TOM
As coisas estavam começando a ficar muito confusas. De um lado, dois loucos que aparecem do nada e dizem um monte de coisas, que são completamente descabidas. Do outro está o meu sogro, depois do meu pai, ele é a pessoa que mais respeito e admiro. Mas tem muitas coisas que precisam ser esclarecidas.
Nunca nos questionamos sobre essa história toda, tudo o que Kevin contou nunca foi contrário daquilo que acreditamos. Ele é uma pessoa incrível, mas essa história toda está muito mal contada.
Do nada esses dois vêm contar uma história dessas? Lembrando que eles não são as únicas pessoas que duvidam da humildade de Kevin.
- Você acredita no que ele disse? - Perguntou Lizzie do meu lado. Estávamos no meu carro, voltando para casa. - Acha que meu pai fez tudo isso?
Demorei um pouco para responder. Ela está muito abalada com tudo isso e se essa história toda se confirmar, Elizabeth vai sofrer muito.
- Acho que não - Ela olhou para mim e franziu a testa. - Quer dizer, é claro que não. Kevin é uma pessoa do bem e a única coisa que faz, é cuidar da sua segurança.
Nem eu mesmo tinha a certeza do que estava dizendo, meu sentido está alerta, algo me diz que as coisas não são do jeito que parecem ser, mas do fundo do meu coração espero que ele esteja errado.
- Você também está com dúvidas... Mas eu não, acho que não. Ou pelo menos sei que conheço meu pai o suficiente para saber que ele é uma pessoa do bem. Com certeza, pessoa que Aaron estava se referindo não é o meu pai, não é o homem que me criou e me amou acima de qualquer coisa.
Ela ia começar a chorar a qualquer momento. Toquei sua mão em cima da sua perna, mas ela as afastou como imaginei que ia fazer.
Suspirei inconformado e me concentrei na estrada.
- Não pensa que essa situação em que nos encontramos me deixa feliz, mas você decidiu assim quando se enroscou com outra.
Decidi não responder, ela está com raiva de mim, mas eu não vou ficar falando o tempo todo que não tenho nada com a Karen. Essa insegurança dela me cansa muito.
É claro que ela tem o direito de se chatear pelo que viu, mas custa me dar um voto de confiança? O ciúme exagerado dela me sufoca as vezes e para piorar fica com raiva de mim.
Elizabeth não é uma pessoa muito fácil de lidar.
Chegamos em casa e ela foi de imediato para o banheiro. Fui para o quarto e comecei a separar algumas roupas, acho que vou para o meu apartamento. Ela me expulsou de casa e eu não quero mais ser chutado, não é desistir fácil, é me afastar e deixar que as coisas se acalmem, até pelo menos ela parar de sentir raiva de mim.
Ela corre perigo e nem se importa com isso, preciso protege-la, mas como eu faço isso sendo que ela está me chutando para longe dela?
Procurei uma mochila e coloquei tudo o que achei necessário, ia saindo do quarto quando ela saiu do banheiro. Seu rosto parecia cansado, também, com tudo o que aconteceu não tem como ficar bem.
- Aonde você vai?
- Para o meu apartamento.
- Humm - Murmurou como se tivesse lembrado de algo. - Ok então.
Aff!
- Tem a certeza que... Quer que eu vá embora? - Perguntei na esperança de que ela repense sobre isso. - Você não parece bem e eu não quero deixar você sozinha, não depois de tudo o que aconteceu.
- Eu estou bem -- Passou por mim e foi em direção ao closet.
- Não, você não está - Pousei a mochila na poltrona e andei até ela. - Só vou perguntar mais uma vez, tem a certeza que quer que eu vá embora?
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CONSEQUÊNCIAS(COMPLETO)
Любовные романыFoi preciso apenas algumas palavras, para que a vida de Elizabeth mudasse da água para o vinho. Sabera ela lidar com consequências de escolhas que nem sequer foram dela? Acompanhe!