Vocês não estão votandooooo!!!!!!
~ 1 semana depois ~
~ Heloísa Narrando. ~
Até agora não descobrimos nada.
Já estamos mais treinadas do que os agentes da cia.
Mas, do que adianta se eu não consigo achar eles?
Já recebemos inúmeros bilhetes e fotos deles.
Todos bem machucados.
E a cada vídeo meu corpo vai ficando cada vez mais em alerta.
Heloísa: Pai? - bato na porta do escritório.
Rodrigo: Entra. - Eu entro e olho pro mesmo.
Ele está acabado, já revirou o Rio de Janeiro e não achou eles.
Heloísa: Pai, a gente vai achar eles.
Rodrigo: Como Heloísa? Eu já revirei essa porra de cidade de cabeça pra baixo, ja revirei o Brasil todo e não acho eles. Mas que PORRA! - bate na mesa, eu nem me assusto mais com o temperamento dele.
Heloísa: Você precisa ficar calmo! Você é o nosso espelho, se você fica nervoso, nós ficamos nervosos. Então para um minuto e respira!!! - ele para e respira fundo. - Ótimo, agora me dá todas essas pragas de bilhetes.
Ele me dá, eu leio e releio e não acho nada que indique um local.
Heloísa: Eu vou pensar em alguma coisa e volto. - ele assente e eu saio do escritório.
Vou em direção meu quarto, ao passar pela sala eu vejo geral conversando.
Penso em ficar, mas sinceramente, eu não tenho vontade pra isso.
Chego no quarto e olho retrato por cima da cômoda
Essa foto eu tirei enquanto ele enchia meu rosto de beijinhos.
A saudade me bate e eu começo a chorar.
Ficar sem quem você tá acostumado a viver é muito ruim.
Heloísa: Por que você e não eu? - sussurro e lágrimas caem sobre as fotos. - Me dá alguma pista do seu paradeiro por favor, meu amor. - abraço o porta retrato.
Quando vou colocar o porta retrato em cima da cômoda, um bilhete cai.
Enxugo as lagrimas e pego o bilhete na mão.
"Deixarei vocês igual um cão, correndo atrás do proprio rabo."
Oi? Como assim? Por que ninguém viu esse bilhete antes?
Saio do quarto com o bilhete nas mãos e desço as escadas correndo.
Abro a porta do escritório e olho pro meu pai.
Heloísa: Olha aqui! Achei o que vai nos salvar!! - ele pega o bilhete nas mãos e lê.
Rodrigo: Mais uma incógnita, puta merda! - ele lê e relê.
Heloísa: Você tá muito negativo, dá licença. - pego a pistola que ele me deu, coloco no cós da minha calça e saio do escritório.
Ao chegar na sala todos me olham.
Heloísa: Eu vou sair por aquela maldita porta e eu não quero ninguém me seguindo, se alguém me seguir eu atiro sem pestanejar! Me esqueçam por pelo menos algumas horas! - geral assente. - obrigada, amo vocês. - e saio pela porta.
Pego a moto do Pk e saio indo em direção ao topo do morro.
Encosto a moto e desço.
Ando em direção à um banco que tinha ali e me sento.
Um vento me atinge e lágrimas descem.
Heloísa: Cadê vocês meus amores? Cadê voces? - meus olhos passeiam por todo o morro e param no matagal. - Se pelo menos eu soubesse andar por aquela mata braba..
"Deixarei vocês igual cão, correndo atrás do próprio rabo."
Essa maldita frase não sai da minha mente.
Opa, pera ai.
Vamos fingir que eu sou um cão.
Ok, essa ideia é idiota, porém é minha única solução.
Eu sou um cachorro.
Eu estou brincando e correndo atrás do meu rabo, então vamos lá.
Começo a rodar olhando pra minha bunda.
Nicolas: Tá fumando um cunhada? - fala e eu dou um pulinho de susto.
Heloísa: Porra Nicolas! - falo e levo a mão no coração.
Nicolas: Te venderam maconha estragada, o que tu ta fazendo peste?
Heloísa: Tentando achar uma pista do paradeiro deles. - ele assente.
Nicolas: Posso te ajudar?
Heloísa: Claro que pede, agora o cãozinho é você. - ele ergue uma sobrancelha. - segue o raciocínio inferno.
Nicolas: E o que você quer que eu faça?
Heloísa: o Pk recebeu um bilhete que dizia "Deixarei vocês igual cão, correndo atrás do próprio rabo." - Falo e ele assente.
Nicolas: Vemos aqui que essa pessoa não tem muita inteligência, mas ok. Eu faço o que?
Heloísa: Se você é um cão, você vai brincar correndo atrás do próprio rabo.
Nicolas: Ah não..
Heloísa: É a única chance que a gente tem. - ele buffa e assente. - corra atrás da sua bunda, bora.
E então ele fica em circulos.
Nicolas: Mano, eu to ficando tonto. - ele fala e eu começo a rir. - Já percebeu que eu não to saindo do lugar?
Heloísa: PARA! - Eu grito e ele para se apoiando em mim. - Eu já sei!
Nicolas: Então conta mona, por que ainda não descobri! - diz jogando o cabelo imaginário.
Heloísa: Se eu sou um cachorro e To correndo atrás do meu rabo, eu não vou sair do lugar.
Nicolas: Não to entendendo, mas to compreendendo. - respiro fundo.
Heloísa: Para pra pensar, se eu não saio do lugar, isso significa que eu posso rodar o mundo que não vou achar, por que eu não preciso sair do meu lugar!
Nicolas: Complicou tudo.
Heloísa: NICOLAS ELES ESTÃO AQUI! - grito e levo as mãos a cabeça.
Nicolas: Cadê? - Olha pros lados.
Heloísa: Não sei, mas eles estão aqui. Como eu não percebi isso antes? - olho pro matagal, mas como estava a noite, a luz das estrelas não bastavam. - vamos, eu já sei o que fazer.
Subo na moto e ele sobe atrás.
E então eu piloto de volta pra casa.
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Maktub 2. - O RECOMEÇO
Teen FictionContinuação do primeiro livro Maktub. Maktub é uma palavra em árabe que significa "já estava escrito" ou "tinha que acontecer". Plágio é crime! ✅ CONCLUÍDO