trinta e dois

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ANNE

— Peru de novo?! — perguntou Zara assim que nos sentamos na arquibancada. — Que insistência.


Não demoraria muito para o jogo começar, e eu já estava ficando nervosa.

— O Neymar não vem hoje? — perguntou, me fazendo a olhar com uma sobrancelha erguida.

— Por que quer saber? — pergunto a olhando desconfiada.

— Nada, oxe. — falou e desviou o olhar para o gramado. — Só para saber.

— Ele va...

— Cheguei, cheguei! — sou interrompida por Neymar, que se sentou ao meu lado novamente, me cumprimentando com um beijo no rosto e se esticando para dar uma leve puxada no cabelo de Zara.

— Já chega enchendo o saco, sai. — reclamou e bateu na mão do mesmo, que riu.

— Vocês não vão começar, vão? — pergunto e eles negam. — Ótimo. — completo e vejo os jogadores entrarem em campo.

Os hinos nacionais são cantados e não demorou muito para que todos estivessem posicionados para o início do jogo.

— O carinha está de bom humor? — sussurrou Zara.

— Ah, ele está sim. — sorrio e olho para o mesmo.

[…]

A seleção peruana começou pressionando, me fazendo juntar as mãos e torcer para que Alisson mostrasse o que ele sabia fazer.

— Estou achando que não vai ser 5x0 como da outra vez. — falou Zara.

— A gente ganhando está tudo bem. — disse Neymar, dando de ombros e cruzando os braços, enquanto olhava atento para o jogo.

Fico em silêncio e volto o olhar para o gramado, vendo Gabriel receber a bola e tentar se esquivar dos três jogadores peruanos que o cercava. Lançou a bola para o outro lado, que caiu no pé de Cebolinha, que mandou para o gol e marcou o nosso primeiro.

Gritamos e comemoramos, enquanto eles faziam o mesmo no gramado.

O jogo continuou com mais algumas tentativas de gols, que não deram certo. Peru vai para cima mas nada acontece, até o juiz pênalti.

— QUE?! — grito e Zara faz careta. — Mas não aconteceu nada! — digo enquanto olhava o juiz auxiliar o jogador peruano.

— Pegou na mão do Silva. — falou Neymar.

— E daí? O cara só queria se apoiar! — resmungo e cruzo os braços. — Tomara que perca. — completo mas reviro os olhos assim que vejo a bola e ir para o fundo do gol.

— Bela bosta, de pênalti até eu. — falou Zara, olhando os peruanos comemorarem.

Já estávamos no acréscimo do segundo tempo, quando Firmino roubou a bola do jogador rival com um carrinho e Arthur pegou e correu para frente, dando um toque para Gabriel que chutou para o gol e marcou mais um.

— Felizmente temos Jesus do nosso lado. — digo após comemorar.

— Peru só é bom na hora de colocar na boca. — disse Zara, fazendo Neymar e eu a encarar. — Peru de natal. — completou.

Professora ━━ Philippe Coutinho Onde histórias criam vida. Descubra agora