? Ainda não falou que merda minha filha tem — Tom levantou da cadeira e começou a andar de um lado para o outro. — Ela tem 15 anos, não pode ter nada grave...

— Senhor Hiddleston se acalme — Pediu o doutor. — É um momento delicado, mas precisamos manter a calma.

Ele está nervoso, eu também estou, apesar de tudo o que aconteceu entre nós ela nasceu de mim, talvez seja a sensibilidade desse momento que está me deixando mal desse jeito, mas de qualquer forma eu sou mãe dela e me doi vê-la jogada naquela cama, preferia ter ela aqui me irritando do que atirada naquela cama de hospital, parecendo uma morta.

— O que fez ela desmaiar doutor? — Foi a minha vez de perguntar. Estava começando a suar de nervoso. — É grave?

— A vossa filha tem leucemia — Falou por fim e eu congelei na hora, Tom parou de andar e concentrou o doutor. — Não sabemos ainda a gravidade da doença, mas podemos afirmar que ela tem leucemia.

Isso só pode ser um castigo de Deus por todos os anos que não fui uma "mãe" para Kylie. Isso não pode estar acontecendo de verdade, Kylie é apenas uma criança, já sofreu muito com a minha ausência mesmo estando presente, e agora mais isso?

— Está louco?! — Tom alterou a voz,  como se o médico tivesse dito uma barbaridade enorme. — Como ousa dizer que minha filha de apenas 15 anos tem leucemia? Logo leucemia?