got the sunshine on my shoulders - portuguese version

chapter 3

Harry acorda um pouco antes das cinco da manhã com uma batida furiosa na janela do carro. Leva um minuto para ele olhar em volta e descobrir onde está.

Certo.

O Ford. Seu teimoso e babaca marido. Esperamos que ex-marido, até o final do dia.

Ele olha para a janela que está atualmente rangendo sob a força dos golpes de Louis.

Sua visão está embaçada depois de ter passado a noite inteira tentando combater o jet lag e adormecer; Louis é pouco mais que uma mera silhueta.

"O quê?" Ele chama, limpando o canto da boca, tentando parecer um pouco digno em seu jeans rasgado e enlameado.

"Saia da estrada!" Louis grita. Sua voz é abafada, mas Harry ainda pode dizer que é mais afiado, mais furioso do que ontem.

Ele abaixa a janela meia polegada e coloca a pasta para fora. "Assine."

"Eu já te disse-"

"Sim, sim, você não vai assinar. Mas eu não vou me mover até você assinar, então você realmente não tem escolha. "

Louis solta um suspiro furioso. Ele pega a pasta dos dedos de Harry e Harry acha que ganhou por um segundo inteiro e glorioso. 

Então ele ouve a bofetada do plástico caindo no chão. "Eu vou te tirar daí a força, eu juro por deus. Tira essa porra desse carro da estrada."

Harry aperta a ponta do nariz. Ele mal consegue sentir os dedos e há uma dor de cabeça tremenda se firmando bem no centro de sua testa. Ele também está sujo, faminto e infeliz.

"Você pode apenas falar comigo?" Ele pergunta, sua voz menor do que ele gostaria. "Apenas se afaste para que eu possa sair do carro—"

"Saia, então", Louis interrompe. Seus sapatos silenciam um pouco enquanto ele dá alguns passos para trás.

Em qualquer outra circunstância, Harry apenas o daria um soco. Ele conheceu muitas pessoas com raiva ao longo dos anos e isso sempre acaba em socos.

Mas este a sua frente é Louis. Louis nunca colocaria uma mão nele, não importa o quanto ele odeie Harry e quanto Harry o odeia.

Além disso, os papéis.

Ele abre a porta devagar, hesitante, sem saber o que esperar do outro lado. Na verdade, ele não tinha visto Louis ontem, exceto por alguns dedos e um pulso, e esses foram suficientes para fazer seu corpo entrar em ação.

Harry sabe que ele cresceu desde a última vez que o viu, sabe que agora ele está mais alto, mais largo e mais bonito. Mas não tem ideia de como os anos trataram Louis.

Para sua surpresa, não está chovendo. Isso, pelo menos, o deixa de bom humor quando ele sai do carro, estalando o pescoço e esticando as pernas.

"Você disse que queria conversar", Louis diz atrás dele. Ele parece calmo, contido. "Então fale."

"Ok", suspira Harry. "Ok, ouça-"

Ele não consegue terminar. As palavras fogem de sua boca, porque ele se vira e lá está ele.

Louis.

Ele está de pé, as mãos nos bolsos e um capuz na cabeça. Uma postura bem fechada, mas não é isso que deixa Harry surpreso.

Louis parece mais velho. Muito mais velho. Há pés de galinha ao redor dos olhos e círculos escuros bem embaixo; sua boca está em uma linha fina e furiosa, e ele está observando Harry como um touro bravo encarando um pano vermelho, pronto para atacar.