CAPÍTULO 7

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MADALENA CEREJA

Passaram-se dez minutos desde que Enrico tinha carregado Jonas para o quarto. Tinha voltado para a cozinha e tinha começado a fazer o bolo quando escutei o barulho de um telefone que eu sabia já ser o meu tocando.

Andei até o quarto me sentei na cama ao ver que quem me ligava era dona Luísa.

— Oi dona Luísa.

— Madalena, está tudo bem aí meu anjo?

— Está sim.

— Mesmo? Enrico e você estão... bem?

— Acho que sim. — Ri. — Um amigo dele está aqui... Jonas.

— Ah, Jonas, ele é um ótimo menino. Enrico e ele são amigos desde o colégio.

— Sim eles estão enfiados no quarto.

— Fofocando. Aqueles dois parecem velhas fofoqueiras, você precisa só ver quando junta a peste loira junto.

— Peste loira?

— Sim, Douglas é outro amigo deles, quando juntam os três ficam tricotando feito velhas fofoqueiras de esquina. — Ela gargalhou do outro lado. — Mas então filha, eu estou te ligando para saber como está indo... Enrico não te maltratou mais, né?

— Não na verdade parece que estamos nos entendendo aos poucos.

— Jura mesmo? — Quase gritou. — Que maravilha, eu sabia que era você menina!

— Eu?

— É! Escute Madalena, estou ligando para te pedir um favor.

— Pode pedir, dona Luísa.

— Como te disse passei o último mês cuidando de Enrico e quase não parei em casa. Luiggi e eu sempre fomos muito ligados... Ele sugeriu uns dias fora, então vamos fazer uma pequena viagem de férias, vão ser quinze dias incialmente, e com você aí me sinto segura em saber que o doido do meu filho está bem cuidado. Então saio agora a noite, não vou nem conseguir ir até aí, mas continuaremos nos falando por telefone, ok? Tudo bem, né?

— Tudo bem, dona Luísa.

— Vamos marcar um jantar quando eu voltar, assim você conhece Luiggi, porque só pelo que eu já disse, ele já te adora.

— Será um prazer.

— Então vamos nos falando, meu anjo. Cuide bem de Enrico, hein? Beijo minha querida.

— Cuido sim, até a volta dona Luísa.

Depois de nos despedirmos voltei para a cozinha e me surpreendi a encontrar Enrico sozinho sentado no sofá da sala com cara de quem comeu e não gostou.

— Oi? — Chamei e ele mirou em mim, percebi seus olhos irritados e engoli seco. — Seu amigo já foi?

— Já.

— Estava no telefone com sala mãe, ela disse que vai fazer uma viagem com seu pai por uns dias.

— É, acabei de ver que ela me enviou uma mensagem.

— Hum. — Remexo as mãos inquieta sobre seu olhar e decido voltar para a bancada para terminar o bolo. — Ela sugeriu fazer um jantar quando voltar para que seu pai me conheça. — Comunico.

CIDADE CINZA {DEGUSTAÇÃO} DISPONÍVEL AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora