Capítulo 3 - Kookie

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Eu notei que pelo celular os travessões estavam aparecendo como hífens. Está assim mesmo? Alguém sabe como arrumar isso? dflgmklfdmglkdf. Bem,  espero que gostem desse, independentemente de travessão ou hífen XD <3.

§

Samira

Eu consegui relaxar bastante enquanto dançava, pois era isso o que a dança fazia comigo. Ela era puro prazer, a coisa que eu mais amava fazer na vida, e ninguém estragaria isso. Mesmo nos piores dias, a dança era meu refúgio. Quando dançava, tudo ao redor sumia. Não havia Jungkook, não havia Mark, não havia faculdade, não havia nada. Era apenas eu e meus alunos, juntos com o ritmo.

Gui ficou nos observando, pois ele não dançava e, na verdade, só estava ali para lazer próprio. Era bom de vez em quando termos alguém como plateia, pois podíamos observar suas reações para sabermos como estava a coreografia aos seus olhos. E, bem, Gui estava muito empolgado, sorrindo e assentindo com a cabeça, então eu achava que estava boa.

— Pausa, pessoal — falei eu por volta das oito da noite. Todos, suados e ofegantes, foram tomar água. Contudo, com sua garrafinha, Yugyeom veio em minha direção. — O que você quer?

— Seu amor por mim me comove — ironizou, retirando o celular do bolso. Eu apenas ri.

— Você sempre me leva para situações suspeitas, não é minha culpa.

— Haha. O Kook tá querendo seu número, eu posso passar? — E ele soltou isso, do nada, fazendo-me engasgar. — Caralho, calma. — De olhos arregalados, Yugyeom me forçou a erguer os braços enquanto eu via a luz se aproximar. A luz da morte, sim.

Não, eu não sou dramática.

Mas como assim "o Kook tá querendo meu número"? E eu aqui, julgando-o e sofrendo porque ele me deixou sozinha no quarto depois de fazermos coisas. É, realmente, fui rápida demais.

Enfim recuperada, voltei a falar.

— Kook? Que Kook?

Ele revirou os olhos.

— Tu sabe de quem eu tô falando, Samira.

Eu ri, porque não dava para levá-lo a sério quando dizia "Samila", era muito fofo.

— E agora ela está rindo do meu sotaque.

— Samira é muito cruel, você não sabe? — Bambam chegou, abraçando-me pelos ombros com tanta força que me desequilibrei.

— Sai. Sai. — Empurrei-o, mas nem fez efeito. Bendito garoto forte.

— Por quê? Você é meu bebê mais lindo — falou o tailandês, nem disfarçando o nível da zoeira.

— Puta que pariu — reclamei, rindo. Eu tinha dois amigos idiotas. Tudo bem, aquilo era ser muito generosa. Só dois era muito pouco. — Vamos voltar a dançar! — falei, mais alto para que todos ouvissem. Meus olhos se encontraram com os de Mark, por um instante, e senti meu coração acelerar, porque íamos ensaiar logo mais, somente nós dois. E, pela primeira vez em muito tempo, parecia estranho.

— Sasá, você não me respondeu — lembrou-me Yugyeom.

Eu o olhei, nervosa. Então, apenas assenti, virei as costas e fui para o centro da sala para começarmos.

...

Por mais uma hora, ensaiamos em grupo, tornando os movimentos mais precisos e intensos. Eu tentava, de coração, ser uma professora legal e paciente, porém perdia a compostura de vez em quando, principalmente quando eles começavam a brincar demais. E, bem, o que falar? Isso acontecia com certa frequência, inclusive naquela noite. Era a coisa de se trabalhar com tanta gente jovem, inclusive adolescentes, tudo ficando ainda pior por eu também ser uma. Contudo, eu não estava com paciência, simplesmente. Por isso, liberei-os um pouco mais cedo, e saí, indo até o banheiro para me lavar.

Scarlatti (BTS - Jungkook x O.C)Onde histórias criam vida. Descubra agora