Scarlatti (BTS - Jungkook x O.C)

Capítulo 21 - Traída

Oie! Como estão?

Hoje é aniversário da minha amiga Tay! Eu me esforcei para postar hoje pensando que é seu aniversário, Tay. Acordei pensando nisso e não falei com você querendo mandar aqui KKKKK. Te amo muito, muito, muito, e sou extremamente grata por sua existência e por sua presença na minha vida. Sempre estará no meu coração em um lugar especial, entre as pessoas que eu mais torço para que só cresçam na vida. Você merece tudo o que conquistou de bom e vai conquistar. Merece todo o carinho, todo o amor do mundo. Você é uma pessoa fantástica! Muito, muito obrigada por me permitir ser sua amiga e por tudo que já me ajudou. Você realmente mudou minha vida! Te amo!

Boa leitura!

XOXO

Samira

Aquilo não podia estar acontecendo. Devia ser coisa da minha cabeça. Simplesmente não era possível que minha mãe tivesse trazido meu pai.

Tudo que eu tinha sentido de nervosismo tinha sido até mesmo ofuscado pela briga com Jungkook, pois era sobre ela. Era sobre o que eu falaria sobre ela e sua reação, mas ainda com segurança por ser minha mãe. Nunca passou pela minha cabeça que ela poderia trazê-lo. Para mim, tinha 0 possibilidade, porém ali estavam e me veio o puro sentimento de traição.

Jungkook disse que era só minha mãe, então era o que ela tinha falado para ele. Considerando que minha mãe sabia muito bem que eu não queria falar com meu pai, ela tinha feito contra a minha vontade.

Simplesmente ver aquele rosto me fazia sentir um tipo de náusea diferente.

Mais do que isso, eu me sentia pequena. Não tinha mais quilômetros entre nós. Não estávamos nos falando pelo telefone.

E o lugar do encontro... Era por ser público. Não tinha muita gente naquele andar, mas era o bastante para eu não me sentir confortável de simplesmente virar as costas e correr.

Era uma armadilha.

Minha mãe tinha montado uma armadilha para mim.

Ao olhar para ela não fiz o menor esforço para esconder minha expressão traída.

— Filha... — disse ela em português, aproximando-se.

Automaticamente dei passos para trás. Na hora, o elevador abriu, um casal saindo e por isso ficamos em total silêncio enquanto os dois passavam, nos ignorando e olhando com curiosidade.

Minha mãe suspirou.

— Por favor, eu só quero que conversem.

Eu neguei com a cabeça, sentindo um nó na garganta. Não queria nem olhar para ele.

"— Vai precisar passar por algo como aquilo de novo para aprender? Vai precisar de outro Diego na sua vida..."

A última coisa que eu ouvi sair da boca dele foi isso. Ele fingiu um quase arrependimento para depois cada vez mais ir atacando. Será que minha mãe tinha noção daquilo?

— Samira — a voz dela saiu mais séria, embora não brava, mas eu sabia o que vinha —, eu não vou mais pedir para vocês. Seu pai não pediu para estar aqui. Eu o obriguei. Vocês precisam conversar. Ninguém aguenta mais essa palhaçada. Vocês são pai e filha, algo que não se pode mudar, então se resolvam.

Não. Não. Não. Ela ia sair. Eu sabia que ia. Era a mesma coisa que ela fazia quando eu e Gui brigávamos. "Se resolvam"... sozinhos.

Neguei com a cabeça, mas as palavras ficaram presas em minha garganta e minhas pernas, congeladas. Estava em pânico só com a ideia. Minha garganta doía e eu não sabia se era realmente por ter vomitado.