Baixa autoestima

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Eu tento ser autossuficiente e fingir que estou bem sendo a senhorita solitária que cuida de todo mundo.
Mas quando a noite chega e me pego refletindo, a constatação de que ninguém nunca me desejou e nunca vai me amar, me atinge como uma descarga elétrica potencializada por estruturas metálicas.
E foram tantos os que amei em silêncio, os que nunca sequer foram gentis comigo e nunca de fato se importaram. Eu nunca tive alguém que eu pudesse me entregar e me sentir segura em seus braços, sempre convivi com o medo e com a rejeição, medo de ser agredida e rejeição por ser totalmente fora dos padrões, eles sempre me viam como indigna de amor e atenção, parece que para eles eu nunca fui humana.
Eu queria poder subir no topo  do edifício mais alto da cidade e gritar por amor, agarrar um anjo pelas asas e implorar para que alguém me ame e me veja como eu sou por dentro e que escolha ficar ao meu lado, mesmo que o mundo esteja contra nós, alguém decidido e que não vá mudar de ideia quando se deparar com a minha fragilidade e minhas cicatrizes. Eu só quero ser amada verdadeiramente e Eu sei que esse dia provavelmente não vai acontecer... Dói como chicotadas incandescentes.
Minha alma anseia por outra para se conectar, quero dividir meus sonhos e compartilhar do imenso amor que há dentro de mim.
Eu não quero morrer sozinha, eu imploro, céus!
Pelas estrelas no firmamento, não apaguem minhas luzes, me tragam alguém que me ame com todos os meus medos e inseguranças, alguém que não tenha vergonha de mim e que me assuma em público.

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