ANNE
dias depois— Acho que o seu pai vai atrasar de novo, anjinho. — digo e aperto o nariz dela, vendo ela sorrir.
Seguro na mão da mesma e a levo até o pátio, a deixando sentada em um banco e me sentando ao seu lado. Ela balança as pernas e olha para o portão, tombando a cabeça para o lado e analisando a silhueta de uma mulher.
— Olha, tia, parece a minha... — parou quando a mulher se aproximou mais e sorriu. — MAMÃE! — gritou e pulou do banco, correndo até a mulher, enquanto eu me levantava.
— Oi, meu amor. — disse a mesma, abraçando a pequena e a enchendo de beijos. — A mamãe estava morrendo de saudades!
— Eu tabém, mamãe!
— Oi, eu sou a Aine. — falou, me cumprimentando.
— Prazer, sou a Anne.
— Quase a mesma coisa. — sorriu e eu retribui. — Como essa garotinha está se saindo?
— Muito bem. Ela é muito inteligente! — elogio e Aine sorri, apertando a filha.
— Obrigada. — agradeceu. — Desculpa pelo atrasado.
— Ah, eu já estou acos... Não foi nada! — digo e sorrio. — Tchau, Maria, até amanhã. — aceno e a mesma acena de volta.
— Tchau, Anne. — sorriu Aine.
— Tchau, Aine. — aceno, com um leve sorriso no rosto.
[…]
Ajeito o óculos em meu rosto e mordo o lábio, segurando na ponta do pincel e passando ele delicadamente pela tela presente em minha frente. Me afasto por um momento e limpo o pincel, analisando a pintura e bufando logo em seguida.
Bela merda.
Ouço a campainha tocar e deixo o objeto de lado, limpando a mão e indo até a porta, escutando a campainha mais uma vez. Abro a porta e me deparo com Philippe, que assim que me ver sorrir.
— Oi. — sussurrou.
— Oi. — dou um meio sorriso. — O que faz aqui?
— Fingindo que não preciso seguir uma alimentação saudável. — disse e ergueu saquinhos de lanches, me fazendo rir.
Abro mais a porta e dou espaço para que ele entre. Fecho a porta atrás de mim e vou o empurrando até o sofá, o fazendo sentar lá.
— Eu vou pegar refrigerante. — digo e ando até a cozinha, pegando copos e a garrafa, os colocando em cima da mesa.
— Te trouxe lanches e você não me deu nenhum beijo. — falou, me fazendo rir e me virar para ele que estava atrás de mim.
— Veio com a intenção de me comprar?
— Não, mas não custa tentar. — riu e eu segurei em seu queixo, deixando um rápido selinho em seus lábios. — Zara não está? — perguntou.
— Não, ela tinha um encontro.
— Coitado do cara. — disse e eu ri, entregando um copo com refrigerante para ele.
Voltamos para a sala e nos jogamos no sofá, comendo os lanches que ele havia comprado.
— Achei que você fosse buscar a Maria hoje. — digo após um tempo e ele me olha.
— Eu até iria, mas a Aine voltou de viagem e decidiu ela mesma ir. — deu de ombros.
— Conheci ela. — falo. — É muito bonita e, pelo jeito, bem simpática. Por que terminaram?
— Não tinha sentimento mais. — deu de ombros mais uma vez. — Então resolvemos deixar pra lá. Mantemos a amizade.
— Isso é bom... — murmuro e limpo a minha boca, o analisando. — Não afeta a Maria.
— Sim, e isso é o que importa. — sorriu e eu retribui. — Você está toda suja de tinta.
— Ah, eu tava tentando fazer alguma coisa, mas não deu certo. — digo e pressiono os lábios.
Ficamos um momento em silêncio, enquanto ele me analisava atento.
— E os seus namoros? — perguntou.
— Geralmente ninguém queria me namorar. — falo e ele faz cara de quem duvida. — Eu fui ter meu primeiro namorinho quando terminei a escola. Conheci ele em uma biblioteca e a gente começou a sair, namoramos por uns 5 meses, até ele encontrar outra mais interessante. — dou de ombros e me encosto no sofá.
— E não teve mais? — repetiu a minha ação.
— Teve o da faculdade. Nos aproximamos depois de ele quase me atropelar.
— Você namorou um cara que iria te atropelar?! — perguntou e eu ri.
— Não era a intenção dele. — digo. — Esse durou dois anos, e tava tudo bem, até eu descobrir que meu chifre estava do tamanho da Torre Eiffel. — completo e ele ri.
— Eles devem estar muito arrependidos agora. — disse e eu sorri.
— Talvez estejam. — digo e ele sorri. — Você fica bonito quando sorri.
— Então o resto do tempo eu sou feio?
— Não. — rio. — Quis dizer que você fica mais bonito quando sorri. — completo e ele ergue uma sobrancelha.
— Está flertando comigo, senhorita Anne? — perguntou e eu fiquei levemente vermelha, o fazendo rir. — Você também fica linda quando sorri. — completou.
— Obr...
— Mas fica mais linda ainda se estiver me beijando, então, com licença! — falou e segurou em minha nuca, selando nossos lábios.
Coloco a mão em seu rosto e aproximo mais meu corpo do dele, intensificando o beijo. Sua mão desceu para a minha cintura e ele apertou a mesma, me puxando para o colo dele em seguida. Me separo com selinhos e me ajeito em seu colo, colocando cada perna de um lado.
— Tá vendo? Você claramente se jogou nos meus braços. — disse e apertou minha cintura.
Sorrio e o puxo para mais um beijo, arranhando a nuca do mesmo. Philippe desceu os beijos para o meu pescoço e eu tombei a cabeça para um lado, dando mais espaço para ele.
— ANNE, VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR! — gritou Zara, entrando com tudo na casa.
— Zaraaaa! — resmungo e escuto Philippe bufar, enfiando o rosto na curva do meu pescoço.
***
ai ai
kk
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Professora ━━ Philippe Coutinho
Fanfiction➳ onde philippe se apaixona pela professora de sua filha. ❃ iniciada - junho/2019 terminada - agosto/2019