Capítulo 1 - Eu quero você

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Edit 15/09/2023: Oie! Capinha e banners pela Anesthesie do Wonderful Designs! 

XOXOXOXO

Samira

Quando acordei, encontrei-me em meio à escuridão. Sentia-me acabada, morta de sono, e, por tal, tinha certeza que não dormira o bastante. Aquela deveria ter sido uma noite bastante agitada para me sentir tão grogue. No entanto, não lembrava nem meu nome de tão morta que me sentia. Pensar parecia uma tarefa árdua demais. Por isso, deixei-me relaxar e novamente adormeci.

Até acordar de novo.

E dormir de novo.

E acordar de novo.

Um ciclo vicioso e gostoso no qual me encontrava virando-me pela cama, me espreguiçando e cochilando, como em um dia de domingo no qual não tenho nada para fazer e posso ficar enrolando na cama por horas e horas.

Mas aquela não era minha cama, percebi. Eu estava em uma cama de casal, e a minha era de solteiro — maior do que a maioria, realmente, mas aquela era definitivamente uma cama de casal. Aquele foi o primeiro fator a começar a me despertar. Eu não estava no meu quarto. Então, onde estava?

Ergui a cabeça, abrindo meus olhos com dificuldade. E não adiantou nada, porque estava tão escuro quanto o próprio Breu, e eu tinha me esquecido disso em meio a tantos cochilos.

Ah... Certo.

Ontem foi sexta... Não, não, sábado. É, foi sábado. Então, hoje é domingo. Dia... Que dia é hoje? Tudo bem, agora não dá para culpar o sono como se eu não fizesse essa mesma pergunta todo dia na faculdade mesmo dormindo bem à noite.

Cadê meu celular?

Tateei em volta tentando encontrar qualquer coisa: um criado-mudo — onde o celular poderia se encontrar —, meu celular em si, o chão — onde o celular poderia estar também —, e fiquei muito aliviada ao finalmente sentir seu contorno em cima de um real criado-mudo. Pressionei minha digital no identificador e fiquei cega. Isso, exatamente. Fiquei completamente cega, porque a luz estava forte como a do próprio sol de meio dia no Brasil. Misericórdia, meu Deus, tenha piedade de mim, eu realmente gosto dos meus olhos. E de enxergar com eles.

Abri-os novamente, dessa vez encarando a tela com cautela ao diminuir a luminosidade desta.

É 17 de novembro, e tem um lembrete na tela me mostrando que hoje é o aniversário de Yugyeom.

Domingo.

Aniversário de Yugyeom.

Ontem foi sábado, a festa de comemoração.

E, em um clique, me lembro.

Meu Deus, o que foi que eu fiz?

Horas antes

— Faz um favor 'pra mim, Sasá? — sussurrou meu primo em meu ouvido.

Estávamos nós dois no banco de trás do carro. Ele atrás do passageiro, eu no meio, e nossos três amigos distribuídos nos lugares restantes. Todos imersos pela animação que antecedia a festa, conversando como os bons brasileiros que eram: aos gritos.

Guilherme, por outro lado, havia ficado quieto o caminho inteiro. Não era algo incomum, no entanto, tampouco que ele me pedisse auxílio.

Apenas assenti em resposta.

— Quando chegarmos lá os distraia. Rapidão, só o bastante para eu sair sem que percebam.

— Vai ver o boy? — perguntei meio brincando meio séria. Gui sorriu meigo e assentiu.

Scarlatti (BTS - Jungkook x O.C)Onde histórias criam vida. Descubra agora