Tô vendo vocês com medo de a fic estar na reta final, fiquem tranquilas(os) porque ainda tem muita história para rolar!!
Beijinhos e boa leitura!
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Duas horas depois, Harry está voltando pela porta com uma caixa. Nele estão seus poucos pertences - as roupas que ele comprou, um xampu e a pasta.
Louis ainda encara quando Harry entra pela porta. Ele não parece estar ciente de que ele está fazendo isso, e Harry não pode estar incomodado com ele naquele momento.
Ele está um pouco trêmulo, ainda, com a cabeça cheia de instantâneos do que ele acabou de ver, do que ele considera seu lar de infância, desmoronando.
Mamãe está bem atrás dele, segurando a mão dele; Robin ainda está em casa, tentando resolver algo com um encanador, então os dois são o apoio emocional um do outro por enquanto.
A casa parece diferente agora que Harry sabe que vai viver nela. Nunca será como antes, é claro - ele não está em casa aqui -, mas os traços de Louis em toda parte, as memórias que espreitam em todos os cantos, tudo parecem amplificado e mais assustador. Pronto para atacar no segundo em que ele abaixar a guarda.
"Onde podemos colocar essas coisas, querido?", Pergunta a mãe para Louis, puxando-o para fora de qualquer coisa que ele estivesse. Ele olha para cima e parece um pouco surpreso ao vê-la lá.
"Certo, desculpe. Qualquer um dos dois quartos de hóspedes está bom - você precisa de ajuda?"
Mamãe sorri tristemente. "É só isso", diz ela, levantando sua própria caixa e apontando para Harry também. "Nós vamos conseguir pegar mais coisas amanhã, eu acho, mas eu simplesmente não me sinto bem para ir pegá-las hoje."
O coração de Harry dói quando ele ouve a dor mal disfarçada em sua voz. O rosto de Louis suaviza também.
"Eu sinto muito", diz ele. "Eu realmente - eu sei que não há nada que eu possa dizer, mas se há algo que você precisa, é só me avisar."
"Já estamos de favor em sua casa, amor", ela sorri. É genuíno também, e Harry se deixa sentir grato a Louis por isso. "Isso é mais do que qualquer pessoa sensata ofereceria, você sabe."
Louis sorri. "Eu não sei sobre isso", diz ele, e sai do caminho para deixá-los passar. Mamãe vai primeiro; quando Harry passa por Louis, agora de pé na porta da cozinha, ele lhe dá um olhar que ele espera que pareça grato. Louis olha para trás e balança a cabeça.
Harry não viu o andar de cima da casa ainda, não desde a noite em que ele fugiu cinco anos atrás.
Ele se encontra cheio de mais lembranças: aquele canto é onde sua mala caiu e se abriu, e ele passou dez minutos congelado com medo de acordar Louis. Lá embaixo, junto à janela, ficava por horas, imóvel, depois que voltavam para casa com as más notícias.
Aquela porta... aquela porta é onde o quarto do bebê seria.
Ele mal respira quando passa, coçando com o desejo de olhar para dentro e comparar a memória com a realidade.
Eles pintaram de amarelo e verde, em uma bela tarde de domingo em junho. Logo depois que eles enviaram sua última carta para o orfanato.
Levaram horas, porque tiveram que parar a cada poucos minutos e voltar a se abraçar, delirando de felicidade.
Eles estavam tão certos de que conseguiriam. Harry deseja poder atravessar a porta e voltar no tempo, para dizer ao seu eu mais novo que sonhos como esse nunca se realizam. Que você não pode e nunca conseguirá ter tudo.
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got the sunshine on my shoulders - portuguese version
RomanceHá 5 anos, Harry Styles deixou sua pequena cidade natal para ser um grande artista. Ele não se importou muito com o que havia deixado para trás: uma vida, uma família e um marido, que acordou certa manhã para descobrir que havia sido abandonado. Ag...