Capítulo 4

2.8K 186 5
                                    

• Algumas horas antes •

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


• Algumas horas antes •

Acordo sendo jogada no chão por um guarda.

– Aqui não é local para dormir garota, vai embora daqui.

– Que eu saiba a praça é pública.

– Isso mesmo, é uma praça, não um hotel.

– A, cara chato.

– Olha como fala, vai logo embora daqui.

Saio bufando de raiva da praça e vou até a casa da dona Maria, uma senhora que sempre me dá comida e em troca eu faço faxina na casa dela.

– Bom dia minha querida.

– Bom dia dona Maria, como a senhora está hoje?

– Eu estou bem querida e você? Venha, entre, vamos comer.

– Claro! A senhora acredita que o guarda me acordou hoje me jogando no chão?- falo adentrando em sua casa.

– Eu já falei que você pode morar aqui comigo, se machucou quando caiu?

– Não, não. Eu estou bem. E eu já falei para senhora que não quero incomodar.

Dona Maria é uma senhora de 68 anos que conheci há 1 ano e meio, desde então ela tenta me convencer a morar com ela. Ela nunca teve filhos e seu marido morreu a cerca de 2 anos, e desde então ela esta sozinha, pois não tem mais familiares vivos. Por isso sempre me tratou como uma filha, ela costuma dizer que eu sou a filha que ela não pode ter.

– Você é muito cabeça dura querida.

– Eu só não quero abusar da bondade da senhora, já basta me alimentar todos os dias, não quero ser um fardo- falo encerrando a conversa e começamos a comer.
Depois do café da manhã eu arrumo a casa e tomo banho, coloco minha roupa para lavar. E quando dá 16 horas eu já estou me preparando para ir embora.

– Querida passe a noite aqui.

– Não, não quero abusar.

– Então amanhã você dorme aqui, combinado?

– Combinado. Dou um beijo no rosto da dona Maria.

Depois de um tempo caminhando vou em direção ao parque de diversões, mesmo não tendo dinheiro, porque gosto de observar. Chegando ao parque fico olhando as crianças e adultos brincando e sorrindo felizes, até que olho na direção do carrossel e vejo uma linda menininha loira de olhos azuis e bochechas rosadas, brincando com um homem que creio que seja seu pai, e que homem, ele é simplesmente o cara mais lindo que já vi em toda minha vida, ele é loiro dos olhos claros, com uma barba que desenha perfeitamente seu rosto, ele é muito forte e exala masculinidade, por milésimos de segundos nossos olhos se encontram, mas logo trato de desviar e ir em direção à saída.

Estou passando pelo estacionamento quando de repente sou puxada para num beco mal iluminado, um homem bem maior que eu, começa a passar suas mãos asquerosas pelo meu corpo, quando ele tenta me beijar dou uma mordida no seu lábio inferior até sentir o gosto metálico de seu sangue, ao soltar sua boca ele me dá um tapa no rosto, e com o impacto eu caio em cima de sacos de lixo, olho para ele mais uma vez e o vejo abaixar suas calças, começo a chorar compulsivamente e gritar por socorro quando ele rasga minha blusa e começa a sugar meus seios com força, o que causa uma dor terrível, logo depois ele levanta minha saia e coloca minha calcinha de lado, quando de repente o vejo cair para o lado, e logo depois, a sombra de um homem aparece em minha frente, e por conta do medo choro ainda mais, quando ele percebe meu estado me abraça e afaga meus cabelos me ajudando a levantar.

– Tá tudo bem, tá tudo bem, vamos, vou te levar ao hospital e depois te levo para sua casa.

– Eu não tenho como pagar um hospital-  choro copiosamente.

– Não se preocupe com isso.

– E eu não tenho para onde ir- choro ainda mais.

– E onde você mora?- sorrio sem graça, entre lágrimas.

– Na rua, a rua é minha casa.

– Então, você pode ficar na minha casa.

– Não, não, não quero incomodar.

– Não vai, vamos.

– Eu...eu não posso, não me sentiria bem.

– Então vamos fazer assim, você pode trabalhar de babá e cuidar da minha filha, com isso você pode morar lá em casa.

– Não sei.

– Aceite, por favor.

– Tudo bem.

Não sei o que deu em mim para aceitar essa proposta maluca, mas aceitei, andamos em direção ao carro ainda abraçados, e agora olhando bem para ele percebi que é o cara do parque, o que estava com a menininha no carrossel. Entramos no carro e ele me dá seu casaco, pois só estou vestindo uma saia, porque aquele monstro rasgou minha única blusa.

Vamos em direção ao hospital. Após fazer um check-up e ver que está tudo bem, nos liberaram, voltamos para o carro e ele começa a falar com alguém por mensagem depois de uns quinze minutos vamos em direção a sua casa. Não sei dizer oque aconteceu para que eu aceitasse essa proposta de um completo estranho.

Uma Babá InesperadaOnde histórias criam vida. Descubra agora