vinte e oito

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ANNE

— Que delícia vencer de 5x0. — falou Zara, assim que o juiz apitou o final do jogo do Brasil contra o Peru.

— Fiquei com dó do Gabriel. — digo, me referindo ao pênalti que o mesmo havia perdido.

— Ah, eu também. — deu de ombros. — Agora vamos porque eu preciso pegar o número daquele cara.

Reviro os olhos ao lembrar que ela passou praticamente o jogo inteiro flertando com um cara que estava próximo a nós duas. Zara segurou em minha mão e foi se enfiando no meio das demais pessoas que estavam saindo da Arena.

[…]

— Ei, segura pra mim! — escuto e seguro o elevador, vendo Arthur correr e entrar em seguida. — Valeu. — sorriu e eu retribui, vendo as portas de fecharem. — Indo ver o Coutinho?

— É. — respondo, olhando para ele. — Parabéns pela vitória.

— Obrigado. — sorriu.

Ficamos em silêncio, enquanto olhávamos para frente.

— Vocês dois estão bem? — perguntou depois de um tempo e eu pisquei, dirigindo meu olhar para ele novamente. — Você e o Couto.

— Ah, estamos... — murmuro.

— Fico feliz. — disse. — Eu sinto muito por ter atrapalhado por um momento.

— Já falamos sobre isso. — digo. — Está tudo bem. — sorrio.

— Que bom, é que... — começou mas se interrompeu assim que as portas do elevador se abriram, revelando Philippe encostado em uma das paredes do corredor.

Vejo ele virar o rosto em direção ao elevador e revirar os olhos.

— Hm... — murmuro. — Tenho que ir. — completo e deixo um beijo na bochecha do mesmo, que acenou para mim e em seguida para Coutinho, que nem se esforçou para retribuir.

Saio apressada do elevador e escuto as portas se fecharem atrás de mim, enquanto me aproximava de Philippe.

— Sério? — perguntou e eu ergui as sobrancelhas. — Eu vim até aqui para você não errar a porta e você encontra com ele no elevador. — resmungou.

— Como eu iria errar a porta sendo que ele nem está nesse andar? — pergunto e Philippe bufa, me fazendo rir.

— Não gosto de você perto dele. — murmurou.

— Eu não posso escolher quem entra ou não no elevador, amor. — digo e ele muda a expressão, me olhando com um sorrisinho no rosto.

— Do que me chamou? — perguntou e eu senti meu rosto esquentar.

— Parabéns pelo jogo. — mudo de assunto e ele ri, segurando em minha cintura e me fazendo andar até o quarto. — Só faltou um gol seu. — completo.

— Fico devendo. — disse e fechou a porta atrás de si, indo em direção a cama e se sentando, enquanto me puxava para o seu colo. — E o meu beijo? — pediu e eu sorri, segurando em seu rosto e selando nossos lábios.

Professora ━━ Philippe Coutinho Onde histórias criam vida. Descubra agora