DEZENOVE

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Tenho vontade de dar meia volta e ir embora daquele colégio o mais rápido possível

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Tenho vontade de dar meia volta e ir embora daquele colégio o mais rápido possível. Hoje, em especial, eu não estava com uma gota de paciência para encarar a aula do professor de história.

Acho que no fundo eu sabia que o que eu realmente temia era encarar Hayden depois de quase termos nos beijado no dia anterior, ou talvez eu apenas esteja frustrada pelo beijo não ter acontecido.

Eu não gostava dele, da sua infantilidade, principalmente da babaquice... então por que isso me incomoda tanto?

Sentir atração por Hayden Foster me perturbava para cacete eu gostaria muito de me esmurrar por isso. Gostaria de eliminar todas as sensações que sinto quando ele está por perto e toda aquela emoção que se apodera do meu corpo a cada passo que ele dá em minha direção.

O ronco de uma moto chamou a minha atenção enquanto eu atravessava o estacionamento que ficava em frente ao colégio. Eu curtia motos e reparava em basicamente todas as que eram estacionadas naquele lugar. Entretanto, aquela, em especial, eu não havia sequer notado antes, e era uma puta de uma moto foda pra cacete.

A pessoa que estava sobre ela também não era de se jogar fora.

Era aquele perfeito estereótipo de bad boy: alto, pele bronzeada, jaqueta de couro. Assim que tirou o capacete, eu analisei o seu rostinho bonito, perfeitamente desenhado. O garoto nem precisava estar sem camisa para eu saber que, por baixo de suas roupas, existia um corpo com músculos definidos e diversas tatuagens. Ao mesmo tempo que quis revirar os olhos, também o queria na minha cama. Esse é o efeito dos bad boys em qualquer garota. Algumas até pensam que podem ignora-los, mas é inevitável.

Pensando bem, acho que dar em cima desse novato até seria bom para me livrar de uma vez por todas dos meus pensamentos com relação à Hayden.

Muitas pessoas, em sua maioria sendo do sexo feminino, encaravam o aluno novo. Ele olhou ao redor, convencido do impacto que estava gerando naquele contingente de pessoas. E por ironia do destino, seu olhar se prendeu ao meu, que o encarava descaradamente. Logo em seguida, ele se percorreu pelo o meu corpo e o novato pareceu gostar do que estava observando, tendo em vista o belo sorriso que havia se esboçado em seu rosto.

E eu não pude evitar de sorrir.

Quando seus olhos se encontraram novamente com os meus, sorri de canto e me virei, entrando no colégio logo em seguida.

Em um instante, o garoto estava andando ao meu lado.

- Oi, meu nome é Érico Russell, sou novo aqui. - apenas com o seu jeito de falar eu soube que ele era confiante e cheio de si.

- Parabéns. - o respondi sem olhá-lo, contendo um sorriso. Soube que o havia surpreendido com a resposta quando, de canto do olho, observei a silhueta do seu rosto esboçar um sorriso.

Ele certamente não esperava uma resposta tão indiferente, mas sabia que era um joguinho.

- Obrigado, eu acho. - respondeu com humor. - Estava pensando se você poderia me mostrar o colégio, receio que eu vá me perder aqui facilmente. - Ele terminou de falar e eu parei, fazendo-o parar também, e o encarei.

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