Professora ━━ Philippe Coutinho

quinze

ANNE

Sinto Philippe me puxar para mais perto dele e passar o braço por minha cintura, enterrando o rosto em meu pescoço e soltando um suspiro. Ajeito o cobertor sobre mim e fecho os olhos novamente, tentando dormir de novo.

Escuto o alarme tocar e deduzo ser do celular do Philippe, já que o toque era diferente. Aperto os olhos e ouço ele resmungar alguma coisa.

— Que droga. — murmurou e desligou o alarme, voltando a passar o braço por minha cintura.

— Hora de levantar. — digo.

— Ah, não. — disse, me apertando contra ele. — Fica aqui. — pediu manhoso e eu sorri.

— Você também vai levantar. — falo e tiro o braço dele de minha cintura, me sentando e me espreguiçando antes de levantar e andar até o banheiro.

Olho no espelho e vejo o quanto estou descabelada e com a cara amassada. Procuro por uma escova de dente e encontro uma nova, pego e a uso. Ajeito o cabelo e volto para a cama, vendo Philippe de bruços, com o rosto enfiado no meio dos travesseiros.

— Phil, acorda. — digo e me aproximo, me sentando ao lado dele. — Já é... meu Deus, Philippe, seu alarme é para avisar a chegada do almoço?! — pergunto ao ver o horário na tela do celular do mesmo.

— Não, só para avisar que infelizmente meu tempo de sono acabou. — resmungou.

— Todo fim de semana você acorda meio dia? — pergunto e o balanço.

— Qual é, eu fico cansado da semana! Mereço dormir até as três horas da tarde se possível. — falou e eu revirei os olhos.

— Levanta logo. — peço e deixo um beijo em seu rosto. — Eu não quero descer sozinha e aguentar as piadinhas da Clarice e do Marcelo. — murmuro e ele ri, se virando.

— Tá bom. — sussurrou e me encarou.

— O que foi?

— Muito bom acordar e ter você como a primeira coisa que vejo de manhã. — disse e eu me senti corar. — Alá, que gracinha. — brincou e apertou minha bochecha, me fazendo rir.

— Vai escovar os dentes porque estou com vontade de te beijar mas não vou fazer isso com você com bafo. — falo e vejo ele soltar uma gargalhada.

— Um ótimo incentivo! — disse e se levantou, indo até o banheiro enquanto eu sorria e me jogava na cama, o esperando.

[…]

— Finalmente acordou a margarid... — falou Clarice, parando assim que me viu descer junto com Philippe. — Aah, safada! — riu.

— Eu adoraria falar algo +18 aqui mas infelizmente temos criança presente. — falou Marcelo, apontando para Maria.

— Quer que eu tampe os ovidos, tio? — perguntou a pequena.

— Não precisa, meu anjo. — respondeu Marcelo, rindo e deixando um beijo na cabeça da menor, que deu de ombros e voltou a atenção para a TV.

— Bom dia! — digo e os cumprimento com beijos no rosto. — Oi, princesa! — falo para Maria, que sorri para mim.

— Oi tia, oi papai!

— Oi, amor. — falou Philippe, deixando um beijo na bochecha da mesma.

— Marcelo e eu vamos no mercado, comprar umas coisas para o almoço. Agita um churras? — perguntou Clarice.

— Pode ser. — falou Philippe, segurando em minha mão. — Nós vamos comer alguma coisa.

— Papai, eu posso ir com a tia Clalice? — pediu Maria.

— Pode sim, filha.

— Tia, eu vou querer nanone. — falou Maria, fazendo Clarice rir e segurar na mão da mesma, a levando para fora.

[…]

— A Zara falou com você? — pergunto para Clarice, ajudando ela a preparar o almoço.

— Sim, disse que daqui a pouco ela está aqui. — falou. — Aliás, já deve está chegando.

Voltamos a atenção para as comidas até escutarmos um grito:

— VOCÊ É CEGO?!

— Chegou. — falo junto com Clarice.

Fomos até a porta e paramos em frente a mesma, vendo Zara discutir com outro cara. Os meninos aparecem atrás de nós em seguida, olhando a mesma cena.

— Ih, o Neymar. — falou Marcelo.

— Vou adorar ver isso. — disse Philippe, se encostando no batente da porta.

— Olha aqui, garota, eu cheguei primeiro então eu vou estacionar aqui! — falou o tal de Neymar.

— Chegou primeiro?! O meu carro está mais dentro da vaga que o seu, então a vaga é minha, mete o pé. — falou Zara, cruzando os braços.

— Nem a pau! — disse Neymar, cruzando os braços como ela.

— Os meus amigos moram aqui, aliás, a minha melhor amiga namora o dono dessa casa! Eu tenho todo o direito de estacionar aqui.

Franzo o cenho ao escutar ela falar sobre Philippe e eu e escuto a risadinha do mesmo atrás de mim.

— Pois o meu amigo é o dono dessa casa! — retrucou Neymar.

— E o beijo, não vai sair? — perguntou Clarice, nos fazendo rir, chamando a atenção dos dois.

— Couto, quem é essa louca?! — perguntou Neymar, apontando para Zara.

— Louca é o seu cu! — falou Zara, batendo no dedo do mesmo.

— Zara! — a repreendo e ela revira os olhos.

— Carinha, manda esse cara tirar essa merda de carro da frente do meu!

— Merda?! — perguntou Neymar, indignado.

— Ok, vocês dois parecem duas crianças. — falou Philippe. — Neymar, deixa a Zara estacionar aí ou então ela vai passar o dia inteiro nos enchendo o saco.

— Então eu faço o mesmo.

— Preferimos mil vezes você do que ela. — disse Marcelo.

Zara olhou para o homem ao lado dela e sorriu debochada. Neymar bufou e entrou no carro novamente, estacionando em outro lugar. Zara ajeitou o carro na vaga que ela tanto brigou e em seguida desceu.

— E o churras? Eu estou morta de fome! — falou sorrindo, enquanto nós negávamos com a cabeça.

***
today my father