TRÊS

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Head Shot

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Head Shot.

A bolada foi tão forte que presumi ser fruto de um chute. Após receber o baque, meu corpo foi impulsionado para frente, mas eu não cheguei a cair.

- Você está bem? - Joshua perguntou enquanto os outros meninos me olhavam preocupados.

- Desculpa, errei a mira. - Ouvi a voz do Collerman exalando pura ironia.

Eu me virei, furiosa, e comecei a andar com passos pesados em direção à ele.

Os meninos vieram atrás, mas eles não iriam fazer nada para me defender, eles sabiam que eu detestava ser defendida.

Quando parei em frente ao garoto de cabelos curtos e escuros e no mínimo uns dez centímetros mais alto que eu, não pensei duas vezes ao desferir um soco em seu rosto, o fazendo se desequilibrar, mesmo que minimamente, ao se surpreender com a minha atitude.

- Desculpa, errei a mira. - Falei com o mesmo tom irônico.

Ele me encarou enraivecido e se aproximou me olhando ainda com a mão no rosto, eu apenas continuei sorrindo ironicamente enquanto os amigos dele o seguravam pelo braço.

- Você tá pensando que eu não vou revidar o que você acabou de fazer comigo? - Ele cuspiu as palavras.

- Eu apenas revidei, Collerman. Não fique achando que se bater em mim, vai sair ileso, eu não sou suas putas. - Respondi aumentando o meu tom de voz.

- Além de ladra, eu tenho certeza que depois da surra que eu der em você, com certeza virará minha putinha. - Ele falou aumentando mais ainda o tom de voz.

- Você me chamou de puta? - Me aproximei dele perguntando.

- Calma Dasha. - Ouvi Joshua falar, mas não dei muita atenção, avancei em direção ao loiro idiota. Mas eu não pude fazer nada, já que o imbecil do Foster me agarrou pelas costas, me impedindo de dar outro soco na cara daquele idiota.

- Me larga! - Gritei mas ele ignorou e me arrastou para a entrada do vestiário masculino sobre protesto, enquanto seus amigos davam risada.

- Ela ficou puta, cara. - Ouvi alguém falar.

O lugar que ele me levou era coberto, não tinha como seus amigos enxergassem o que iríamos fazer e estava relativamente escuro por conta do dia nublado.

Ele me largou e eu rapidamente me afastei dele, tentando ignorar o leve desespero que se apossou do meu corpo.

- Você não queria que eu me afastasse? Olha só, eu estou fazendo o máximo para não entrar no seu caminho. Porque não para de me encarar com cara de "putinho" e manda seus cachorrinhos pararem de me azucrinar? - Disparei ao falar. Eu estava puta de raiva enquanto ele me encarava quase sem expressão alguma.

Após longos segundos me encarando em silêncio, Hayden soltou um riso irritante, mas sexy. O fato dele ser muito gostoso dificultava as coisas.

- Linda, você vai continuar ficando longe do meu caminho, o problema é que você mexeu comigo, e por isso você merece umas palmadinhas antes de eu deixar você em paz. - Ele falou sorrindo.

Maldito.

Eu procurei não vacilar com a fala dele, e dei o meu melhor sorriso irônico.

- Então quer dizer que vai mexer comigo e ainda por cima quer que eu não faça nada? - Perguntei e me aproximei dele, inclinando o meu rosto para cima e depois fiquei quase na ponta dos pés.

Encaixei o meu rosto sobre o seu ombro, sem tocá-lo, e virei ligeiramente o meu rosto em direção à sua orelha.

- Tudo o que fizer comigo, saiba que vai ter volta. - Sussurrei em seu ouvido e me afastei dele.

Ele não disse mais nada, apenas me deixou sair do campo acompanhada dos meus amigos.

- O que rolou na frente do vestiário? - Kaled perguntou do meu lado.

- Aquele escroto tá pensando que eu vou deixar ele fazer joguinhos comigo. - Falei séria. - Mas eu não vou deixar.

Eu não vi a cara de Hayden Foster depois que as aulas do dia acabaram.

Voltei andando para casa com Sara e ela não parava de falar sobre a festa na casa 34, e sobre como ela iria chegar no Foster. Ela já se desculpou sobre hoje mais cedo, mas insiste em fazer burrice.

A casa 34 era a casa de Truman, um garoto rico que já saiu do colégio. Ele é basicamente um delinquente que adora a atenção que recebe por dar essas festas, mas quem sou eu para julgar, não é mesmo?

Ele vai dar esta última porque vai se mudar para a Itália, por isso que em plena segunda feira vai ter provavelmente a maior festa do ano.

Sara vai e a sorte dela é que tia Victória viajou hoje. Eu não queria ir, tenho receio de que a minha prima arrume mais alguma encrenca que eu provavelmente tenha que me meter. Mas eu já disse que iria para os garotos e não volto com a minha palavra.

Então quando deu 20 horas eu já estava pronta e apenas esperava Sara terminar de se embelezar.

Eu não ligava muito para o meu visual, por isso que a maioria das minhas roupas eram de cores básicas, com um detalhe ou outro.

Eu estava usando uma camisa cinza com o logotipo de Pink Floyd, minha banda favorita, minha jaqueta jeans velha, calça jeans preta e meus coturnos pretos com salto. Eu não costumava andar de salto, mas eu gostava de usar, principalmente quando eu ia para algumas festas.

E não sou muito fã de maquiagem, mas gosto de usar rímel e lápis preto. Eles deixam qualquer mulher mais sexy.

- É um saco como essas suas roupas combinam perfeitamente com você. - Disse Sara assim que chegou na sala com o seu vestido solto, curto e preto. Ela estava muito bonita, porque ela realmente era muito bonita e combinava com qualquer coisa.

- Sara, se controle, eu não vou mais me meter entre você e o Foster. - Falei ajeitando os meus piercings da orelha. - Só depois não diga que eu não avisei, você merece coisa melhor do que ele.

Ela sorriu e me abraçou.

- Relaxa, prima. - Ela falou enquanto me abraçava e se afastou. - Eu sei me cuidar e eu só quero transar algumas vezes com ele, muitas garotas disseram que foi a melhor coisa que fizeram na vida. - Falou com um sorriso no rosto. - Hayden não é um cara pra namorar.

Eu não pude me controlar e revirei os olhos. Eu estava farta de escutar essas coisas sobre Hayden Foster.

- Apenas vamos logo antes que eu desista. - Falei pegando as chaves, o meu dinheiro e o celular.

Eae galerinha do mau! Favorita se vocês estiverem gostando!

BastardOnde histórias criam vida. Descubra agora